A arte de reaproveitar soluções
Re-inventar a roda ou reaproveitar aquele antigo código? Eis a questão!
No mundo do desenvolvimento, há um conceito bem solidificado sobre re-utilização de código, vindo lá dos fundamentos da programação de como as funções podem modularizar uma aplicação, que é reforçado com o ensino da Programação Orientada a Objetos (POO).
Sim, realmente isso é uma boa prática, deixa seu código mais enxuto e limpo, poupando de reescrever a mesma linha de código várias e várias vezes, sempre que precisamos de funcionalidade parecida.
Pois é, por um bom tempo eu fui um desses, que reescrevia as mesmas linhas em diversas partes do código, se olhar para meu GitHub, há diversos repositórios assim, e na época eu vibrava porque eu conseguia ver o código funcionando.
Isso é o processo de aprendizado, muito e muito válido e que mostra a nós mesmos como avançamos.
Mas…
Não é esse tipo de reaproveitamento de código que estou querendo falar. Quero falar… digamos de…
Código Frankenstein
Mas o que isso quer dizer?
Hoje, muitas soluções de tecnologia já foram desenvolvidas e muitos desenvolvedores já se depararam com muitos e muitos problemas semelhantes, e que alguém no mundo da tecnologia provavelmente já disponibilizou a solução Open Source para a comunidade.
Ainda que existam algumas particularidades em que é preciso ajustar a solução já existente, dificilmente você terá que escrevê-la do zero, ou seja, você não vai precisar re-inventar a roda.
Reaproveitar um código antigo que sabemos que foi uma solução boa e que solucionou o problema que queriamos na época, pode ser uma maneira de você otimizar seus projetos com soluções prontas e seguir com o que lhe será novo.
Com isso quero compartilhar uma experiência semelhante que tenho aplicado aos meus projetos.
Caso do Menu Hambúrguer
Quando comecei a entender sobre responsividade, sobre adaptar versões desktop para versões mobile, seguindo o conceito de mobile first, um tutorial de criação de um botão para menu hambúrguer todo animado me prendeu muita a atenção.
O tutorial é de um desenvolvedor indiano (sim, os cara são muito bons) que me deparei no YouTube, exibindo de forma simples e bem didática.
Eu assisti ao vídeo e então decidi replicar o tutorial. Por mais que pensem: “Ah, você só copia o código”, não vou questionar, realmente é copiado, replicado, mas…
Quando replicamos o código com intuito de entender o que está sendo feito, e vamos digitando parte por parte, vamos enraizando os conceitos que estão sendo usados, e quando nos depararmos com problemas semelhantes, teremos a experiência vivida anteriormente destes aprendizados.
Sendo assim, repliquei o tutorial, e sempre que faço um projeto que precisa de uma solução semelhante, recorro a este antigo código replicado.
"Mas eu não gosto muito das cores que o tutorial original usou", adapto para o que eu quero. "Ah, o tamanho da linha é pequeno demais", coloco do tamanho que eu desejo.
Enfim, eu adapto a solução que aprendi e passei a conhecer de ponta a ponta, à realidade que estou me deparando.
Vários de meus projetos utilizam a mesma solução, um reaproveitamento de código antigo, para uma aplicação “Frankenstein”.
Desse tutorial, consegui fazer o menu hambúrguer completo, que o utilizo em outros e novos projetos, e vou aperfeiçoando a cada projeto que o reutilizo.
Reforço o aprendizado nesse código que acaba se tornando rápido e logo vou aos novos desafios do projeto que está a minha frente.
Uma solução rápida, útil e válida, uma forma diferente de reaproveitamento de código. Não preciso re-inventar a roda novamente.
