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Vitória Taborda
Vitória Taborda28/01/2025 16:27
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Quando a esmola é demais, o santo desconfia: Por que não percebemos quando o virtual nos desvirtua?

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    Já dizia o ditado: “Tudo que é demais, faz mal”. Excesso de informações que acarretam desinformação, promessas de ganhos fáceis (sem quaisquer garantias), e busca por validação social: A dificuldade em diferenciar dependência e uso saudável nos dispositivos digitais se tornou um problema. Como chegamos a esse ponto?

    A evolução tecnológica transformou a comunicação e trouxe inúmeros benefícios. Do telégrafo ao telefone de disco, dos celulares aos smartphones, cada salto tecnológico moldou nossas relações e formas de trabalho. Hoje, quem não se adapta pode enfrentar dificuldades e atrasos consideráveis em seu dia a dia.

    Os dispositivos digitais são ferramentas tão integradas à nossa rotina que se tornaram quase indispensáveis. As diversas funcionalidades que eles abrigam (e o modo como são utilizadas) são um marco importante na história do século XXI. No entanto, o modo como utilizamos essas ferramentas pode ter consequências negativas.

    Redes sociais, abrangência e diversidade de conteúdos, jogos digitais, plataformas de apostas online, entre muitas outras opções da era digital, são alguns exemplos que ajudaram a reafirmar na atualidade o termo “brain rot”, traduzido livremente como “podridão cerebral”, referindo-se à suposta deterioração intelectual como resultado do consumo excessivo de memes e outros conteúdos triviais na internet (Oxford, VEJA, 2024).

    Segundo a Sociedade Brasileira de Inteligência Emocional (SBIE): “Vivemos em uma era repleta de estímulos constantes: redes sociais, séries, jogos e mensagens instantâneas. Todos esses elementos têm algo em comum: podem estar relacionados ao vício em dopamina. Embora não seja um vício químico no sentido tradicional, o ‘vício em dopamina’ refere-se à busca constante de estímulos que geram picos frequentes dessa substância no cérebro, liberada em momentos de prazer, sejam eles físicos, sociais ou emocionais”. (SBIE, 2025).

    Impactos do mau uso da tecnologia

    Os impactos do uso excessivo das telas se manifestam em diversas áreas da saúde e da vida cotidiana:

    Saúde emocional e mental: Comparar-se constantemente com outros, dificuldade em lidar com sentimentos, ansiedade e estresse são efeitos comuns. Para combater isso, práticas como mindfulness ou meditação podem ajudar.

    Saúde ocupacional: A desatenção, a falta de compromisso com horários e o baixo desempenho no trabalho ou estudos são sinais de alerta. Estabelecer metas claras e criar um ambiente livre de distrações pode melhorar a produtividade.

    Saúde física: Problemas como baixa qualidade do sono, sedentarismo e dores posturais estão associados ao uso excessivo de dispositivos. Praticar atividades físicas regulares e definir um horário sem telas antes de dormir são soluções simples e eficazes.

    Saúde financeira: Compras por impulso e apostas online podem prejudicar o orçamento. Um bom passo é desativar as notificações de promoções e estabelecer um planejamento financeiro.

    Como reverter os impactos negativos

    Aqui estão algumas dicas práticas para iniciar um detox digital e melhorar sua relação com a tecnologia:

    Realize atividades ao ar livre: Descubra novos hobbies ou práticas esportivas que não envolvam dispositivos.

    Estabeleça áreas livres de tecnologia: Proíba o uso de dispositivos em locais como o quarto ou durante as refeições.

    Defina limites de tempo para o uso de telas: Use aplicativos como Forest ou Screen Time para monitorar e limitar seu consumo.

    Ative o modo “Não Perturbe”: Isso ajuda a focar nos estudos, trabalho ou momentos de lazer sem interrupções.

    Pratique pausas regulares: A cada hora de uso de tela, tente fazer uma pausa de 5 a 10 minutos.

    Desative notificações não essenciais: Reduza o fluxo de informações desnecessárias que podem tirar sua atenção.

    Exemplos de canais de conscientização

    Várias iniciativas já promovem a conscientização sobre o uso excessivo da tecnologia. Confira algumas:

    Close.ig.daily: Perfil no Instagram com mais de 1 milhão de seguidores, que incentiva seus usuários a reduzir o uso de telas por meio de mensagens e reels.

    Ludoviajante: Canal no Youtube que aborda temas como o sentido da vida e estratégias para aproveitar melhor o tempo fora das telas.

    Conclusão

    O avanço da tecnologia e a onipresença dos dispositivos digitais trouxeram facilidades incontáveis, mas também exigem de nós uma nova forma de atenção e autocrítica.

    Precisamos entender que a tecnologia, por mais incrível que seja, é nossa ferramenta, e não nosso mestre. Somos nós que definimos se ela será usada para enriquecer ou prejudicar nossas vidas.

    Pequenas, mas significativas mudanças diárias podem ajudar a reverter os impactos negativos do uso excessivo das telas.

    Comece hoje mesmo a estabelecer limites e escolhas conscientes em relação ao mundo digital. Compartilhe este artigo, reflita sobre sua relação com a tecnologia e convide outras pessoas para fazer o mesmo. Afinal, mudar pode ser desafiador, mas o benefício de viver conectado ao mundo real faz valer cada esforço.

    Referências


    Dicionário Oxford elege como palavra do ano ‘brain rot’, ligada ao uso nocivo das redes. Veja, 2024. Disponível em: https://veja.abril.com.br/mundo/dicionario-oxford-elege-como-palavra-do-ano-brain-rot-ligada-ao-uso-nocivo-das-redes/. Acesso em: 28 jan. 2025.


    Você está viciado (a) em Dopamina? Descubra os sinais e como recuperar o controle. SBIE, 2025. Disponível em: https://www.sbie.com.br/voce-esta-viciado-a-em-dopamina-descubra-os-sinais-e-como-recuperar-o-controle/. Acesso em: 28 jan. 2025.


    Dopamina: por que busca desenfreada por estímulos pode tirar satisfação da vida. SUZUKI, Shin. BBC, 2022. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/internacional-61303597. Acesso em: 28 jan. 2025.



    Links Úteis


    https://www.instagram.com/close.ig.daily/

    https://www.youtube.com/ludoviajante

    *Artigo criado para o desafio CAIXA - Criando Impacto Social com IA/ Bootcamp do programa CAIXA - IA Generativa com Microsoft Copilot

    O processo de criação deste artigo e as ferramentas utilizadas encontram-se neste repositório:

    https://github.com/vicataborda/Conscientizacao-Janeiro-Branco---Desafio-impacto-social

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    Comentários (2)
    Vitória Taborda
    Vitória Taborda - 30/01/2025 09:16

    @Carlos Lima Obrigada pelo comentário. Fico feliz em receber seu feedback, li alguns de seus artigos (incluso o que mencionou) e sinto-me na obrigação de dizer que o modo com que escreve seus artigos me inspira!

    Gostei muito da recomendação do vídeo, se eu conhecesse o canal antes, certamente o mencionaria neste artigo hahaha

    Apesar de ainda não conhecer os títulos que mencionou, o comentário que fez sobre o livro "How to do nothing" da Jenny Odell me trouxe instantaneamente à memória uma obra que levo pra vida: "As coisas que você só vê quando desacelera", de Haemin Sunim. Com certeza o seu indicado estará na minha lista de "quero ler".

    Mais uma vez, obrigada!

    Carlos Lima
    Carlos Lima - 28/01/2025 21:58

    Excelente Texto Vitória, em especial pelas referências (sou suspeito, acompanho o Ludo Viajante a muitos anos haha). Eis algumas contribuições para com o seu texto.

    Recentemente li o livro, "How to do nothing" da Jenny Odell. Curioso não? A autora me convenceu como sempre estamos ocupados ou sufocados tentando ser produtivos, no livro ela trata sobre como "desacelerar" a vida, é quase um guia prático para não esquecer de olhar a paisagem enquanto a vida passa. O que me faz lembrar outro trabalho canônico.

    O livro "The burnout society", Byung-Chul Han, que trata também sobre como temos lidado com o uso da tecnologia e como isso nos leva a exaustão (advinha? Porque estamos sempre tentando ser produtivos, quem diria). Por fim, talvez goste deste vídeo do "Quebrando a caixa". Com título bem sugestivo, "os like shakespeare e a solidão".


    Aliás, certamente a nossa paciência tem ficado cada vez menor, sempre isto, escrevi o texto na plataforma com título, "Porque você não vai ler este artigo até o final."