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Antônio Junior
Antônio Junior21/04/2023 12:42
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Tecnologia e Novos Propósitos

  • #Soft Skill

Nos anos 80, foi lançado um filme que fez um relativo sucesso e frequentou as nossas tardes diversas vezes: Coccon (teve o 1 e o 2). Tratava-se de um enredo onde diversos senhores e senhoras sexagenários ou mais tiveram a oportunidade de partir para um planeta onde além de terem o processo de envelhecimento cancelado, eles recuperavam as capacidades físicas da juventude.

Hoje, como se a vida imitasse a arte( ou seria ao contrário?) ,vemos pessoas 40+, 50+ e assim por diante fazendo transição de carreira e buscando novos propósitos . O que será que está por trás deste fenômeno? Aliás, precisa ser um fenômeno? Por que não normalizar, que cada vez menos pessoas terminarão sua vida profissional (se é que um dia terminarão) dentro da carreira ou trabalho que escolheram na juventude?

Há exatos 3 anos atrás, no auge da pandemia tomei a decisão de reciclar meus conhecimentos dentro da minha primeira área de formação. Para isso, decidi fazer um curso tecnológico, o famoso tecnólogo. Junto com isso, durante a pandemia tive a oportunidade de trabalhar com dados e bioestatística para auxiliar a administração da minha cidade na condução das ações de combate à COVID-19.

Todo esse movimento me fez achar um amor escondido pela tecnologia. Um fascínio ao descobrir as diversas possibilidades de realizações desta área. Hoje  curso engenharia da computação e estou me preparando (conscientemente e responsavelmente)  para largar uma carreira de mais 20 anos no setor público para ir ao mercado da tecnologia.

Um dos fatores que estão por trás deste movimento é a longevidade. Temos a possibilidade de viver mais e de sermos produtivos até uma idade mais avançada. Isso trás a maturidade, conhecimento e experiência que o mercado de trabalho espera agregar. Aquela história que com 40 anos você era velho para o mercado parece estar caindo por terra.  Com a alta competitividade as empresas não podem se dar ao luxo de dispensar experiência!

O segundo ponto é o acesso a informação. Na era da informaticidade (me permitam esse neologismo) o conhecimento está literalmente na palma da mão. Nunca foi tão fácil o acesso desde cursos superiores até conhecimentos específicos para que se possa adquirir uma nova habilidade. Com isso, pessoas já com a vida aparentemente consolidada começam a vislumbrar novas possibilidades, rumos e até mesmo um novo propósito de vida. Aqui entra a experiência como vantagem de mercado: ao aliar, experiência, maturidade e novos conhecimentos a possibilidade de entrega de valor é altíssima.

Por falar em propósito, essa talvez seja essa a variável mais importante. A tecnologia e o acesso ao conhecimento permitem a esse público enxergar novos propósitos de vida que vão além de cuidar da família: ter um negócio próprio, uma causa sócio ambiental, uma carreira na política as possibilidades são infinitas e talvez nunca imaginadas aos 17 anos.

A revolução tecnológica e social também bagunçou o rumo das carreiras. Está cada vez mais difícil encontrar pessoas com carreiras ditas lineares até mesmo nas carreiras chamadas de tradicionais. Profissões estão desaparecendo e aparecendo em velocidades impressionantes.

Por fim, ao que tudo parece, teremos cada vez mais uma mistura de gerações no mercado de trabalho que exigirá muito jogo de cintura para dar liga. Mas fato é que um caminho sem volta se formou. Caminho sem espaço para o etarismo, preconceito dos novos com os velhos. Aliás, até a definição de novo e velho ficará difícil.  Competindo ou cooperando, as gerações terão que dar um jeito de conviver.

Importante, que apesar das dificuldades, é empolgante e diria até mesmo rejuvenescedor estar aos 43 anos nessa batalha por esse novo propósito! Que venham os novos desafios! Que mais pessoas possam ter essa sensação!

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