Reflexões de um Estudante de Engenharia de Software #communityweekchallenge

Oi, como você pode ver em algum local desta tela, meu nome é Lucas. Atualmente estou no ultimo ano do curso de Engenharia de Software. Considero-me um desenvolvedor fullstack, mas confesso ter a alma de gerente de projetos. Já desenvolvi sistemas em diversas linguagens, mas a minha principal é Java. Quando penso em sistemas, penso em uma solução para resolver problemas, mas penso também em uma obra de arte que receberá minha assinatura e representará o meu trabalho.

Este artigo é para compartilhar minhas experiências com os futuros acadêmicos ou a quem interessar dedicar um pouco de tempo para lê-lo. Pense nisso como um diário de bordo de um amigo que já navegou em mares que você pretende navegar.

Durante minha jornada academia, eu pude experimentar cada etapa do processo de produção de software, isso me vez entender a importância do trabalho em equipe, da interação entre colaboradores e da disseminação de conhecimento. Tudo começa no planejamento, nos casos de uso, na lista de desejos do cliente e a solução para suas dores. A partir daí, se inicia o processo de documentação e modelagem.

Sobre o frontend, a preocupação com a usabilidade, UI/UX, acessibilidade, clareza e elegância nas soluções e composições, responsividade e tratamento de dados.

Sobre o backend, o bom uso dos recursos que a linguagem pode te oferecer em questões pertinentes a segurança, desempenho, reuso.

Estou resumindo! Para abordar os assuntos na sua riqueza de detalhes seria necessário uma serie de livros.

A maioria das aplicações vai precisar de banco de dados e o motivo é simples, os programas rodam na memória RAM, uma memória temporária. Quando encerrar o programa tudo será esquecido, a menos que você armazene as informações para que o programa possa usar depois.

Percebi rapidamente a infinidade de carreiras profissionais que norteiam o ciclo de vida do Software e a necessidade de especialização. 

Vou explanar um pouco sobre as que eu tenho um pouco mais de conhecimento:

DBA (Administrador de Banco de Dados), ele vai cuidar dos servidores de aplicações de grande porte, o banco de dado é onde geralmente ficam guardadas as informações mais sensíveis como os dados cadastrais(e-mail, senha criptografada, nome, sobrenome, endereço, CPF) imagine esses dados vazando! Suas informações bancariam estão num banco de dados que esta conectado à internet e que embora tenha uma segurança rígida, ainda pode sofrer invasão. Por isso, a carreira de DBA implica em atuar a qualquer hora do dia ou da noite e a qualquer dia do ano, sejam fins de semana ou feriados o celular vai ter que ficar ligado para atender a qualquer emergência. Alem de conhecer profundamente sobre bancos SQL ou NoSQL.

Desenvolvedor frontend é uma pessoa que tem conhecimento em construir interfaces para que o usuário acesse as funções de um sistema, sabe o formulário de cadastro? Foi um dev frontend que fez. Havia um certo preconceito na comunidade para com os frontend, mas gradativamente esse papel se tornou tão relevante que hoje eu diria ser o mais relevante para o sucesso ou fracasso de uma aplicação. Hoje, esse profissional, alem de trabalhar com aspectos subjetivos de imprimir a identidade visual da empresa em cada elemento na tela, o que costuma ser um trabalho artístico, também tem que se preocupar com a implementação de elementos de acessibilidade, para incluir pessoas com alguma deficiência, tratamento de dados, importando para a aplicação e exportando quando necessário. Isso implica em aprender tecnologias como javascript, css, HTML e frameworks como angular, react, vue etc. Quanto aos frameworks é importante dizer, não tente dominar todos, escolha um e experimente exaustivamente, componha um portfólio e isso te levará mais rápido ao mercado.

Desenvolvedor backend é uma pessoa que vai usar de algoritmos para fazer com que o software resolva o que tiver de resolver. Os cálculos da calculadora, os motores de busca, o preparo dos dados para entrar no banco de dados etc. Agente chama isso de regras de negócio.

O maior desafio na área de desenvolvimento é conseguir a primeira vaga. Não é à toa que há muitas vagas no mercado, a quantidade de profissionais de inicio de carreira é muito inferior à quantidade de vagas que pede experiência. Mas empresas como a DIO que buscam preparar as pessoas para depois indicar à uma vaga de emprego vêm mudando esse cenário gradativamente, na verdade fico triste de só ter conhecido a DIO no ano passado e hoje sempre indico para os calouros que me procuram pedindo ajuda com um código.

Não desista, não é fácil, mas é uma delicia desenvolver e, se precisas de ajuda, pode me mandar mensagem, meu anagrama único na internet é Shackluryz, essa palavra levará qualquer motor de busca até mim.