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Vinicius Silveira
Vinicius Silveira01/07/2023 01:23
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Blockchain Permissionada no Brasil

  • #Blockchain

A tecnologia blockchain tem ganhado destaque nos últimos anos devido às suas características de segurança, transparência e descentralização. No entanto, enquanto a maioria das pessoas associa o blockchain a redes públicas como o Bitcoin, existe uma outra vertente conhecida como blockchain permissionada, que tem sido amplamente adotada por empresas e organizações no Brasil. 

Uma blockchain permissionada, também chamada de blockchain autorizada ou privada, é uma versão restrita da tecnologia blockchain. Diferente das blockchains públicas, onde qualquer pessoa pode participar e validar transações, as blockchains permissionadas são controladas por um grupo selecionado de participantes, que possuem permissões específicas para acessar e interagir com a rede.

Esta abordagem torna a blockchain permissionada especialmente atraente para empresas e organizações que desejam manter maior controle sobre sua rede e dados, mantendo a segurança e a eficiência proporcionadas pela tecnologia blockchain. Os participantes da rede podem ser parceiros de negócios, fornecedores ou qualquer outra parte interessada, e eles podem ser convidados ou selecionados para participar da rede com base em critérios específicos.

No Brasil, várias empresas e organizações estão explorando e implementando blockchains permissionadas para atender a diversas necessidades em diferentes setores. A seguir, destacamos algumas das principais empresas envolvidas nesse cenário:

  • BNDES: O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) tem realizado experimentos com blockchain permissionada para otimizar processos de financiamento e garantir maior transparência nas transações. O BNDES criou o BNDES Garagem, uma plataforma baseada em blockchain que permite o registro e a negociação de títulos de dívida de startups.
  • Petrobras: A Petrobras, uma das maiores empresas de energia do Brasil, tem explorado o uso de blockchain permissionada para rastrear e auditar a cadeia de suprimentos de petróleo e gás. A tecnologia permite maior rastreabilidade e transparência nas operações, ajudando a evitar fraudes e garantindo a procedência dos produtos.
  • Itaú Unibanco: O Itaú Unibanco, um dos maiores bancos do Brasil, tem investido em blockchain permissionada para melhorar a eficiência dos processos internos, como a reconciliação de transações entre diferentes sistemas e a troca segura de informações entre departamentos e parceiros.
  • Grupo Votorantim: O Grupo Votorantim, conglomerado brasileiro com atuação em diversos setores, está utilizando blockchain permissionada para aprimorar a gestão da cadeia de suprimentos e garantir a origem sustentável de matérias-primas, como o alumínio.

A blockchain permissionada tem se mostrado uma solução promissora para empresas e organizações que buscam aproveitar os benefícios da tecnologia blockchain, enquanto mantêm maior controle sobre sua rede e dados. No Brasil, várias empresas estão explorando o potencial dessa tecnologia em diferentes setores, como financeiro, energético e manufatureiro. À medida que a tecnologia blockchain continua a evoluir, é esperado que mais empresas adotem soluções permissionadas para aprimorar a segurança, transparência e eficiência de seus processos.

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Comments (2)
Diego Rodrigues
Diego Rodrigues - 02/07/2023 16:38

Ótima artigo Vinicius. Também gostaria de mais cursos voltados ao tema principalmente Hyperledger Fabric e Hyperledger Sawtooth.

A tecnologia de blockchain não envolve só criptomoedas como o artigo explicou muito bem. E para o ambiente corporativo dependendo do caso uma rede permissionada é muito mais viável que uma rede pública, a rede permissionada permite um controle maior de quem pode acessar a rede, e como ele pode ser autorizado para acessar a rede e o que cada um pode fazer dentro da rede, em uma rede pública a maioria das informações é pública.

Um exemplo de permissionada seria um blockchain de registro de preços de frutas e legumas para que o produtor consiga acessar e realizar o cadastro do seu preço ele tem que receber a permissão de um orgão regulador (exemplo Ministério da Agricultura), e só depois ele consegue cadastrar seu produto e seu preço e isso seria registrado na cadeia de blockchain.

Vinicius Silveira
Vinicius Silveira - 01/07/2023 02:11

Gostaria de sugerir a DIO mais cursos voltados a este tema! Por exemplo: Hyperledger Fabric, FireFly etc...