Você já ouviu falar em SLOP ?

A tecnologia avança muito rapidamente no campo da IA Generativa, trazendo consigo novos desafios em relação a segurança e a forma hoje está sendo criado conteúdos.

O termo, cuja tradução literal seria "desleixo", refere-se ao conteúdo criado automaticamente por ferramentas generativas de IA. Não a qualquer conteúdo criado com elas, mas a conteúdo automatizado sem trabalho humano ou qualquer supervisão, que só tem o propósito de monetizar de alguma forma (visitas a um site, inflar o número de seguidores, etc).

Ao contrário de um chatbot, não é um material interativo nem tem como objetivo responder às necessidades de ninguém. Seu único objetivo é parecer conteúdo humano para atrair tráfego e gerar receitas publicitárias. É como se fosse um spam de lixo, onde fica difícil para o usuário filtrar o que realmente procura dentre todo o slop presente.

Alguns exemplos de SLOP incluem:

1. Velhinhas de 122 anos que cozinharam seu próprio bolo: Uma imagem gerada pela IA que retrata idosas centenárias realizando tarefas improváveis.
2. Imagem de Jesus com braços de camarão: Uma reinterpretação religiosa que invadiu as redes sociais, criada com o único propósito de causar estranheza.

Assim como o spam, ninguém deseja encontrar SLOP em seu e-mail ou nas redes sociais. No entanto, a economia da internet levou à sua criação, e não há muito que possamos fazer para evitá-lo. Especialistas em tecnologia esperam que o termo SLOP ajude a reforçar o impacto negativo dessas imagens geradas sem cuidado ou propósito específico.

A evolução das IAs, como o recente GPT-4o da OpenAI, tornou a geração automática de imagens mais fácil, mas também trouxe desafios relacionados à qualidade e intenção dessas criações. À medida que a tecnologia avança, é importante considerar como lidamos com esses resultados inesperados e, ao mesmo tempo, explorar suas possibilidades criativas.

Grandes empresas de tecnologia já estão movimentando e ajustando seus sistemas para que esse fenômeno , seja diminuído ou mesmo controlado, mas ainda assim está longe de estarmos livres desse tipo de conteúdo.