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Gizele Magnole
Gizele Magnole18/05/2023 11:23
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O ESFORÇO COMPUTACIONAL VERSUS GANHO SOCIAL

  • #Inteligência Artificial (IA)

Quando se trata de inteligência artificial ou IA, existem inúmeras variáveis a serem levadas em conta para produzi-las avaliando suas vantagens e desvantagens em todos os contextos e possibilidades. Ao nos depararmos com a semântica da palavra artificial, significa tudo aquilo que utiliza-se de um artifício ou é produzido pela mão do homem para existir, ou seja, nessa linha de raciocínio, a inteligência artificial sempre será limitada e dependerá de ferramentas e fatores externos, sejam eles algoritmos complexos ou recursos humanos, extraídos da natureza que suportem sua materialidade final e sua autonomia.

Atualmente as empresas custeiam todos os esforços computacionais centralizando em seus servidores, enquanto o custo final ainda não é repassado ao usuário. Portanto como toda tecnologia demanda recursos computacionais, a inteligência artificial não deixa de ser uma delas. Quando falamos de competição entre as grandes empresas desenvolvedoras, também entra em questão o esforço computacional, gasto em produzir, colocá-la a disposição. Portanto deve ser levado em conta a contribuição humana envolvida no treinamento dessas tecnologias para a programação, o acesso a banco de dados, a concatenação de informações, ao processamento e a resposta final, seja numa interface de comunicação fluida com o usuário, na construção de ideias concretas como: textos, imagens, vídeos, áudios, etc.

Com a utilização de inteligência artificial, ganha-se agilidade em várias áreas de benefício humano, são elas: saúde, educação, logística, controle e produção de alimentos. Porém devemos por na balança o esforço computacional envolvido e também os recursos naturais que seriam utilizados para a manutenção e sustentabilidade.

A inteligência artificial é um dispositivo que demanda atualmente: energia elétrica, alocação de memória, processamento de dados e resposta eficaz em seu propósito. Apenas o aprendizado através de interação que é captado e armazenado pela IA não é expansível, autossustentável, ilimitado ou autossuficiente, porque ainda depende de componentes extraídos da natureza, da condição climática tratando-se de energia solar e porque não dizer do ser humano para continuar a treiná-la.

Ao final temos que avaliar qual o ganho real e abstrato da contribuição da inteligência artificial para o indivíduo, para sociedade como um todo além dos recursos humanos e materiais despendidos a curto e longo prazo e a sua regulamentação em termos legais.


O ESFORÇO COMPUTACIONAL CENTRALIZADO EM NUVEM


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Atualmente as grandes empresas de tecnologias que desenvolvem e promovem sua tecnologia de Inteligência artificial também arcam com todos os custos ao disponibilizá-la de forma “gratuita” no mercado global em grande escala para ter possibilidade de competição e visibilidade.

Os recursos humanos e materiais da IA ainda não podem ser calculáveis porque a possibilidade de sua utilização é enorme e em diversas áreas. Quando citado no início do artigo, por ser “artificial” ela ainda depende de um recurso humano para explorar seus potenciais e sua autonomia.

Hoje a programação em nuvem para aplicações inteligentes seguem abertas para novos projetos, tais projetos podem ter um retorno social incomparável com preços tangíveis e intangíveis pois se trata de esforço computacional em servidores em nuvem que demandam recursos humanos e materiais. Como em qualquer projeto, quando mais ele cresce de tamanho mais encarece todos seus aspectos, desde a construção até a sua utilização e essa variável deve ser levada em conta a médio e longo prazo. 

A computação em nuvem por enquanto não exige do usuário um poder computacional local em seu dispositivo, porém em algum momento com o crescimento da tecnologia esse preço será transferido ao consumidor final seja ele um individuo ou uma empresa de forma paga e descentralizada.


A NECESSIDADE DO EQUILÍBRIO ENTRE POSSIBILIDADES E LIMITES


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Podemos observar o quanto a inteligência artificial ou IA pode agregar valor e agilidade em qualquer campo de trabalho ou até mesmo na vida cotidiana. Ela pode coexistir em diversas áreas que requerem trabalhos repetitivos ou que demandam cálculos numéricos e logísticos sobre humanos.

Para Manyka (2013):

"Cada vez mais, o mundo conectado inclui objetos físicos. Máquinas, expedições, infraestruturas e dispositivos estão sendo equipados com sensores e agentes em rede que lhes permitem monitorar seu ambiente, informar seu status, receber instruções e até mesmo agir de acordo com as informações que recebem. Mesmo as pessoas podem ser equipadas com dispositivos habilitados com sensores – para rastrear seu estado de saúde, por exemplo. Isto é o que se entende pelo termo internet das coisas e está crescendo rapidamente."(MANYIKA et al., 2013, p. 51)

A IA está ganhando espaço inclusive também na área de entretenimento como: jogos, filmes, desenhos, arquiteturas, etc. Esses benefícios de trazer uma realidade aumentada pode acarretar muitas consequências por motivos de emulação de imagens de pessoas e suas vozes reais, abrindo possibilidades para crimes digitais sem precedentes, podendo colocar em risco a segurança real ou digital.

Muito se pensa também o aumento do desemprego quando a IA pode substituir um funcionário que exerce uma atividade repetitiva, padronizada e presencial. A inteligência artificial pode ser utilizada com finalidades boas ou más. Pode auxiliar um médico a salvar uma vida ou pode contribuir como recurso de guerra. Essa ponderação exige que seja criada uma regulamentação.

A tecnologia sempre foi necessária para um melhoramento evolutivo, por isso é necessário contabilizar o que ela despenderá do nosso bioma, do trabalho humano, para que no final, ela compense e  favoreça, não que seja predominante  e dominante em nossa civilização atual ou para a humanidade. Em Longo prazo não é possível medir suas consequências mas o equilíbrio para um desenvolvimento sustentável é necessário para sociedade como um todo.

 

REFERÊNCIAS:

MANYIKA, James; et al. Disruptive technologies: Advances that will transform life, business, and the global economy. 2013. Disponível em: <http://www.mckinsey.com/business-functions/digital-mckinsey/our-insights/disruptive-technologies>. Acesso em 16 de maio de 2023.

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