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Hugo Nomura19/09/2024 10:07
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Você já se perguntou o que Mastercard, Osama Bin Laden e seu backup de arquivos têm em comum?

    Eu sei que à primeira vista isso parece uma correlação espúria, mas existe uma conexão real e significativa entre esses nomes. Os ataques de 11 de setembro, liderados por Osama bin Laden, não apenas impactaram o cenário global de segurança, mas também mudaram drasticamente a forma como tratamos a proteção de dados. Na época, gigantes como Mastercard e American Express enfrentaram gigantescos desafios imediatos, sendo obrigadas a revisar todas suas estratégias relativas à segurança cibernética e implementar medidas mais rigorosas para garantir a integridade dos dados de seus clientes. 

    Esse evento foi um verdadeiro marco para a humidade e é um ponto de inflexão nas práticas de backup e disaster recovery. Medidas que hoje consideramos essenciais, até então, eram vistas com pouca relevância ou até mesmo maus olhos, como se essas medidas fossem de algum preparacionista que constrói um bunker no quintal de casa se preparando para o fim do mundo. Logo após os ataques, o impacto repercutiu para diversas frentes, com a implementação de novas medidas para proteger informações sensíveis, especialmente nos setores financeiro e governamental. Além disso, o aumento da vigilância em massa e a criação de leis mais rigorosas sobre a retenção de dados pessoais mudaram a maneira como usuários e organizações interagem com a internet e outros serviços digitais. 

    O conceito de disaster recovery tornou-se essencial, pois permitiu que essas empresas mantivessem operações críticas mesmo após grandes crises. Muitas começaram a implementar medidas de disaster recovery como uma distância de 300 milhas (cerca de 480 km) entre seus data centers principais e um secundário para backup. Essa distância foi escolhida para garantir que, mesmo em casos de desastres de larga escala, como alagamentos, tornados e outros eventos climáticos naturais, os backups e sistemas essenciais estivessem seguros e prontos para serem acionados, minimizando o tempo de inatividade.  

    Outra prática adotada foi o backup síncrono, uma técnica fundamental para garantir a integridade dos dados em tempo real. No backup síncrono, as informações são copiadas simultaneamente em dois ou mais locais. Isso significa que, a cada transação ou atualização de dados, essas mudanças são replicadas instantaneamente em um local de backup, sem atrasos. Para empresas financeiras como a Mastercard, que lidam com um volume massivo de transações a cada segundo, essa tecnologia é crucial para garantir que os dados estejam sempre atualizados e disponíveis, mesmo em caso de falhas no sistema principal. 

    Embora as lições de 11 de setembro tenham sido dolorosas, elas nos lembram da importância contínua da segurança e da proteção de dados em um mundo cada vez mais digital. Afinal, a privacidade e a segurança são os pilares de qualquer sistema tecnológico confiável. 

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    Comentários (1)

    AS

    Anderson Souza - 19/09/2024 12:20

    Um texto que conecta os pontos de forma brilhante! Os ataques de 11 de setembro foram um divisor de águas para a segurança cibernética. A forma como o autor demonstra a evolução das práticas de backup e disaster recovery, desde a desconfiança inicial até a adoção de medidas rigorosas, é admirável. A menção da distância de 300 milhas entre os data centers e do backup síncrono mostra como a tecnologia evoluiu para atender às novas demandas. Uma leitura essencial para quem busca entender a importância da segurança da informação no mundo atual.