Superando o Medo do Versionamento: Uma Jornada de Aprendizado no Banco Pan em 2023
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Em 2023, ingressei no Banco Pan em um contexto de grandes expectativas e desafios tecnológicos. Apesar da empolgação, enfrentei uma curva de aprendizado íngreme, especialmente em ferramentas de colaboração em equipe. Um episódio marcante foi meu primeiro contato com versionamento de código, tarefa que parecia simples para colegas experientes, mas se transformou em um marco de superação pessoal. Este artigo relata essa experiência, destacando a importância da persistência e da autogestão emocional em ambientes de alta pressão.
Contexto do Desafio
Como novo integrante de uma equipe de desenvolvimento, fui incumbido de realizar ajustes em um repositório compartilhado usando Git (ferramenta de versionamento). Apesar de conhecer o conceito teórico, nunca havia aplicado na prática fluxos como merge, pull requests ou resolução de conflitos. A tarefa exigia:
- Clonar o repositório principal;
- Criar uma branch para minhas alterações;
- Submeter o código para revisão sem afetar a versão estável.
O medo de cometer erros irreversíveis era palpável, mas a necessidade de contribuir falou mais alto.
O Processo: Entre Vídeos, Erros e Autonomia
1. A imersão caótica
Nas primeiras horas, assisti a tutoriais no YouTube, li documentações e até revi anotações de cursos. Mesmo assim, ao executar git push
, enfrentei mensagens de erro crípticas (ex.: “detached HEAD state”). A ansiedade aumentava, mas decidi dividir o problema em etapas menores.
2. A primeira vitória
Após recriar o ambiente localmente e testar comandos em uma branch de teste, consegui submeter minha primeira alteração. Porém, ao sincronizar com o repositório remoto, surgiram conflitos de merge. Usando o VS Code como editor, comparei as versões linha a linha, mantendo o código funcional da equipe e integrando minhas mudanças. Apesar do estresse, o código foi aceito após duas revisões.
3. Lições na prática
- Git não é monstro: Comandos como
git stash
egit rebase
tornaram-se aliados após a prática; - Erros são professores: Cada mensagem de erro direcionou meu aprendizado;
- Colaboração é chave: Colegas ajudaram a desvendar jargões como “fast-forward merge”.
Reflexões sobre o Aprendizado
Autogestão emocional
O receio de “quebrar o projeto” era um obstáculo maior que o técnico. Aprendi que:
- Medo paralisa, ação liberta: Corrigir erros ativamente reduziu a ansiedade;
- Pedir ajuda não é fraqueza: Um colega explicou o fluxo de como fazer o versionamento do Git em 15 minutos, e me auxiliando demais!
Competência técnica x Confiança
Dominar o versionamento foi tão importante quanto reconstruir minha autoconfiança. Hoje, encaro novas ferramentas (ex.:Jenkins) com a mentalidade de que o desconhecido é temporário.
Conclusão
Aquele dia no Banco Pan foi mais que uma vitória técnica: foi a prova de que desafios são oportunidades disfarçadas. O versionamento de código, antes um tabu, tornou-se uma habilidade que uso diariamente. A experiência reforçou que, em ambientes tecnológicos dinâmicos, resiliência e curiosidade são tão cruciais quanto o conhecimento prévio. Para quem enfrenta medos similares, meu conselho é: respire, quebre o problema em partes e lembre-se de que até os seniors já estiveram no seu lugar.