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Vagner Junior
Vagner Junior09/12/2024 15:26
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O Viés Oculto: Explorando o Racismo Algorítmico na Inteligência Artificial

    A inteligência artificial generativa é, sem dúvida, uma das inovações mais fascinantes que vimos nos últimos tempos, mas também está levantando grandes questões éticas que não podemos ignorar, como o racismo algorítmico. Isso basicamente acontece quando sistemas de IA acabam repetindo ou até piorando preconceitos raciais, geralmente devido à forma como são treinados e configurados. Embora essa tecnologia possa contribuir muito para a inclusão e diversidade, ainda gera resultados injustos por causa de erros no design e no manuseio dos dados.

    Um dos grandes problemas é a qualidade e a diversidade dos dados usados para treinar os modelos de IA. Se a maior parte dos dados vier de pessoas brancas ou de determinados contextos culturais, será muito difícil para as IAs compreenderem ou apreciarem características de outros grupos raciais. Isso traz à tona desigualdades profundas e antigas, perpetuando estereótipos que a sociedade está tentando combater. Softwares de reconhecimento facial têm mais dificuldade em reconhecer rostos negros do que rostos brancos, o que pode ter consequências graves, como prisões equivocadas.

    Além disso, a falta de diversidade nas equipes de desenvolvimento agrava ainda mais o problema. Quando a diversidade está ausente, torna-se muito difícil para os desenvolvedores identificar e eliminar preconceitos nos sistemas. Tecnologias de IA generativa usadas em aplicativos como filtros de redes sociais ou editores de imagem tendem a reforçar padrões eurocêntricos, destacando características como pele mais clara ou traços faciais mais estreitos.

    Também se observa o racismo algorítmico em processos de contratação automatizados. Sistemas de IA que analisam currículos tendem a favorecer candidatos com nomes de grupos racialmente privilegiados, prejudicando aqueles de minorias. Isso evidencia não apenas um problema tecnológico, mas também uma grande falha ética e uma questão social mais ampla em relação à equidade.

    Essas barreiras só podem ser superadas se os desenvolvedores tomarem medidas inclusivas e proativas: por exemplo, diversificar os conjuntos de dados em desenvolvimento para que representem a população da forma mais ampla possível. Outra perspectiva importante é aumentar a diversidade nas equipes de desenvolvimento, reunindo diferentes perspectivas, experiências e, naturalmente, conhecimentos que podem influenciar o processo de design. Tanto ferramentas de auditoria quanto medidas regulatórias são necessárias para monitorar e corrigir os preconceitos implantados nos sistemas.

    Combater o racismo na IA generativa não é apenas sobre como melhorar a tecnologia em si, mas sobre usá-la de forma justa e garantir que todos sejam incluídos. A tecnologia reflete totalmente os valores de quem a cria e como é utilizada. Se a IA vai realmente ter um impacto genuíno, precisa ser fundamentada na verdadeira justiça e igualdade.

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    Comentarios (1)
    Odair Souza
    Odair Souza - 09/12/2024 18:04

    Acho que o problema não é falta de negros na equipe mas negros capacitados para isso ... Por exemplo eu tive um amigo meu negro que largou a faculdade por falta de dinheiro e optou mais tarde por fazer enem e tentar uma publica ... no final ele nem fez enem e optou por mercado de ações ... neste caso aqui ele simplesmente se desinteressou pela área ... Os caras também não se capacitam ou não tem oportunidades boas para poderem exercer a profissão ...