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Marcelo Silva
Marcelo Silva12/02/2025 20:05
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Burnout: por que a síndrome está afastando a Geração Z das carreiras de tecnologia?

  • #Inteligência Emocional

Durante anos, as carreiras em tecnologia foram vistas como um caminho seguro para uma carreira estável e bem remunerada. Entretanto, essa tendência está mudando rapidamente, especialmente entre a Geração Z – que inclui os nascidos entre 1997 e 2010 –, que parecem estar perdendo o interesse nesse setor e migrando para setores completamente diferentes.

O principal motivo por trás desse fenômeno é o medo crescente de burnout e a falta de crescimento nas grandes empresas de tecnologia. De fato, até alguns anos atrás, trabalhar em empresas como Google, Meta ou Microsoft era a maior aspiração para quem buscava uma carreira em tecnologia.

Entretanto, de acordo com pesquisas recentes, o interesse por essas empresas caiu drasticamente. E, embora o Google estivesse no topo da lista dos empregadores mais desejados em 2017, agora caiu para o sétimo lugar, com a Apple em nono lugar.

Além disso, a cultura de trabalho nessas empresas mudou: o trabalho remoto, que foi uma grande vantagem durante a pandemia, está sendo restringido em muitas delas. Elementos como escritórios com escorregadores ou mesas de sinuca não são mais suficientes para atrair uma geração que prioriza a flexibilidade, a estabilidade e o bem-estar mental.

O que é o burnout?

O burnout, reconhecido pela OMS (Organização Mundial de Saúde) como uma síndrome associada ao estresse crônico no trabalho, é caracterizado por exaustão emocional, diminuição do desempenho e uma sensação de distanciamento ou despersonalização no trabalho.

Estima-se que 12 bilhões de dias de trabalho são perdidos todos os anos devido à depressão e à ansiedade.

Esse fenômeno é particularmente preocupante para a Geração Z, que cresceu em um ambiente em que a produtividade extrema e a hiperconectividade são a norma.

Eles também viram os funcionários de empresas de tecnologia enfrentarem longas jornadas de trabalho, demissões em massa e pressão constante para inovar. Como resultado, mais de 50% dos jovens temem o esgotamento ou se sentem estagnados em seu crescimento profissional.

E, diferentemente das gerações anteriores, a Geração Z valoriza o equilíbrio entre vida pessoal e profissional, o que levou a uma reavaliação de suas escolhas de carreira.

O surgimento de novos setores

Em vez de carreiras tecnológicas, a Geração Z está buscando setores com maior estabilidade e propósito. Entre os mais atraentes estão saúde e bem-estar, já que a pandemia da COVID-19 reforçou o interesse nesse campo.

Profissões como enfermagem, fisioterapia e saúde mental ganharam popularidade, com 32% dos jovens demonstrando interesse em trabalhar em hospitais e centros médicos.

Os empregos no governo também estão atraindo a atenção desse grupo populacional devido à segurança no emprego e aos benefícios de longo prazo oferecidos pelo trabalho no setor público.

Ao mesmo tempo, a construção e a manufatura estão passando por uma transformação atraente para novos profissionais. Especialmente com o aumento da automação e da IA.

Fonte: Minha Vida

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Comentários (3)

AS

Anísio Souza - 14/02/2025 22:57

Sou da geração Y e confirmo o que foi dito no artigo, vejo muitas pessoas buscando mais equilíbrio entre trabalho e vida pessoal do que vi há 10 anos. A geração Z fará uma grande mudança no mercado, acredito que todos serão beneficiados tanto empresas quanto colaboradores.

Marcelo Silva
Marcelo Silva - 14/02/2025 18:39

Tough question!

DIO Community
DIO Community - 13/02/2025 14:51

Que reflexão importante, Marcelo! O burnout na Geração Z e o impacto na busca por carreiras em tecnologia é um tema que precisa ser discutido com urgência. Durante anos, trabalhar em grandes empresas de tecnologia era um sonho para muitos, mas a mudança de cenário, com pressão excessiva, falta de flexibilidade e longas jornadas, tem feito muitos jovens reavaliar suas escolhas de carreira.

A Geração Z cresceu em um mundo hiperconectado, onde a produtividade extrema e a busca por inovação são constantes. O problema é que esse ritmo acelerado está cobrando um preço alto na saúde mental. O burnout, reconhecido pela OMS, já não é mais uma exceção, mas sim um risco real para muitos profissionais da área.

O mais interessante é ver como essa nova geração está priorizando o equilíbrio entre vida pessoal e profissional e buscando setores mais estáveis e com propósito, como saúde, bem-estar e o setor público. O crescimento do interesse por carreiras na área da saúde e empregos governamentais mostra que a estabilidade e a segurança estão pesando mais do que o prestígio de trabalhar em empresas de tecnologia.

Agora fica a reflexão: o setor de tecnologia está preparado para mudar sua cultura de trabalho e oferecer um ambiente mais saudável para essa nova geração? O que você acha que as empresas poderiam fazer para diminuir o impacto do burnout e tornar a área mais sustentável a longo prazo?