image

Acesse bootcamps ilimitados e +650 cursos pra sempre

60
%OFF
Article image
Olival Neto
Olival Neto10/05/2023 16:24
Compartilhe

Um passo de cada vez - A Jornada Dev

    Fala, Dev. O mais comum na área da tecnologia é se perder no meio de tantas opções, não é mesmo?!

    Por isso, trago uma visão sobre as etapas para ser tornar um desenvolvedor condizente com as vagas de mercado.

    Esse tema é singular, por existirem diversos requisitos nas vagas de trabalho, e pode ser que a gente se perca no meio do caminho. Então, trago a visão do que vejo nas vagas do back-end e front-end.

    Algumas pessoas vendem que você pode se tornar um Dev em três meses. Mas, a pergunta que eu deixo é: "Tudo aquilo que te desafia, te transforma".

    Pode ser um desafio grande, começar a programar sem saber de nada. Mas, para agregar valor a essa visão, tem duas perguntas interessantes a serem feitas:

    A primeira delas é: Já que tudo aquilo que me desafia, me transforma em algo... No que eu estou me tornando?

    A segunda pergunta mais importante é: No que eu gostaria de me tornar?

    Eu quero me tornar um dev back-end, então, tenho que identificar as tecnologias que preciso e participar das acelerações, bootcamps, para me tornar tal profissioal.

    Se eu quero me tornar um dev front-end, então, preciso fazer o mesmo (participar das formações, bootcamps e acelerações).

    Mas, nesta jornada, eu digo com toda a certeza. Não se prenda ao conteúdo, e vá acumulando vários bootcamps, antes de se dedicar a um projeto grande seu. Digo... tenha um projeto de código, inteiramente seu, no quesito código, algoritmos, problemas, soluções, e mais, e o alimente diariamente no github.

    No currículo, muito conta os certificados, mas a experiência, a expertise, não dá para fingir ter. É algo que precisa ser treinado. Até a habilidade de codar com aquela tecnologia se transforme em uma habilidade natural.

    Mas, quem sou eu para falar? Sou o cara que participou de alguns bootcamps, mas cursos isolados e estava sentindo a falta dessa expertise, para ganhar confiança, e mudar a chave, na minha mente, sobre as coisas que eu sei, e sobre o que eu consigo construir, manter, atualizar e contribuir.

    Vou usar como exemplo, um framework de back-end, tal como Spring. Dentro dele, possui diversos módulos. São tantos, que os bootcamps não dão conta de ensinar tudo, a documentação é muito extensa, e o mercado de trabalho exige esta tecnologia nas vagas, de júnior, pleno e sênior.

    Participei de um bootcamp que introduziu o Spring na minha Stack. Depois, participei de outro que mostrava mais alguns recursos. Fui atrás de cursos isolados por fora, e não achei nada atualizado, que iria agregar valor aos bootcamps.

    Logo, senti que não dominava o mínimo para realizar projetos significativos, para mim. O que eu fiz?

    Cobri o máximo que consegui com bootcamps, que não eram focados em Spring. Tal como, bootcamp Java, Kotlin, e outros, que continha as partes do Spring que precisava.

    E para gerar dúvidas, problemas, comecei a criar o meu próprio projeto, na versão atualizada: 3.0.6. Enquanto você utiliza o que sabe, surge a necessidade de resolver outros problemas que surgem.

    Logo, precisei de alguns aliados, tal como, o chatgpt, o youtube, a documentação, livros (mesmo que desatualizados).

    Motivo: Primeiro, preciso saber o que eu posso aprender e o que eu devo aprender primeiro.

    Na documentação, vi uma sequência básica: Spring Boot, Spring Web, Spring Data.

    Então, segui essa teoria. Aprendi as três, que me parecem a base de qualquer aplicação que você deseja criar.

    Durante o projeto, o chatgpt me gerou algumas ideias, de acordo com as dúvidas que eu repassava para ele.

    O youtube serviu de canal de aprofundamento. Os livros desatualizados me serviram de base para ter novas ideias.

    Hoje, a visão que eu tenho é: Participe de um bootcamp, dois ou três. Mas, tente criar um projeto grade, para ver se tudo vem na mente, e se você se sente capaz de gerar algo legal.

    Quebre esse sentimento de estagnação de criar um projeto grande e vá progredindo. Depois, de tudo isso, aprendi mais sobre o gerenciados de dependências, Maven.

    Fui identificando lacunas, na linguagem Java, que precisava sanar. Revisei rápido comandos de banco de dados, modelo entidade relacionamento, e diagrama ER.

    Entendi mais sobre mapeamento objeto relacional, e a prática, unificou tudo na minha mente. Cria um projeto grande, já não é algo que me trava, e tenho algo legal para mostrar no portfólio, do currículo.

    Nada substitui a emoção de se sentir confiante e seguro, para criar algo. Isso te estimula a buscar projetos por fora, como freelancer, ou a solucionar um problema no seu trabalho com a tecnologia, ou ainda, criar um sistema que você possa vender, para alguma empresa da sua região ou afora.

    Já pensou contar na entrevista que você já vendeu um software próprio, ou conseguiu um contrato para prestar o serviço, tal como, um aluguel de sistema, que você criou?

    Sei que a gente sempre fica buscando vagas, que é o objetivo da maioria. Mas, se você criar algo, útil para a sociedade... você pode ofertar para alguém comprar ou alugar.

    Software como serviço, é o termo que usam para isso. Pode parecer algo distante agora, mas a medida que você cria seus próprios projetos, aumenta a confiança, fecha as lacunas que identifica, ou seja, as falhas no aprendizado de algo importante, agrega valor com boas práticas, padrões de projeto, aprende a documentar, testar, validar....

    O resto se torna consequência. Por isso, preste atenção nos teus passos, e faço um brainstorming de tudo que você já sabe.

    Pegue uma folha de papel, ou duas, ou três e ponha a sua frente. Comece a anotar todas as habilidades que adquiriu até agora. Pare e pense: O que eu posso fazer com tudo isso?

    Depois, para e pense: Quem eu vou me tornar se continuar seguindo esse caminho? E, veja se está condizente com quem você, realmente, deseja se tornar.

    Um passo de cada vez, sabendo para onde se deseja ir, adquirindo as habilidades corretas, e aplicando nos ambientes corretos, você pode chegar em mais lugares do que imaginava.

    Essa clareza me ajuda a ver onde posso ir, o quanto estou longe ou perto de me tornar, e o que preciso fazer para isso.

    Se eu pudesse resumir tudo em duas palavras, eu diria: Projetos + Clareza.

    Quem não sabe para onde se deseja ir, vai parar bem longe de onde deveria sem perceber. Quem sabe para onde se deseja ir, e faz os ajustes corretos... esse sim, chega ao destino.

    Espero que tenham gostado da visão.

    Ahh, caso queira se conectar comigo e visualizar minha jornada, deixo meu linkedin: https://www.linkedin.com/in/olivalpaulino/

    Compartilhe
    Comentários (2)
    Flaviana Lima
    Flaviana Lima - 11/05/2023 10:37

    Esse post é um interessante, por que no meu caso eu estou nesse momento, cheia de duvidas e incertezas, porém esse post me fez refletir a forma como eu estava estudando.

    Angelo Bastos
    Angelo Bastos - 10/05/2023 17:37

    Muito Legal seu post! Me encontro na posição de começar do zero na árera da tecnologia vindo da área industrial, e quando me deparei com tantas vertentes à atuar fiquei com a sensação de entrar num oceano sem fim! Embora esse sentimento ainda esteja na minha sombra, sei que não parar é a melhor opção pois aos poucos o caminho irá clarear de acordo com minhas escolhas e espectativas.


    Quem está lendo meu comentário e também tem perfil semelhante de estar vindo da Indústria, no meu caso da área de Supply Chain, compartilha aqui também como está sendo sua experiência!