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Arilson Lobo
Arilson Lobo17/05/2023 14:33
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O futuro da IA - Quanto mais robôs, menos robôs

  • #Inteligência Artificial (IA)

Apesar do título parecer estranho ele pode ser uma grande realidade das empresas no futuro. 

Muito se fala em substituir trabalhadores humanos por robôs com inteligência artificial, pois isso acarretaria duas situações para a empresa:

  • Diminuição dos gastos da empresa, já que os robôs não seriam pagos financeiramente para fazer todo o trabalho.
  • Aumento da produtividade, já que fariam mais em menos tempo.

Muitas fábricas já praticam essa nova tendência, o que vem deixando milhares de trabalhadores desempregados, principalmente em áreas cujo o conhecimento dessas pessoas não é facilmente reaproveitável em outras funções. O artigo abaixo pode exemplificar um pouco essa situação.

Mas e quanto ao título desse artigo ? o que tem a ver ? 

Para esse raciocínio colocarei um cenário simplificado com um cálculo que facilite o ponto de vista. Vamos imaginar as seguintes situações:

Numa cidade, uma empresa de sapatos possui 1000 trabalhadores que fabricam 1000 pares de sapatos por mês. Esses trabalhadores consomem 1000 pares de sapatos por mês. Logo consomem 100% do que fabricam. A fábrica, com intuito de aumentar a produtividade e diminuir as despesas mensais, decide substituir todos os trabalhadores pela mesma quantidades de robôs com inteligência artificial, que não serão pagos para executar o trabalho. Após a mudança, a empresa passa a fabricar 2000 pares de sapatos por mês, aumentando a produção sem precisar pagar salários para os novos funcionários.

De início, se entende que a empresa teve uma grande estratégia, mas se você prestar atenção verá que temos um aumento na quantidade de sapato fabricados porém não temos ninguém para consumir, pois os antigos funcionários não terão dinheiro para comprar sapatos e os robôs não precisarão comprar.

Em um ano a fábrica terá em torno de 24.000 sapatos estocados, logo não terá motivo para manter os 1000 robôs ativos fabricando mais sapatos e também terá que desativar aqueles que já existiam e não faziam parte diretamente da linha de produção, ou seja, desativará mais robôs do que comprou.

Final da história

Logo o dono da empresa terá a necessidade de fabricar algum outro produto para o qual não existem robôs com capacidade de executar o trabalho, e assim terá que contratar novamente trabalhadores humanos que, agora com salário, consumirão esses novos produtos e também os sapatos que estão estocados.

Pergunta para o futuro: 

Quem consumirá o que os robôs/IA produzirem ? 

O que precisamos entender:

Funcionários também são consumidores e que, aumentando a produção substituindo humanos por robôs ou IA, diminuiremos o consumo;

Assim, podemos considerar que os Robôs/IA devem realizar tarefas que facilitem a mão de obra, mas não a substitua.

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Comments (2)
Arilson Lobo
Arilson Lobo - 17/05/2023 18:41

Sim, é uma excelente discussão.

Existem muitas variantes, por isso simplifiquei ao máximo para mostrar que precisamos de pessoas trabalhando para consumir a produção.

Carlos Alecrim
Carlos Alecrim - 17/05/2023 16:42

Legal o raciocinio, mas o empregador não colocaria 1000 robôs para substituir 1000 pessoas, 10 pessoas * 10 sapatos por dia * 30 dias daria uns 3000 sapatos mês como projeção. Então vamos fazer as substituições, vamos contratar um empresa que vai fazer a avaliação de quanto custará para fazer um robô que produza sapatos. Avaliado a empresa diz que o robô produzirá 30 sapatos dia. Trẽs vezes o do ser humano, então o empresario adquire 4 robôs para ficarmos proximo do valor anterior 4 robôs x 30 sapatos dia são 120 sapatos/dia. 3600 sapatos mês é o que eles entregariam. Das 10 pessoas anteriormente da empresa, poderiam treina-las para acompanhar a produção, realizar a manutenção preventiva/corretiva, claro haveria uma redução de mão de obra, mas se estes trabalhadores estiverem se qualificando constantemente seriam aproveitados pela empresa. Ao implantar o sistema o empresario não teria o retorno imediato, precisaria produzir bastante para pagar o investimento. Podermos acrescentar nisso, política econômica , concorrencia, gestão da própria empresa e por aí vai. Acho uma discussão muito interessante...