Sobre Inteligência Artificial….
Muita gente tem medo da Inteligência Artificial. Outros acham que ela vai resolver todos os problemas do mundo. Para mim, a IA não é nenhum dos dois. Ela não é uma ameaça e nem uma solução mágica. Ela é uma ferramenta — algo que me ajuda a traduzir minha própria cabeça.
Tenho 22 anos e estou no processo de diagnóstico para entender o nível do meu TDAH. Desde criança, sempre precisei me esforçar o dobro para entender coisas que, para os outros, pareciam simples. Era frustrante ter que pedir para o professor repetir a explicação várias vezes ou sentir que eu não estava acompanhando o ritmo. Às vezes, eu entendia a matéria, mas não conseguia expressar isso do jeito certo. Minha mente parecia sempre acelerada demais para que as palavras saíssem na ordem certa. Ainda assim, com muito esforço, sempre dei um jeito de seguir em frente.
Minha primeira experiência com IA foi durante um estágio. Sempre fui entusiasta de tecnologia, então, quando vi o que o ChatGPT estava se tornando, fiquei vidrado. Pela primeira vez, encontrei algo que não apenas respondia minhas dúvidas, mas fazia isso do jeito que minha mente precisava.A IA me ajuda nas coisas práticas do dia a dia. Se eu não entendo um e-mail complicado, ela simplifica. Se preciso aprender algo novo para o trabalho, ela me ensina no meu ritmo. Se minha cabeça está um caos e as palavras não vêm, ela me ajuda a organizar. É como se, de repente, eu tivesse um tradutor para os meus próprios pensamentos.
Ela não resolve meus problemas, mas me dá meios para lidar melhor com eles. A IA não pensa por mim — ela me ajuda a pensar melhor.Aliás, esse próprio texto é um exemplo disso. Eu sabia o que queria dizer, mas precisava de ajuda para organizar as ideias. A IA não escreveu por mim, mas me ajudou a expressar do jeito certo. No fim, não é sobre substituir a mente humana, mas sobre dar a ela novas formas de se comunicar com o mundo.