O que ninguém te fala sobre aprender inglês
- #Desperte o potencial
Documentação em inglês, videoconferência com o cliente gringo, aquela palavra reservada que você nunca lembra. Palestra sobre a tecnologia que você adora. Sem legenda. A sua trava com o inglês é uma âncora que você arrasta na sua viagem pelo mundo tech, mesmo que você não perceba (ou finja que não).
Mas esse não precisa ser o caso. Aprender inglês, ou qualquer outro idioma, é algo perfeitamente possível, mesmo para quem não gosta / acha difícil / tem trauma / foi amaldiçoado por uma bruxa má no dia do batizado.
Há algumas coisas que precisam ser esclarecidas antes, porém. A primeira delas é que esse é um esforço seu. Você aprender algo não é uma responsabilidade que pode ser jogada para outros. E aí, aceita o desafio? Porque tem mais alguns pontos que podem te ajudar.
Não é num lugar só, de um jeito só
Você sabia que a internet é mais que apenas um lugar para assistir pessoas bonitas jogando videogame? Eu juro!
Existem cursos de praticamente qualquer coisa disponibilizados de forma gratuita no Youtube. Basta um pouco de boa vontade para pesquisar e você encontrará. Aliás, quando já souber inglês, a quantidade de coisas que você pode aprender de graça na internet se multiplica.
Há também aplicativos de ensino de idiomas e, meus favoritos, intercâmbio de idiomas. Nesses você entra em contato com pessoas que te ajudam a aprender o idioma delas em troca apenas de que você ensine um pouco do seu numa conversa amigável. Altamente recomendado!
Outras opções incluem sites com letras de músicas, dicionários online, apps de memorização de vocabulário, serviços de streaming (assista com áudio em inglês e legenda em inglês, depois com legenda em português, depois de novo com legenda em inglês, vai por mim), jornais de outros países, entre outros.
O importante é completar uma coisa com outra(s). A única plataforma de ensino 100% completa se chama vida. Diversifique suas fontes, pois chegar no nível 500 no aplicativo X não quer dizer que você é fluente, mas mostra que você é capaz de se dedicar.
Traduzir é bobagem
E eu não estou falando de filmes que se chamam The Hangover e Ocean’s Eleven serem renomeados “Se Beber, Não Case” e “Onze Homens e Um Segredo” no Brasil, apesar de que o princípio é o mesmo.
Cada idioma tem seus fonemas particulares, bagagem histórica, sintaxe e vários outros fatores que influenciam sua forma de transmitir mensagens. Traduzir uma frase inteira para outro idioma destrói estas nuances, sem mencionar palavras que tem mais de uma tradução.
A palavra “ponto” em inglês pode ser traduzida de inúmeras maneiras, dependendo se esse ponto é final, de ônibus, de pontuação, de encontro… Ah, se ele for um desses três pontinhos, é outra palavra também. Achou estranho? Como se chamar uma fruta e um pedaço da camisa pela mesma palavra fosse algo normal!
A tradução é um recurso que pode te ajudar se for usada de forma provisória: aprenda como se pensa em inglês, como se formam frases e preencha as lacunas com uma consulta ao dicionário.
Não é do dia pra noite
Desconfie de qualquer método que te prometa resultados em algum período fixo de tempo. É impossível prever algo tão subjetivo como a fluência em um idioma com tanta precisão. E não há professor revolucionário nesse mundo que “cure” falta de dedicação por parte do aluno.
Quanto tempo você que está lendo isto agora demorou para aprender português? Pois é. E olha que tinha família, escola, todo mundo à sua volta te incentivando, sem contar muito material de leitura e prática disponível. Me diz uma coisa: você ainda se confunde de vez em quando ou erra a escrita de alguma palavra em português? Pois é de novo.
Concluindo: tenha calma e não desanime facilmente. Estude com vontade quando aparecer um tempinho, esteja constantemente em contato com o seu idioma-alvo e o progresso vai acontecer, acredite. Bons estudos!