O mundo Gamer e os ansiosos virtuais

Já faz algum tempo que é notável a rentabilidade que envolve o universo Gamer. São bilhões de dólares anuais, equipes de e-sports que surgem a todo momento, campeonatos envolvendo milhões e uma série de adolescentes e jovens que vivem trancados no quarto longe da vida social.

Nos anos 80 era comum as crianças e adolescentes brincarem nas ruas seja no asfalto ou nos becos das favelas. Mas atualmente com a pandemia aflorou uma série de jovens fascinados pelo universo virtual principalmente pelos games e redes sociais. Existem aqueles que acreditam que jogos de tiros promovem um instinto violento no jogador (a), mas a grande preocupação de pais e especialistas são com a vida social de alguns jovens.

De acordo com The New Superplatform o universo dos Games já ultrapassa os US$ 300 bilhões de dólares, um recorde histórico. Mas o que de fato pode ser nocivo nos joguinhos virtuais? Em 2022 um estudo realizado pela Universidade de Oxford na Inglaterra, comprovou que jogos de vídeo game em pessoas que tendem a ter problemas como ansiedade, transtorno mental e depressão não são favoráveis a uma vida saudável.

O que podemos aprender com os games é lidar com a necessidade de diálogo entre pais e filhos, gerar na juventude principalmente em meninas que são cerca de 60% das pessoas que jogam, um senso de equilíbrio entre o virtual e o real. Com redes sociais e uma crescente demanda de games surgindo no mercado é preciso saber a diferença entre diversão e realidade.

A psicóloga Luiza Chagas Brandão, fez um estudo pelo Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (IP/USP), que apontou quase 30% dos adolescentes brasileiros fazem uso problemático de jogos “Percebi que entre os vários motivos para buscar ajuda, a queixa sobre o fenômeno videogame sempre aparecia de alguma maneira”, contou a especialista. Existem pareceres de especialistas favoráveis aos games a grande questão é este universo associado a transtornos já existentes na vida da pessoa. É preciso ter autocontrole e saber a hora de parar.