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Allan
Allan27/01/2023 00:06
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📦 Entenda o que é MVP e PoC, e suas vantagens

  • #Inovação

Se você nunca ouviu falar sobre MVP, saiba que o Minimum Viable Product (ou, em tradução livre, Mínimo Produto Viável) é um dos métodos mais empregados no desenvolvimento de produtos novos. E a sua popularidade não é à toa: a metodologia reduz o desperdício de recursos financeiros e de tempo e leva a produtos mais assertivos e bem recebidos.

Por também fazer parte da etapa de verificação de ideias antes de as soluções serem desenvolvidas efetivamente, lado a lado ao conceito de MVP, está outro termo: a PoC. A Proof of Concept (ou “Prova de Conceito”) é, basicamente, a fase em que é desenvolvido o conceito principal de uma solução, com o intuito de avaliar a sua viabilidade técnica antes do início do desenvolvimento da solução em larga escala.

Embora relacionados, ambos traduzem ideias distintas e que não se confundem. Por isso, neste post, será abordado a definição de cada um, como eles podem ser aplicados e por que empregá-los. Boa leitura!

O que é MVP?

O MVP “nasceu” por volta de 2001 e foi definido como a versão de um produto que apresenta características suficientes para oportunizar um feedback. Ao fazer uso do Mínimo Produto Viável, um negócio tem a chance de prever com mais precisão o impacto do que desenvolve sobre o mercado, sobre o faturamento, sobre o público-alvo etc.

Em linhas gerais, o MVP pode ser compreendido como um processo facilitador. A sua finalidade principal é desenvolver uma versão básica do produto final, que contenha as principais funcionalidades previstas para o solução. Essa versão representa uma proposta de valor que pode ser testada pelo seu público-alvo.

Dessa forma, o MVP consegue diminuir eventuais elementos de riscos relativos à aceitação de um produto, demandando uma produção pequena — menos exemplares —, um tempo reduzido e uma quantidade menor de recursos.

Além de a metodologia permitir que você se aproxime do que se passa na mente do público-alvo, ela representa um meio simples de testagem. Assim, torna viável reconhecer rapidamente quaisquer falhas no desenvolvimento de uma determinada solução e ajustá-la conforme as demandas dos usuários em potencial.

O que é a PoC?

Proof of Concept já é usada desde o ano de 1967, pelo menos. Ela se trata do desenvolvimento de um método ou à aplicação prática de uma ideia que faz uso de certas tecnologias. O seu objetivo é verificar o quão viável é a ideia ou método e identificar o potencial que eles têm no mercado.

Nesse contexto, a PoC realiza a implementação de um conceito técnico para verificar se ele funciona e se pode servir de base para o desenvolvimento de uma solução completa. Via de regra, a PoC é pequena e mais voltada a um aspecto técnico do produto, usualmente tendo um ciclo de vida mais curto.

Assim, a Proof of Concept abarca as simulações que são executadas antes que a produção seja iniciada. A finalidade, então, é verificar que aquilo que foi pensado ao longo dos estágios de planejamento e de criação torna-se, de fato, real quando é transferido para o meio material.

Por que MVP e PoC são essenciais para garantir que um produto seja bem-sucedido?

Se considerarmos que tanto o MVP e quanto a PoC permitem que você “teste” o sucesso de algo antes de fazer grandes investimentos para lançá-lo no mercado, as duas estratégias levam a produtos melhor formulados e mais assertivos.

A PoC é geralmente realizada em estágios mais iniciais do processo de desenvolvimento de um produto, verificando a viabilidade de um conceito técnico necessário para que a ideia seja materializada. Nesse contexto, ela precisa atender à especificações técnicas e de negócio, mas não chega às mãos do seu público, de forma geral.

Com o conceito aprovado, a solução pode ser desenvolvida. Considerando que, se o feedback do seu público foi considerada, as chances da solução ser bem aceita se tornam exponencialmente maiores, o MVP se torna uma arma poderosa no processo de desenvolvimento.

O MVP é um produto simplificado, com apenas as funcionalidades centrais, mas completo. Ele é avaliado em um laboratório inicialmente e, posteriormente, por clientes selecionados de maneira cuidadosa. Se os retornos forem positivos, a versão final é desenvolvida (e lançada), com todos os ajustes identificados a partir das testagens.

Geralmente, todo esse processo envolve os seguintes passos:

·      estabelecimento da proposta de valor: algumas questões são levantadas — como “De que forma o público utilizará o produto?” ou “Por que a solução é necessária?” — para auxiliarem na criação do MVP a fim de que ele represente os valores centrais do item finalizado;

·      definição do público: importante tanto para decisões de negócio quanto para a testagem do MVP;

·      determinação do tempo de teste: especialmente relevante porque, se curto demais, pode não gerar retornos suficientes, e, se longo demais, pode impactar negativamente o lançamento da solução no mercado;

·      testagem da resposta do mercado: diretamente relacionada à aprovação — ou não — do produto no seu segmento;

·      interpretação dos feedbacks: verificação de que a solução está realmente pronta para ser lançada, se há ajustes necessários e, inclusive, se a ideia faz sentido para o público-alvo;

·      aplicação das alterações: projeção dos dados coletados nas testagens no produto final. Nesse caso, se muitas modificações forem realizadas, é possível reiniciar o processo.

Cada uma dessas fases colabora para a entrega de um produto pronto para atender às expectativas dos clientes.

Quais são as vantagens de utilizar MVP ou PoC?

Embora estejamos vivenciando uma era em que o crescimento meteórico de alguns empreendimentos tem gerado “muito barulho”, é sempre importante ter em mente que, por trás de cada ideia de sucesso, houve outras que foram descartadas por não atenderem às necessidades do mercado. Nesse contexto, entram algumas das vantagens de utilizar ambas as abordagens — PoC e MVP —, que são:

·      diminuição de riscos de mercado, especialmente quando se trata de algo inédito, já que se torna possível fazer testagens antes de alocar grandes investimentos;

·      identificação de falhas e, consequentemente, de eventuais correções, de modo que há ganhos em eficiência na criação de experiências mais positivas para os clientes;

·      maior aproximação com o público, que pode funcionar, inclusive, como um mecanismo para gerar a fidelização, afinal, se, ao longo das etapas de testagem, as expectativas e as necessidades dos consumidores forem priorizadas, há grandes possibilidades de haver uma criação de vínculo bastante positivo entre eles e o empreendimento.

Neste post, você pôde entender tanto o que é MVP quanto o que é PoC e como ambos, de maneiras distintas, colaboram para elevar as chances de o lançamento de um produto no mercado ser mais bem-sucedido. Portanto, utilize as duas metodologias de forma estruturada e tenha maiores garantias de que a sua solução efetivamente entregará valor ao cliente, sem que seja necessário dispender altas quantias e desperdiçar um tempo que poderia ser mais bem empregado se voltado ao core business da sua organização.

Fonte:

https://www.venturus.org.br/o-que-e-mvp/

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Comentários (2)
Allan
Allan - 27/01/2023 12:20

Legal Joana, obrigado pela adição !

🙂

Joana Pereira
Joana Pereira - 27/01/2023 11:48

Muito interessante!

O conceito de MLP (Minimum Lovable Product), criado por Brian Haaf em 2013, também é relevante nessa discussão. Assim como o MVP, o MLP tem o objetivo fornecer o conjunto básico de recursos que o sistema precisa para funcionar corretamente. A diferença principal é que o MLP dá uma importância muito maior ao fator UI/UX, focando em gastar o mínimo de recursos na criação do produto, mas de forma que o produto seja atraente para os usuários mesmo em sua versão mais simplificada.