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Gabriela Gonçalves18/08/2023 17:29
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RECUPERAÇÃO DA INFORMAÇÃO e FOLKSONOMIA

    Introdução

    A tecnologia desempenha um papel muito importante na universalização da informação, através de ambientes colaborativos que permitem a interação contínua no compartilhamento. A CI tem origem principalmente impulsionada pelo movimento das TIC’s, sendo seu grande desafio notabilizado tanto por meio de abordagens sobre a natureza, manifestações e efeitos da informação e conhecimento, como pela busca de soluções tecnológicas que garantam a comunicação e o uso, por isso que o objeto (informação) inclui todo o ciclo de produção, organização, armazenamento, representação, disseminação, recuperação, acesso e o uso da informação.

      A Ciência da Informação se mostra notável no acesso à informação, acima de tudo, através da recuperação da informação. Diante disso, é possível encontrar diferentes estudos sobre arquitetura e organização da informação, assim, existem várias abordagens referentes à folksonomia, principalmente sobre seu impacto no modo de comunicar e recuperar objetos digitais. Além disso, com o advento digital,cada vez mais o uso da informação e a maneira como indexamos e recuperamos as informações estão se tornando colaborativas e compartilhadas, fazendo com que a memória do grupo e a produção colaborativa estejam interligadas, o que torna a Folksonomia como uma importante estratégia para recuperação colaborativa da informação.


    FOLKSONOMIA E RECUPERAÇÃO DA INFORMAÇÃO


    Por volta dos anos 40, aconteceu uma explosão documental, que foi gerada pela especialização do saber. A consequência gerada foi a informação se tornando moeda da economia, a partir disso, se tem a necessidade de ter uma ciência que use a informação como objeto de estudo e os seus processos de construção, comunicação e uso. A partir desse contexto, surgiu a Ciência da Informação, e com ela o objetivo de etiquetar e recuperar as informações presentes nos documentos.

    A ideia principal da recuperação da informação é simples, é indexar e armazenar toda a informação que se precisa para uma posterior recuperação da parte relevante. Porém, analisando de forma mais profunda, é possível perceber que não se precisa apenas de um bom sistema de recuperação da informação (SRI), que nada mais é um modo de representar os documentos para a recuperação, mas de atores que fazem parte do funcionamento, um exemplo, é o usuário.

    Sistema de recuperação da informação tem algumas funções básicas que foram definidas pelos autores Baeza-Yates e Ribeiro Neto (1999) como a representação, armazenamento, organização e acesso à informação e as pesquisas se voltam à modelagem, classificação de documentos e a categorização deles, além da filtragem de informação. Porém, tudo está interligado: a recuperação da informação de forma efetiva relevante precisa da atividade dos usuários e da visão lógica dos documentos adotados pelos SRI.

    Primeiramente surgiu a etiquetagem, uma forma de indexação que utiliza o próprio usuário, para classificar os documentos. Porém, segundo Wal (2007), a etiquetagem é muito mais antiga do que se imagina, ela começou com Lotus Magellan que apareceu em 1988 e colabora na anotação de documentos e objetos de disco rígido do usuário. Segundo o autor Wal (2005) a etiquetagem é definida como uma forma não hierárquica de organizar a informação. A informação é achada por conexões associativas e deduções. Este autor, diz que as relações hierárquicas eram uma boa forma de organização da informação antes da computação, porém com a vinda dos computadores, existem outras formas que são tão eficientes quanto elas.

    A resposta do processo de etiquetagem cria o que vem sendo chamado de folksonomia. O termo apareceu pela primeira vez em 2004 dentro do contexto da internet, onde a prática de observar uma atividade crescente – a atribuição de etiquetas em conteúdos informacionais despertou o interesse de pessoas que entendem os fenômenos que acontecem na internet.

    A função da folksonomia pode ser tanto uma categorização com “base inteiramente no que as pessoas consideram significativo sobre alguma coisa” (Anderson 2006 p. 60)  como um sistema de organização da informação autogestor, ou um gestor social. O termo folksonomia foi citado pela primeira vez por Thomas Vander Wal, porém segundo o autor, o termo foi sugerido por outro membro, Eric Scheid: folk classification, onde folk substitui o tax de taxonomia. Porém, diferente do que o nome sugere, a folksonomia não tem nenhuma relação com a taxonomia, a proposta dela não é “colocar em categorias”, é um antítese do conceito da taxonomia.


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