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Kelly Figueiredo
Kelly Figueiredo16/10/2021 16:31
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Riscos de inadimplência no negócio

  • #Controle de gastos
  • #Contabilidade
  • #Capital de Risco

Para se ter uma gestão financeira eficiente, é essencial que esteja ciente dos riscos, bem como das causas e também dos impactos que a inadimplência em um negócio pode resultar. Para isso, no decorrer deste artigo, serão abordados as temáticas em questão, bem como as soluções e melhores práticas para obter uma gestão financeira eficaz e assertiva; Também, diretrizes do que deve ser evitado e quais atitudes podem ser adotadas para viabilizar um melhor controle das finanças do negócio. E por fim, ferramentas recomendadas para auxiliar na gestão diária das finanças do negócio.

Porcentual de dívidas

Cada vez mais podemos ver campanhas e noticiários sobre pessoas inadimplentes, só no ano de 2020 foi constatado 38,6% (Serasa, 2021) da população adulta estavam inadimplentes. Felizmente o número vem caindo, pois cada vez mais as pessoas estão se conscientizando ao utilizar o cartão de crédito. Estimativa do número de inadimplentes encerrou janeiro em 60,8 milhões A estimativa de inadimplentes mostra que em fevereiro de 2020 o total de consumidores negativados chegou a 60,8 milhões, o que equivale a 38,8% da população adulta. Em termos regionais, o maior percentual de inadimplentes está na região Norte, onde 46,7% da população adulta está incluída no cadastro de devedores. Por outro lado, na região Sul, o total de negativados equivale a 36,0% da população adulta. 

O que é crédito ?

O conceito de crédito pode ser analisado sob diversas perspectivas. Para uma instituição financeira, crédito refere-se, principalmente, à atividade de colocar um valor à disposição de um tomador de recursos sob a forma de um empréstimo ou financiamento, mediante compromisso de pagamento em uma data futura. Segundo Bessis (1998, p.81), o risco de crédito pode ser definido pelas perdas geradas por um evento de default do tomador ou pela deterioração da sua qualidade de crédito. Há diversas situações que podem caracterizar um evento de default de um tomador. O autor cita como exemplo o atraso no pagamento de uma obrigação, o descumprimento de uma cláusula contratual restritiva (covenant), o início de um procedimento legal como a concordata e a falência ou, ainda, a inadimplência de natureza econômica, que ocorre quando o valor econômico dos ativos da empresa se reduz a um nível inferior ao das suas dívidas, indicando que os fluxos de caixa esperados não são suficientes para liquidar as obrigações assumidas.

O que são riscos de crédito ?

De acordo com a (Serasa), os riscos de crédito são um processo que passa pela análise de crédito. Estrategicamente, existem dois fatores principais, que são: a diminuição, bem como, a proteção de risco de crédito. Isso é propício por conta da garantia de tomadas de decisões mais seguras e acertadas, que consequentemente melhoram o aproveitamento das possibilidades de negócio. Pode se dizer que para que isso se concretize, as seguintes ações são necessárias:

• Criar uma cultura de crédito consistente e alinhadas às características do mercado e do negócio;

• Investir na capacitação para que os colaboradores identifiquem os riscos envolvidos nas movimentações;

• Tomar decisões precisas;

• Administrar os processos e o fluxo de informações da decisão de crédito de forma adequada;

• Simplificar a comunicação para aumentar a transparência entre o departamento e os clientes.

Quais são os riscos de crédito ?

De acordo com a Serasa existem 11 tipos de riscos:

• Armazenamento de dados:

Dificuldade na emissão de relatórios: Muitas vezes, os dados foram armazenados de forma indevida e o acesso a eles se torna mais difícil. Se as informações não estiverem disponíveis de forma simples, podem acontecer atrasos na emissão de relatórios importantes para a análise. O acesso à informação precisa ser fluído e seguir um bom fluxo. Os envolvidos nos procedimentos devem ter facilidade no entendimento dos dados e, para tanto, eles devem estar bem estruturados.

• Dificuldade na emissão de relatórios:

Se as informações relativas ao risco de crédito não estiverem devidamente organizadas e classificadas, a elaboração dos relatórios de riscos se torna uma atividade demorada e suscetível a erros. Defina processos e busque soluções de tecnologia que simplifiquem a localização dos dados. 

Devido ao alto volume de informações usadas, isso fica mais difícil sem o auxílio de ferramentas específicas. 

• Falta de flexibilidade:

Os sistemas precisam ser flexíveis para que sejam atualizados periodicamente, de maneira ágil e com baixo custo. Caso essas atualizações sejam demoradas e onerosas, existe a chance desses mecanismos se tornarem obsoletos com muita rapidez. Isso atrapalha a análise de risco de crédito, o que pode levar a avaliações imprecisas ou equivocadas. 

• Ausência de automação:

As tarefas de avaliações de crédito precisam estar ativas em tempo integral. No entanto, esse é um processo complexo e burocrático, principalmente quando ainda existem trabalhos manuais. A falta de automação na gestão de risco de crédito influencia diretamente na qualidade desses processos, pois reduz a eficiência das operações, eleva os custos e torna as falhas mais frequentes. Neste caso, é preciso:

• Contar com o auxílio de sistemas próprios de avaliação de crédito;

• Investir em software de gestão;

• Apostar em soluções inovadoras.

Recursos como esses ampliam de maneira significativa o volume de dados processados e tornam o gerenciamento mais confiável. 

• Consequências de uma má concessão de crédito:

A concessão de crédito para clientes precisa ser uma ação bem planejada, fundamentada em dados. Mesmo assim, muitas companhias ainda concedem crédito de forma incorreta, elevando os riscos do negócio. 

• Redução da previsibilidade financeira:

Quando a empresa tem um grande número de clientes inadimplentes é mais difícil antever como acontecerão as entradas financeiras. Isso ocorre pelo fato do cliente ficar inadimplente em uma época, mas fazer o pagamento logo em seguida. Da mesma maneira, ele pode manter a inadimplência até que o negócio tome uma medida cabível. Isso impede a projeção financeira de uma organização. Realizar o fluxo de caixa projetado deixa se ser uma tarefa certeira, já que não existem garantias de quando o pagamento ocorrerá. 

• Aumento da inadimplência:

Ao oferecer crédito sem fazer uma análise eficaz do perfil de quem solicita, os riscos para o negócio aumentam. Mesmo que o cliente tenha um bom histórico, nem sempre isso se manterá no decorrer do tempo. Assim, ao conceder o valor, com base somente na confiança, a empresa eleva as chances de ter problemas nesse sentido. Caso ocorram mudanças de mercado, como uma crise econômica nacional, por exemplo, os índices de inadimplência disparam.

• Desequilíbrio do fluxo de caixa:

O fluxo de caixa está ligado à relação entre o volume de capital que entra e sai da empresa. Mesmo com boas vendas, sem o controle necessário, a entrada de recursos financeiros será insuficiente para manter o negócio em pleno funcionamento. Existem diversos problemas relacionados, como a falta de recursos para arcar com as despesas fixas, pagar fornecedores, renovar o estoque, entre outros. Sem os devidos cuidados, o futuro poderá ser de recuperação judicial ou falência.

• Redução da competitividade do negócio:

Quanto maior a inadimplência no negócio, maior é a necessidade da organização financiar as operações dos clientes. Para isso, ela necessita utilizar recursos próprios, geralmente do capital de giro. Com isso, há o gasto do dinheiro que poderia ser utilizado para fazer investimentos em busca de melhorias, por exemplo. Se a concorrência realizar uma concessão de crédito apropriada, provavelmente, não terá problemas, abrindo espaço para fazer investimentos importantes. Frente a isso, a empresa começa a perder competitividade e ter resultados abaixo do esperado. 

• Ocorrência de problemas com os clientes:

A concessão de crédito é uma medida para atrair, motivar e fidelizar clientes. Contudo, se mal implementada, pode gerar efeitos completamente adversos, já que o erro na análise pode provocar a inadimplência e, consequentemente, a necessidade de cobrança. Ocorre que, muitos clientes, mesmo inadimplentes, não gostam de ser cobrados. Nessa hora, é normal a ocorrência de conflitos com essas pessoas. Logo, os resultados são opostos aos esperados. 

• Inchaço da estrutura da empresa:

A companhia oferece crédito de forma inadequada, gerando a inadimplência. Para receber parte do valor, precisa fazer processos de cobrança, que muitas vezes necessitam ser contínuos durante certo período. O cenário de inadimplência implica em acordos de pagamento ou até mesmo na iniciação de processos jurídicos. Desse modo, a má concessão de crédito além de elevar a burocracia do negócio, ela também acaba inchando a estrutura da empresa, devido a necessidade de ter uma equipe de cobrança e de apoio jurídico para aumentar a capacidade de retorno. 

Quais são os riscos da inadimplência ? 

A inadimplência é o não pagamento de uma conta ou dívida. Assim, o consumidor inadimplente é aquele que está com uma dívida em aberto. Dados apurados pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) revelam que as empresas inadimplentes no país encerraram o último mês de agosto com uma dívida média de R$ 5.582,90. De modo geral, mais da metade (56%) das empresas que estão negativadas possuem pendências que somadas superam a cifra de R$ 1.000,00. De acordo com o levantamento, cada empresa inadimplente tem, em média, dois compromissos não quitados. O setor que concentra o maior número de empresas negativadas é o de comércio. Quase metade (45%) das empresas inadimplentes são estabelecimentos comerciais. O ramo de serviços aparece com a segunda maior participação, concentrando 41% do total de pessoas jurídicas negativadas. As indústrias respondem por 9% do total de empresas inadimplentes, ao passo que as do ramo da agricultura não chegam a 1%. No mês de julho, o maior crescimento de empresas inadimplentes foi no setor de serviços, com variação de 6,75%. No comércio, houve um crescimento de apenas 1,82% e na indústria, alta de 1,51%. 

Como identificar a causa da inadimplência ?

Para que a análise do histórico do cliente traga informações relevantes é imprescindível conhecer a causa da inadimplência. Ou seja, entender o porquê daquele cliente ter sido negativado ou de atrasar com suas obrigações.

Por exemplo, se o histórico e a pesquisa de causa demonstrarem que o cliente ficou negativado pois perdeu o emprego, a tendência é que ele não seja um exemplo de mau pagador. Situações como o aumento do desemprego, atraso de salários, redução repentina na renda familiar e enfermidades, são exemplos de situações que fogem do controle do cliente. Entretanto, a prática de compras para terceiros, a falta de controle nos gastos e a ausência de uma educação financeira, por exemplo, são causas que devem ser avaliadas com mais atenção pois é possível que esteja diante de um perfil de consumidor que ofereça mais riscos para o negócio. Confira a seguir algumas ações que vão ajudá-lo a identificar as causas da inadimplência:

• Análise de crédito:

A análise de crédito é uma prática que contribui para a verificação da situação financeira dos clientes. Trata-se de um método eficaz que traz informações relevantes como o histórico do consumidor, consultas ao CPF, e as condições da empresa. Por meio dessa análise, é possível estruturar políticas de crédito de acordo com o negócio e o perfil do cliente. Assim, reduz os riscos de inadimplência ao mesmo tempo em que traz mais controle financeiro para o negócio.

• Mudanças repentina na forma de pagamento:

Se o cliente solicita uma mudança repentina na forma de pagamento, sem uma justificativa plausível, é necessário ficar atento. Buscar dialogar com este cliente e entender as razões dessa mudança, verificando se o cliente não está passando por alguma dificuldade financeira. 

• Quebra de promessas de pagamento:

Se um cliente que sempre cumpriu com suas obrigações financeiras, mas que, nos últimos meses não tem honrado com os seus compromissos. Esse é outro sinal de alerta de que um cliente pode estar passando por problemas financeiros. A dica é avaliar a situação, conversar com o cliente e buscar formas de minimizar os riscos financeiros para o negócio. Estreitar o relacionamento com o cliente e manter um diálogo aberto contribui para que esteja ciente de eventuais problemas financeiros e consiga evitar que essa situação prejudique a empresa.

Quais são os impactos da inadimplência? 

  1. Impacto no fluxo de caixa;
  2. Impacto no lucro;
  3. Impacto no quadro de funcionários;
  4. Credibilidade;
  5. Falência da empresa;
  6. Aumento de pessoas desempregadas;
  7. Pedir empréstimo no banco. 

Como pode ser solucionado?

Algumas soluções apresentadas pela (Serasa) são ERP's, CRM's, gestão das cobranças, Serasa Experian e as políticas de cobrança.

1. Softwares de Gestão Financeira ERPs

Os softwares ERP (Entreprise Resource Planing) são sistemas que reúnem e consolidam dados de diferentes processos de uma empresa. Tratam-se de soluções eficientes, muito utilizadas por pequenas e médias empresas no planejamento dos recursos empresariais e na identificação de alterações no comportamento de compra dos clientes.

2. Sistemas de Gestão de Relacionamento com o Cliente CRMs

Os sistemas de Gestão de Relacionamento com o cliente são ferramentas que automatizam o contato com clientes. Eles são extremamente relevantes na análise de dados, por isso vêm sendo amplamente utilizados na otimização do relacionamento, contribuindo para a gestão de riscos financeiros de um negócio. 

3. Sistema de Gestão de Cobranças

Um outro processo importante dentro de qualquer empresa, independente do seu tamanho, pequeno ou grande porte, é a gestão de cobranças. Uma gestão eficaz das cobranças dos clientes é essencial até mesmo para os profissionais autônomos e esses processos organizados contribuem para que o negócio tenha segurança financeira e consequentemente os seus riscos de inadimplência serão menores.

4. Serasa Experian

Fazer consultas ao CNPJ e CPF na base da dados da Serasa Experian é outra maneira interessante de avaliar a situação do cliente junto ao mercado, identificando eventuais alterações que possam impactar nas condições de cumprir com as obrigações assumidas junto ao negócio. A análise do histórico do cliente ajuda a reduzir os riscos de inadimplência. O uso de ferramentas como softwares específicos, a prática de uma gestão de cobranças ativa e a consulta de dados junto a Serasa Experian permitem entender a situação do cliente e, assim, adotar medidas rápidas que ajudem na segurança e na gestão de riscos da empresa. 

5. Aplicar uma política de cobrança

Uma gestão de inadimplência só é efetiva, de fato, se contar com uma política de cobrança. Nesse quadro, é essencial ter um documento que sinalize as medidas a serem tomadas em caso de não pagamento. Uma delas pode ser definir um lembrete que sinalize o vencimento do pagamento. Outra pode ser o telefonema de alguém do time de vendas que abordará, com tato, os motivos da dívida. A política de cobrança também pode contar com medidas mais drásticas, como cortar o fornecimento do serviço e também, caso necessário, aplicar as medidas jurídicas cabíveis.

Conclusão

O desenvolvimento do presente estudo possibilitou uma análise de como um software pode ajudar os empresários com a gestão financeira do negócio, resultando na diminuição da porcentagem anual de empresários inadimplentes no Brasil. Exemplo disso, são os ERP's, softwares de armazenamento e controle de dados, bem como, dados financeiros, requisições de compras e planejamento de recursos, ou seja, através de dados levantados por esses softwares, possibilita que os gestores avaliem os impactos e tomem melhores decisões de como gerir as finanças do negócio. Além de ferramentas tecnológicas, existem também as técnicas e métodos práticos à se seguir para um melhor aproveitamento na gestão das finanças. Principalmente, pode ser aplicada uma política de cobrança, onde será sinalizado quais as medidas a serem tomadas para um melhor controle das finanças e de como os recursos deverão ser gastos.

Referências

BRITO, Giovani Antonio Silva; ASSAF NETO, Alexandre. Modelo de classificação de risco de crédito de empresas. 2008. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rcf/a/bqnyg6hByqQHY3dyPzm7b5q/?lang=pt. Acesso em: 23 set. 2021. MADUREIRA, MARCOS. Como reduzir a inadimplência nas empresas? 2021. Disponível em: https://www.iugu.com/blog/reduzir-a-inadimplencia. Acesso em: 23 set. 2021. SERASA (org.). Como o histórico do seu cliente pode ajudar a reduzir o risco de inadimplência? 2019. Disponível em: https://empresas.serasaexperian.com.br/blog/risco-de-inadimplencia/. Acesso em: 23 set. 2021. SERASA (org.). Risco de crédito: como uma gestão eficiente pode diminuir riscos de inadimplência? 2019. Disponível em: https://empresas.serasaexperian.com.br/blog/risco-de-credito-como-uma-gestao-eficiente-pode-diminuir-riscos-deinadimplencia/. Acesso em: 23 set. 2021. SPC (org.). Empresas inadimplentes devem, em média, R$ 5.580, revela indicador CNDL/SPC Brasil. 2019. Disponível em: https://www.spcbrasil.org.br/wpimprensa/wpcontent/uploads/2019/09/release_indicador_inadimplencia_PJ_setembro_2019_V3.pdf. Acesso em: 23 set. 2021. SPC (org.). Inadimplência das empresas desacelera, mas ainda cresce 5,02% em fevereiro, apontam CNDL/SPC Brasil. 2019. Disponível em: https://www.spcbrasil.org.br/wpimprensa/wpcontent/uploads/2019/03/release_indicador_inadimplencia_marco_2019-1.pdf. Acesso em: 23 set. 2021. 

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Comentarios (3)

ES

Edilane Silva - 08/04/2024 17:24

Muito interessante mesmo, a contabilidade também ganhou mais espaço com a tecnologia!

Mauricio Gebrim
Mauricio Gebrim - 17/10/2021 06:42

Lembrei que em algumas lives, os devs seniores relataram que sistemas de bancos de dados para pagamentos DEVEM ser homologados em modelos entidade-relacionamento, portando rejeitando os noSQL. Mas aí você publica esse ítem que me chamou atenção: "Dificuldade na emissão de relatórios" ! Em suma, apesar da agilidade de desempenho dos noSQL, alguns SGBDs de bancos e entidades públicas estão saturados e lentos, levantando esse risco mencionado. Por exemplo, o INSS só responde depois das 21hs os chamados em virtude do processamento do Dataprev, olha aí o risco dos aposentados ficarem com pensões atrasadas e afetar outras cadeias produtivas, isso só um exemplo!

Marcelo Mora
Marcelo Mora - 16/10/2021 19:24

Adorei o seu post, muito completo e explicativo.

Parabéns.