Como começar a usar o GIT sem quebrar tudo no primeiro git merge
- #Git
Vou começar com uma breve história real: eu, recém-chegada no mundo do desenvolvimento, ouço falar de GIT e penso... “Git? Isso é de comer?” Entrei num estágio já codando e logo veio a dúvida cruel: “Como meus colegas vão ver o que estou fazendo?”
Pior ainda: “Todo mundo vai ver??”
É aí que começa o desespero. Você trabalha uma manhã inteira e os seus commits viram pequenos marcos das suas microvitórias. Tipo aquele famoso:
feat: trocando a cor de um botão ...que, não ironicamente, te tomou 3 horas de batalha com o CSS, haha.
A proposta aqui é te mostrar como começar a usar o Git com confiança — e sem medo de ser visto tentando. Bora entender o básico, a lógica por trás da ferramenta e como trabalhar em equipe com mais tranquilidade.
Primeiro passo essencial: leia a documentação
Eu sei, ler documentação não é o hobby favorito da maioria. Mas é o segredo dos devs brabos. Quando perguntei no estágio “Gente, como usa esse tal de Git?”, a resposta foi direta:
“Toma aqui a documentação: Git Documentation”
O que é Git, afinal?
O Git é um sistema de controle de versão. Ele guarda o histórico de alterações no seu projeto e permite que você volte no tempo se algo quebrar. Sim, é tipo um DeLorean do código.
Git ≠ GitHub
- Git é a ferramenta local, que você usa no seu terminal.
- GitHub é a plataforma onde você publica esse código (a famosa hora do git push).
Imagine que o Git é o controle remoto e o GitHub é a Netflix. Um comanda, o outro exibe.
Hora de pôr a mão na massa (HANDS ON!)
Antes de tudo: você já instalou o Git na sua máquina?
Caso prefira ler primeiro e testar depois, posso montar um checklist no final — me dá um toque! Mas se quiser já sair usando:
git --version
Se isso rodar e mostrar uma versão, tá instalado!
Depois, configure seu nome e e-mail:
git config --global user.name "Seu Nome"
git config --global user.email "seuemail@email.com"
Dica prática:
Crie um repositório privado, abra o terminal, clone, entre na pasta e digite code . para abrir no VS Code. Comece a codar, faça commits e vá praticando. Se der ruim, sem stress. Vamos falar disso já já.
Commit com propósito (sim, eles também têm alma)
Em projetos colaborativos, commits claros fazem toda a diferença. Não é só pra você lembrar o que fez ontem — é pro seu time também conseguir entender.
Segue uma tabela com os principais prefixos de commit:
Dica de ouro: sempre use imperativo presente nos commits.
Exemplo: feat: adiciona botão (e não “adicionando” ou “adicionou”).
Rollback com orgulho: errar faz parte
Não tenha medo de errar. Todo mundo passa por isso — e o Git te dá ferramentas pra corrigir.
Para visualizar seus commits:
git log
Se algo deu errado e precisa desfazer sem apagar o histórico, use:
git revert <commit-id>
Quer apagar mesmo e voltar ao estado anterior?
git reset --hard <commit-id>
Mas atenção: o reset pode causar perda de dados se usado sem entender bem. Use com sabedoria, jovem padawan.
Boas práticas desde o início
Você não precisa estar num projeto enterprise pra começar certo. Aqui vai um combo de boas práticas que já te colocam na frente:
- Proteja a branch main (nunca dê push direto nela)
- Sempre crie branches por tarefa (ex: feature/login)
- Atualize sua branch antes de começar (git pull)
- Commits curtos, diretos e com propósito
- Faça e revise Pull Requests com feedbacks construtivos
- Siga os padrões do time (nomes, convenções, etc.)
O que o Git ensina além de versionamento?
Ele te ensina que estamos todos aprendendo o tempo todo. Cada git commit é um passo de evolução.
Mais do que código, é sobre colaboração, confiança, tentativa e erro.
É sobre deixar rastros do seu progresso — e poder olhar pra trás com orgulho (ou pelo menos com um bom git revert, rs).