Cobolfobia uma constante nos novos programadores.

Salve jovem padawan, meu backlog está explodindo, surgem tantos caminhos e alternativas e o tiozão aqui vai ficando relapso, deixando assuntos em abertos e ficando com a consciência pesada. De um lado quero retornar a velhos assuntos e por outro lado quero abrir novos tópicos.

🚀 Historias do Tiozão em Mainframe

https://web.dio.me/articles/historias-do-tiozao-em-mainframe

A liberdade de poder escrever o que quer, em contra ponto, correndo o risco de escrever aquilo que não se deseja ler, deixam-me louco, pois é bem cruel essa dinâmica, vamos correr de um lado a outro feito cachorro sem dono, por isso me ajudem, deixando nos comentários assuntos que desejam discutir.

Hoje irei falar sobre o Cobol, uma linguagem que muitos devs tem um preconceito enraizado, achando que ela é muito arcaica e associada a sistemas legados, coisas de tiozões de cabelinho prateado (se os tiver), porem vou apresentar alguns argumentos, sendo um evangelista ou embaixador, mas fique tranquilo, não serei fundamentalista, afinal cada um deve decidir por si., qual jornada seguir.

Cobolfobia mito ou realidade?

Ao longo dos anos tenho notado uma coisa, o mundo académico esnobava a IBM, talvez pelo poderio economico, talvez falta de visão de reitores e coordenadores pedagógicos e ao mesmo tempo uma tremenda miopia do Marketing da Big Blue. Afinal nenhuma Linguagem de Programação sobrevive sem o Peopleware, o elo fundamental que veste a camisa, divulga e defende o Sistema.

🚀 Triplice alicerce da informatica: PEOPLEWARE

https://web.dio.me/articles/triplice-alicerce-da-informatica-peopleware

Outras empresas mais agressivas e com melhor estratégia de marketing, contaminou o mercado, assustando a comunidade DEV sobre as dificuldades de codificar, auxiliados pela mania e panico do Bug do Milénio, o famoso Y2K, que quase paralisou o universo de desenvolvimento, com todas as equipes ocupadas em recompilar e testar velhos códigos.

Com isso as novas gerações foram podadas de conhecer uma linguagem tão fácil de usar e poderosa, no passado as Instituições Financeiras com gordos orçamentos, patrocinavam jornadas de treinamento e programas de novos talentos em Mainframe, porem com a crise de 2001 e a mega crise de 2008, muitas faliram, foram incorporadas e as sobreviventes com parcos orçamentos deixaram de investir em educação.

🚀 Mainframe, conheça um pouco sobre Sistemas Centrais

https://web.dio.me/articles/mainframe-conheca-um-pouco-sobre-sistemas-centrais

Em resumo o COBOL foi abandonado e os haters e Trolls aproveitaram em detratar a linguagem, aumentando o medo dos padawans e abandono do interesse em aprender. A comunidade DEV necessita urgente e imediato de um bom compilar open-source e mais plugins para as IDEs.

🚀 Troll nao é tão divertido assim. [Você sabia?]

https://web.dio.me/articles/troll-nao-e-tao-divertido-assim-voce-sabia

🚀 🐲 🐲 🐲 Ataque dos Trolls: Conheça FlameWars 🐉 [Você Sabia?] 🐲 🐲 🐲

https://web.dio.me/articles/ataque-dos-trolls-conheca-o-flamewars-voce-sabia

Alguns argumentos Cobolfobicos

O COBOL morreu!!!! 
Linguagem Raiz
Linguagem arcaica e antiga
Linguagem não sexy e sem atrativo 
Linguagem burocrática e limitante
Linguagem difícil de aprender e sem muitos cursos
Linguagem difícil de treinar sem editores em Windows
Linguagem elitista 
Linguagem sem desafio ou graça
Linguagem de cabelos prateados ou calvos
Linguagem estranha
Linguagem nada user friend
Instalações sisudas e cinzentas
Sistemas nada atrativos 
Sistemas Legados e com spaghetti code
Muitos controles e estruturas rígidas
Procedural

🚀 O COBOL morreu? Vida longa ao Cobol!

https://web.dio.me/articles/o-cobol-morreu-vida-longa-ao-cobol

Choque de gerações

Jovem padawan ao descobrir o Z/OS e conhecer o poder computacional e o universo IBMer, concordara que a maior parte dos argumentos não tem fundamentos, o COBOL permite-te ir além da imaginação. Entre na Matrix e crie programas, que processam milhões, quiça bilhões de registros.

Saiba a importância de pagar a aposentadoria dos velhinhos no dia certo na hora correta. Controle contas correntes, cartões de créditos, transferências financeiras locais e estrangeiras, descubra o SWIFT, descubra formulas matemáticas obscuras e o seu real uso.

O COBOL é the most , a super linguagem de programação, dominando-a nenhuma linguagem sera impossível, procedural, orientada a objetos e qualquer paradigma que surja, o COBOL é um resistente e com certeza ira metamorfosear e adoptar novos estilos.

Não conseguimos fazer jogos? Será? Saiba que no Banco Real tinha um jogo de Truco e 21 escondido no ambiente de qualidade, nas horas vagas jogávamos via transação cics online, animadas partidas. 

Imagine codificar e efetuar manutenção em código produzido no ano em que nasceste, e por incrível que pareça, roda em produção até os dias de hoje, imagine a quantidade de pessoas que analisaram, codificaram e efetuaram deploy neste programa?

Jovens Versus Velhos

Está provado que a juventude olha com suspeita coisas antigas, basta um cabelinho prateado falar que é bom, muitos olhos jovens irão ter desconfiança. O COBOL apesar das suas mais de 6 décadas, responde performaticamente para qualquer problema, ele foi criado pensando em otimizar o máximo os acessos CPU X Memória.

A Linguagem foi criada numa época em que recursos computacionais eram economicamente inviáveis, por isso todo programada era desenvolvido espartanamente, tinha que seguir linhas rígidas e não permitia muita flexibilidade.

Então uma geração acostumada com GUI, sons, cores e múltiplas janelas, desgosta de programas em tela preta com letras verdes, mas se olhassem o motor sob o capo, iria se surpreender. São poucas as linguagens de programação que ultrapassam o Cobol em velocidade.

Regras e restrições.

Ao longo dos anos em diversos projetos, houve equipes mistas alta e baixa plataforma, uma coisa que notei, o pessoal do mainframe era mais sisudos, sérios e com montes de restrições ao codificar, enquanto as equipes de baixa eram um oba-oba, tinham total liberdade de criação e davam poucas satisfação aos líderes de projeto.

Peço para atentarem-se a esse fato em programas Cobol, somos obrigados a seguir uma serie de exigências, baseadas em livros de normas e procedimentos, atualizados e de leitura obrigatória.

As variáveis têm padrões de nome, as bases de dados são obrigadas a cumprirem uma série de requisitos, existe um comitê de performance, destinado a apurar o consumo dos recursos; existe um comitê de CICS para acompanhar a integração entre os ambientes e transações apurando o uso de memória e afins; existe o comitê de Segurança que validara os acessos e requisitos do RACF para uso de recursos do Sistema e dependências do ecossistema Z/OS e finalizando o comitê de Analise e Produção que irá avaliar o funcionamento em produção com uso de recursos em disco/cartridge e impressoras.

Um Centro de Processamento de Dados das antigas era quase um laboratório, muitas regras de segurança, restrição de acesso, bloqueios a sites externos e uso de e-mail corporativo, havia uma polícia para vigiar e punir. Departamento de Auditoria Interna, a famigerada DAI, que inspecionava códigos em busca de Back-doors, avaliando logs de sistemas e logs de instalação, tais como hora de logon, quantas horas ficou logado, quais recursos usou ou consultou.

Formação continua e cursos constantes.

Infelizmente o programador COBOL é apontado como acomodados e que pouco estudam. Meia culpa, mas os detratores estão muito enganados, para ser um programador de mainframe mediano, temos que estudar muito.

Conhecer softwares de emulação 3270 e conexão remota ao CICS mainframe, por isso o DEV tem que aprender CICS em duas vertentes, sob a ótica de acesso e transações, e posteriormente sob a ótica de programação e uso de commareas.

Vou fazer uma lista não exaustiva, mas que ilustra a quantidade de tema: conhecer Z/OS o sistema operacional dos mainframes, vulgarmente chamado de MVS ou OS/380 pelos antigos a depender da instalação, no caso IBM, existem outras, mas desconheço sou um IBManiaco.

Conhecer o TSO ou Roscoe , são dois dos softwares mais usados para gerenciar aplicativos e utilitários de desenvolvimento, seria o casamento do VS Code com o Gestor de Arquivos do Windows.

Neste ponto o DEV terá acumulado algumas horas de formação e leitura constante de manuais cabalísticos da IBM, chegamos no ponto alto do dia, aprender a codificar em COBOL, por incrível que pareça, apesar da idade. Todas as funções, diretivas e funcionalidades existentes nas linguagens modernas, são oriundas do Cobol, ou seja, tudo o que é feito em matéria de logica em linguagens de baixa plataforma é possível de fazer no mainframe.

Tirando o front-end, que é um mundo à parte, a lógica enxuta e pensada em produção produzira programas menores e mais performáticos comparativo aos congêneres em linguagens de baixa.

Pense que o universo mainframe abarca as maiores bases de dados do mundo e processa bilhões de registros diariamente, por isso o programa deve ser curto e restrito, focado no resultado.

Mas não basta conhecer apenas o COBOL, perderemos horas aprendendo SQL para acesso as bases de dados, acesso a arquivos indexados VSAM e por fim conhecer as inúmeras variantes de arquivos sequenciais, conhecendo bastante logicas de balance line e CRUD.

Compilado o programas, garantindo as melhores práticas de acordo com o manual da instalação, começa o passo mais complexo e difícil, testar e debugar. Nesta etapa o programador deve conhecer a linguagem de script JCL para executar e alocar os recursos, conhecer aplicativos de SDSF, para acompanhar a execução do job, sendo que trabalhara muito em linha de comando.

Pensa que acabei? Não pobre padawan, devemos conhecer o FILEAID para criar e editar arquivos sequenciais, conhecer o SORT ou ICETOOL para classificar e ordenar arquivos de trabalho.

Voltamos ao conhecimento do RACF para garantir aesso a recursos externos ao Sistema e possibilitar a comunicação entre programas e ambientes, portando dados do CICS Mainframe para os servidores web e vice versa.

Finalmente chegamos a outros aplicativos para trabalho em mainframe QMF e Spufi encabeçam a lista, mas existem centenas de outros, tais como o MEMO, Changeman, Control-M, Endevour e afins.

Erro estratégico da IBM

No passado o mundo acadêmico foi esquecido, as comunidade open-source abandonadas e o COBOL virou linguagem elitista, do povo nariz em pé e engravatados e de aventais, saídos de algum filme de ficção cientifica.

A comunidade DEV nao sentia-se a vontade de participar , nao era encorajada a participar e dar a sua opinião. Apesar de existirem compiladores Cobol para microcomputadores quase ninguém falava nada a respeito.

Mas enfim a a gigante acordou e investiu pesado no ecossistema de aprendizado e criou centenas de curso para o Z/OS e agora para ficar perfeito somente falta um Bootcamp na DIO

Dialectos Cobol

• Enterprise COBOL for z/OSVersion 6 Release 1
• IBM COBOL for AIX, V5.1 
• IBM AS 400 i / 7.4
• Microfocus Visual COBOL
• Microsoft COBOL 5.0
• GnuCOBOL
• outros ???

https://www.microfocus.com/en-us/portfolio/cobol-market-space

🚀 10 Segredos da Longevidade do Cobol

https://web.dio.me/articles/10-segredos-da-longevidade-do-cobol

Conclusão,

É fato que o jovem padawan devera estudar muito, mas qual a linguagem de programação que não demanda tempo e dedicação, quantas horas investimos para aprender e preparar o ambiente de codificação.

Preparar, decorar comandos, analisar, compilar, debugar são as tarefas do DEV, então vale a pena buscar fóruns, instalar plug-ins e explorar esta linguagem, que continuará a frente de grandes mainframes.

Palavras finais

O COBOL esta vivo. Aprenda essa linguagem, Tem alguma dúvida? Quer compartilhar algo, deixa nos comentários e estamos juntos.

🚀 Cobol para padawan uma rapida olhadela

https://web.dio.me/articles/cobol-para-padawans-uma-rapida-olhadela

Espero ter ajudado ate o próximo artigo.

 Referência Bibliográfica

WIKIPEDIA - A Enciclopédia Livre, faça parte, ajude atualizando ou criando verbetes http://www.wikipedia.org

Google Books um repositório com milhões de livros digitalizados https://books.google.com/

Internet Archive, tudo aquilo que um dia foi publicado veio parar aqui. https://archive.org/

Biblioteca de ícones https://www.flaticon.com/

 Mais momento jabá, Pedra Grande em Atibaia, um polo de turismo de aventura, onde audases ases voadores, experimentam o limite, saltando de parapente e asas deltas, os mais calmos fazem trilhas dos mais variaveis graus de dificuldade e os sossegadinhos curtem um bom pequenique com taças de vinhos e deliciosos lanchinhos., visite meu vídeo e veja para onde fui desta vez : https://www.youtube.com/watch?v=YIuRHu7JIpM

Bom curso a todos.

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