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Erick Soares28/04/2025 14:00
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Pílula da inteligênica ou Muleta? Quando a Inteligência Deixa de Ser Nossa

    A inteligência artificial pode ser sua aliada.

    Mas também pode ser o motivo de você parar de pensar por conta própria.

    A inteligência artificial tem sido vendida como uma pílula milagrosa, mas quando a utilizamos sem reflexão, ela pode se tornar muleta.

    No mundo dos escritórios de advocacia, por exemplo, vemos profissionais usando a IA para substituir o pensamento crítico em vez de ampliá-lo, pois atualmente com apenas o pedido inicial a inteligência artificial elabora a peça de defesa sugerindo possíveis teses.

    Isso otimiza o trabalho? Sim, principalmente em trabalhos de massa, no entanto, se não houver cuidado na utilização, uma geração inteira corre o risco de terceirizar a inteligência, e isso pode e está ocorrendo em diversas áreas.

    E sabedores de que as IAs podem dar respostas não tão certas quanto pensamos, o ato do pensamento crítico e conhecimento sobre o que se está delegando é inegociável.

    Isso se compara ao mesmo ato de delegar uma tarefa a um assistente e não orientar ou conferir, assim podemos realizar o ato de ao invés de delegar, começamos a “delargar” sem pensar ou criticar a resposta que lhe é dada.

    Perguntar é um ato intelectual, no entanto, pensar sobre a resposta é o que nos mantém humanos.

    Imagine uma calculadora, ela resolve contas difíceis, poupa tempo, reduz erros.

    Agora pense em alguém que nunca aprendeu a fazer contas básicas porque sempre usou uma, assim, o problema não está na calculadora, mas em não aprender antes de terceirizar.

    A IA é a nova calculadora!

    Mas, em vez de somar e multiplicar, ela escreve e decide, gera ideias e conduz caminhos.

    Se usada com consciência, ela é um supercérebro auxiliar, no entanto, se usada com preguiça, ela vira muleta do raciocínio, uma droga que de pouco a pouco vai minando o pensamento crítico, elimina a dúvida e a capacidade de pensamento organizado.

    E tem um detalhe ainda mais sutil: A IA responde bem, até quando você pergunta mal!

    Ou seja, mesmo perguntas rasas podem parecer inteligentes — e aí mora o risco de achar que você está pensando, quando na verdade só está aceitando.

    Sou sócio no escritório Campos & Aggio Advogados e usamos IA com frequência em pesquisas jurídicas, brainstorms criativos, organização de tarefas, criação de scripts do comercial, entre outras.

    Mas aprendemos cedo que, se a gente não domina o tema antes, a IA só gera ruído elegante.

    Ou seja: ela é poderosa, mas só quando você já tem repertório e usar IA antes de estudar é como pular direto pra cola sem ter lido a matéria.

    A IA pode até parecer um supercérebro, mas sem o seu raciocínio por trás, ela vira só uma muleta — chique, veloz, mas oca.

    Teste rápido:

    •            Quando foi a última vez que você elaborou uma ideia sem pesquisar?

    •            Você já usou IA para responder uma pergunta que, no fundo, você já sabia a resposta?

    •            Quantas vezes você usou IA hoje?

    O problema não é usar inteligência artificial. É não usar a sua.

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