A IA que te ensina… Ou te vigia?
Estamos no ponto da curva em que o uso da IA — como o ChatGPT — deixa de ser apenas uma revolução e passa a funcionar como um espelho: ele reflete tanto o potencial da tecnologia quanto o nível de consciência de quem a utiliza.
De um lado, temos estudantes e creators tech automatizando resumos, criando mapas mentais, cronogramas personalizados, rotinas gamificadas e até treinando soft skills com bots que simulam entrevistas. Um verdadeiro salto no acesso ao conhecimento e na autonomia do aprendizado.
Do outro lado, a distorção: a nova tendência viral de usar IA para descobrir a localização de alguém a partir de fotos. O modelo o3, por exemplo, tem sido usado para identificar cidades e estabelecimentos com base em detalhes visuais mínimos — uma espécie de “superpoder” que, na prática, levanta sérios alertas de privacidade.
Segundo o Techmundo:
“Depois do viral das pinturas no estilo Ghibli, o ChatGPT parece ter sua nova trend. As pessoas estão subindo fotos e a IA está descobrindo com precisão a localização das imagens.”
O TechCrunch foi além:
“Estão chamando o ChatGPT de ‘novo GeoGuessr’, em referência ao game que desafia os usuários a adivinharem localizações com base em imagens aleatórias.”
Essa é a dualidade. A mesma IA que pode ser seu mentor, também pode ser usada como ferramenta de vigilância.
O que falta? Consciência digital. Educação crítica. Intenção.
Como usar com propósito?
• Automatize o que consome seu tempo: IA faz resumos, testes, explicações e comparativos.
• Use extensões e plugins para aprender línguas, treinar redação, montar simulados e aprofundar estudos.
• Explore geolocalização com IA para fins educativos: entender contextos históricos, geopolíticos ou montar roteiros de estudo imersivo — e não pra bisbilhotar stories alheios.
A IA não é o fim. É o meio.
Mas só será evolução se a gente souber conduzir.
Você tá usando a IA pra evoluir ou pra vigiar?