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Renan Silva22/08/2023 08:43
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O que aprendi após um ano

    Durante e após os eventos globais de 2020, muitos se sentiram atraídos pelo universo da programação. "É o futuro", diziam. Muitos cargos de alto salário e um boom na bolha de profissionais, entusiastas e curiosos.

    Sendo um daqueles que se descobriu no universo de tecnologia durante esse período, há 1 ano eu me inscrevia em meu curso EAD de Análise e Desenvolvimento de Sistemas, e sabendo praticamente nada, eu comecei.

    Após passar pelo primeiro evento canônico na vida de um iniciante e assistir os cursos do digníssimo professor Guanabara, me encontro sabendo que tenho que aprender um framework, Front ou Back End.

    "Vai no .Net, que é sucesso" disse um amigo. Como uma pessoa experiente na área, ele não me desencorajou, porém não opinou de forma positiva após eu dizer que queria aprender React e comprar cursos do tipo. E olhando hoje, sinto que foi uma boa decisão.

    "O momento de agora é uma situação atípica. Todas essas tecnologias novas e revolucionárias não passaram pelo teste do tempo ainda, e agora que todo mundo que quer começar tenta começar por essas tecnologias, talvez ela fique saturada de pessoas que usam essa stack, além de nada estar concretizado no mercado ainda. Eu prefiro stacks tradicionais e mais consolidadas, como .Net" disse ele.

    E de fato. Vendo com o conhecimento que tenho hoje, percebo que comecei a aprender no meio de um cenário atípico no mundo da programação. E assim fui eu, aprender a stack Asp.Net Core. Entender o conceito MVC enquanto aprendia o C# em si no início foi confuso. Uma linguagem mais difícil do que python, que era a que eu estava acostumado, que era altamente tipada, e tudo isso enquanto tinha que me familiarizar com os layouts, padrões e peculiaridades de um framework, o que era um conceito novo, me fez ter meu primeiro gargalo.

    Após esse tempo, tive meu primeiro período sabático. Estava trabalhando e estudando, e no início é puxado para começarmos a conceber alguns conceitos, principalmente de arquitetura e abstrações, e senti que não era pra mim. Após umas semanas fazendo nada, fui tentar experimentar outras coisas, e tive meu segundo evento canônico.

    Fui me aventurar comprando cursos no qual não concluí até hoje, e a ingenuidade me fez até mesmo ir para caminhos duvidosos. Lembro de comprar um curso de Xamarin, que é basicamente uma tecnologia não muito ultilizada mais nos dias de hoje, mas eu estava tentando a sorte em aprender programação mobile, no qual eu também não me identifiquei muito posteriormente. Criar o ambiente de desenvolvimento era trabalhoso, gastava mais recursos computacionais e era muito frustrante o emulador de celular Android cair toda hora.

    No entanto, tudo isso foi bom. Não aprendemos sem errar, e cada real gasto, mesmo não muito bem aproveitado, me ensinou a ter uma noção maior do universo de desenvolvimento. Após desistir de tentar a sorte em programação mobile, voltei ao início de tudo. Olhei novamente o que tentei aprender em .Net e percebi que entendia um pouco mais comparado à primeira vez que vi.

    Consegui fazer minha primeira tela de CRUD, comprei um curso ótimo do professor Marcoratti, e expandi meu conhecimento. Aprendi a integrar a aplicação à um banco de dados, aprendi sobre arquiteturas, micro serviços e padrões de desenvolvimento. Consumi e criei minha primeira API, participei de um projeto pequeno em produção e tive a oportunidade de aprender como funcionava um fluxo de desenvolvimento, criando features para esse projeto.

    A primeira vez que você pega em um projeto de verdade é surreal. A sensação é de sentir perdido e você se questiona de tudo que tinha aprendido até ali. Gastei um dia inteiro na minha primeira linha de código que tive que modificar (era para simplesmente concatenar algo simples), subi minha primeira atualização direto na branch Main e quase apaguei ela no desespero. Porém na semana seguinte criei a primeira tela, que envolvia filtros de busca e criação de uma nova tabela no banco de dados. A partir dali me senti como um programador pela primeira vez, e comecei a ter mais autonomia nas minhas tarefas, além de começar a entender qualquer código novo que eu pegava para ler, tanto quanto qualquer projeto novo que eu pesquisava no github.

    Tudo levou á isso, cada erro e acerto. No momento, me encontro em um novo gargalo, após desistir de criar um projeto pessoal que iria fazer para um negócio, e de graça, com a finalidade de obter experiência para ter um currículo mais consistente. A cada nível que evoluímos, nos sentimos mais potentes, mas após colocar o conhecimento em prática, parecemos que retrocedemos 2 níveis. Mas cada vez que isso acontece, é um evento importante e produtivo.

    Aprendi que na programação, não importe quanto tempo passe, iremos conseguir entender o que nos é proposto, porque programar em 80% dos casos é pegar em algo que nunca vimos na vida e dar o nosso jeito de resolver aquilo, e isso demanda um processo dedicado à uma tarefa por vez, com concentração e pequenos passos no meio do caminho.

    No momento, busco aprender uma nova stack (Java), e com ela também, chegar um pouco mais longe do que cheguei até agora. Esse ano que passou, partindo do absoluto zero até o que sei hoje me faz sentir otimista para o próximo ano que passar agora. E você? Me conte aqui um resumo do seu ano como entusiasta da programação!

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    Comentários (5)
    Ester Moretti
    Ester Moretti - 22/08/2023 10:32

    É isso! parabéns

    Marcos Oliveira
    Marcos Oliveira - 22/08/2023 10:21

    Interessante seu relato, Renan. De fato o caminho não é linear, tudo que você relatou faz parte do processo. Boa sorte nessa nova jornada!

    Diego Santos
    Diego Santos - 22/08/2023 10:21

    Parabéns mano, vai motivar muita gente!

    Talita Santos
    Talita Santos - 22/08/2023 09:16

    Muito bom! Obrigada por partilhar conosco sua percepção da jornada e experiência. Sucesso!

    Renato Moreira
    Renato Moreira - 22/08/2023 08:56

    Bacana o relato da sua trajetória Renan, vai motivar muitas pessoas.

    Parabéns!