O que Mary Shelley teria a dizer sobre a Inteligência Artificial em 2025?
- #Inteligência Artificial (IA)
Este texto surgiu das minhas leituras do livro e de artigos que li sobre os potenciais riscos nos avanços da Inteligência Artificial, cada palavra expressa apenas a minha opinião sobre o tema.
A novela gótica Frankenstein criada por Mary Shelley, apresenta dois grandes paradoxos. Sendo o primeiro a diferença entre os sentimentos do monstro e Victor seu criador, Victor não enxerga na criatura senão como um projeto de ciências, o monstro por outro lado tem necessidade de amor e empatia a qual Victor não é capaz de demonstrar. Ele sequer recebe um nome, Frankenstein é o segundo nome do Victor.
Notadamente, o segundo paradoxo é um objeto, interessante, de estudo para entender a nossa relação com a inteligência artificial nos dias atuais. Na novela o monstro muda de bom para mau, uma vez que a humanidade o rejeita. Antes uma criatura empática, de tanto ser considerado como uma aberração ele se torna uma e passa a buscar vingança contra o seu criador.
É válido refletir sobre o que estamos criando, e o impacto dessa criação a longo prazo. Em certo ponto, é possível que a criação passe a ter capacidades que estão além das nossas quanto aspectos físicos como força ou até intelectual. No filme Allien: Covenant, Ridley Scott expressa essa angústia através de uma conversa entre David e o seu criador.
Embora essa situação possa levar anos e anos até que seja realizada, esse questionamento está presente na arte desde nossos primórdios, talvez como um lembrete para sermos responsáveis, ao criador entidades que podem ameaçar a nossa existência, apenas em nome do avanço científico, talvez, não por acaso há quem genuinamente tenha receio dos avanços em relação à inteligência artificial. Acredito que Inconscientemente, temos medo que essas tecnologias venham a ter consciência, seria pelos mesmo motivos retratados na novela de Shelly?
