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Israel Costa
Israel Costa16/06/2023 15:12
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O Apego ao Tempo

  • #Desperte o potencial

O Apego ao Tempo.


Olá! Me chamo Israel e gostaria de compartilhar com vocês algo que acredito ser de extrema relevância para nossas vidas, carreira e futuro.


Este não é somente um artigo onde trato de comportamentos e percepções, mas sim de uma história de vida.


Meu desejo é que este texto sirva de apoio principalmente aos mais jovens para que não cometam os mesmos erros que cometi.


Esta semana resolvi fazer uma autoanálise da minha vida, dos meus passos, dos erros e todos os resultados conquistados até aqui. Tenho 45 anos, uma esposa maravilhosa e uma filha linda e muito inteligente. Certamente, essas foram as maiores vitórias da minha vida! Vivo por elas, estou aqui por elas e sempre vou lutar pela felicidade delas. Mas, voltando aos questionamentos internos relacionados à autoanálise, me peguei pensando em todas as oportunidades que perdi por me apegar ao tempo. Muitas e muitas vezes abri mão de fazer as coisas por achar que levariam muito tempo a serem concluídas, ou que não valeria a pena esperar tanto para conquistar algo. O tempo passava e, quando chegava o momento que concluiria aquilo que havia desistido, eu tinha um choque de realidade porque via que poderia ter feito e conquistado algo e não o fiz. Minha recompensa: muitos momentos de frustações. Esse comportamento se repetiu várias vezes, por anos e anos. Se eu for listar tudo o que deixei de fazer por apego ao tempo, este texto seria extremamente grande, mas a intenção não é a de ser prolixo, porém claro e objetivo para que ajude a todos que passam por isso, e a mim mesmo, pois vou usá-lo como referência futura.


Sempre gostei de tecnologia. Desde de minha adolescência, mesmo de forma precária, eu sempre busquei entender como as coisas funcionavam. Eu não tinha como fazer cursos, pois a situação financeira da família não permitia esses investimentos. Na verdade, a família nunca teve muito interesse em apoiar as coisas que eu almejava. Na época a internet não era tão acessível como nos dias de hoje e o acesso à informação era muito difícil. "Aprendi" a me virar sozinho. Sempre busquei conhecimento de forma autônoma, autodidata mesmo. Aprendendo com erros e acertos, lendo apostilas que conseguia com amigos, arrumando os computadores dos vizinhos e levando broncas dos chefes nos empregos, pois tinha uma determinada função, mas estava sempre mexendo nos computadores das empresas para aprender alguma coisa. Em um desses empregos fui sumariamente proibido de mexer nos computadores, mas isso não vem ao caso. Essa característica minha de ser autodidata também influenciou no comportamento que adotava em relação ao tempo, pois tinha em mente que aprender sozinho era mais produtivo e mais rápido do que aprender por intermédio de um professor. Cometi muitos erros primários! Deixei de ser guiado por pessoas capacitadas e experientes e trilhei um caminho tortuoso por causa disso. Hoje tenho a sensação de que "faço de tudo um pouco, mas não faço nada bem" e confesso que essa sensação tem me abalado de certa forma. Na verdade, é mais um choque de realidade e preciso saber tratar dessa frustração também.


Já trabalhei como Office-boy, estoquista, ajudante de pedreiro, suporte técnico em informática, desenvolvi sites e por intermédio de amigos adotei o uso de padrões web para desenvolver soluções acessíveis a pessoas com deficiência. Isso me levou a assumir um cargo na Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SNPD), da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), o que não durou muito, pois além da troca de governo, tive alguns problemas de saúde que me afetaram muito à época. Aprendi muito ali, conheci pessoas maravilhosas que guardo em meu coração e, sempre que posso, dou um alô para saber se estão bem. Também atuei como técnico no curso de graduação à distância em Letras LIBRAS da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), onde acredito ter efetuado um bom trabalho ao fazer uma análise comportamental e um levantamento de requisitos e, assim, desenvolver estratégias para que os professores, tutores, as pessoas surdas e todos os alunos tivessem retorno rápido em suas demandas e requisições. Percebi que, com isso, o curso fluiu de forma mais leve e produtiva até seu final. Depois de algum tempo, recebi o convite para ser consultor técnico no Comitê Nacional de Organização da Rio+20, em 2012, onde atuei dando suporte aos profissionais, empresas parceiras e outros colaboradores no levantamento de requisitos, análise de produtos e no desenvolvimento de soluções acessíveis para que todos os setores envolvidos com tecnologia, telefonia, internet, áudio e vídeo, além de meios de comunicação, fornecessem acessibilidade em seus produtos durante todo o evento. Ali fornecemos tradução e interpretação de todo o evento em Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) e Sinais Internacionais (SI), além de serviços de estenotipia, Legenda, audiodescrição, site e aplicativos acessíveis, mapas táteis, entre outros. Me atrevo a dizer que foi um dos eventos mais acessíveis do Brasil. Foi um grande evento e um marco na minha vida. Uma pessoa sem diplomas, sem graduação atuando em um evento dessa magnitude é algo difícil de entender.   


Depois desse evento, as coisas mudaram. Os trabalhos ficaram escassos e me “desviei do caminho”. Tentei outras coisas, outras profissões, mas sem sucesso.


Hoje, encontro-me em um processo profundo de autoconhecimento onde tenho priorizado meu crescimento por meio do estudo e essas autoanálises, e tenho tentado absorver o máximo de benefícios que eu puder com isso, mas ainda existe em mim um resquício do questionamento relacionado ao tempo e a pergunta agora é outra: Será que terei tempo pra isso?


Hoje estou cursando minha primeira graduação. Faço licenciatura em computação e estou no primeiro semestre do curso. A conclusão esta prevista para o ano de 2027 e quero muito realizar este sonho. Também tenho buscado aprender mais por meio de cursos oferecidos pela internet, tipo Bootcamp’s, e tenho me focado em Cloud Computing, mais especificamente em AWS. Quero aprender inglês, e me recolocar no mercado de trabalho em tecnologia. Não quero com isso dar a impressão de que estou correndo atrás do tempo perdido, ele se perdeu e não volta mais. É um fato! Então quero compartilhar com vocês o fato de que muitas vezes, nos apegamos ao tempo como uma forma de nos protegermos do desconhecido. Pensamos que se esperarmos o momento certo, tudo se encaixará perfeitamente e nossos sonhos se tornarão realidade. No entanto, ao nos concentrarmos na duração do tempo, podemos perder de vista o que realmente importa: lutar por nossos sonhos.


O tempo é um recurso finito e, embora seja importante usá-lo com sabedoria, não devemos permitir que ele nos impeça de seguir em frente. A verdade é que nunca haverá um momento perfeito para começar a perseguir nossos sonhos. Sempre haverá obstáculos e desafios ao longo do caminho, mas é enfrentando esses desafios que crescemos e nos tornamos mais fortes.


Em vez de nos apegarmos ao tempo, devemos abraçar o desconhecido e dar o primeiro passo em direção aos nossos sonhos. Pode ser assustador no início, mas com determinação e perseverança podemos superar qualquer obstáculo e alcançar nossos objetivos.


Lembre-se de que o tempo não espera por ninguém! Não deixe que o medo do desconhecido ou a preocupação com o tempo o impeça de lutar pelo que você realmente deseja. A vida é curta demais para deixarmos nossos sonhos de lado. Então, dê o primeiro passo hoje e comece a construir o futuro que você deseja.


Aceite que o medo é normal! É natural sentir medo quando enfrentamos algo novo ou desconhecido. Em vez de tentar negar ou reprimir esse medo, aceite-o como uma parte normal da experiência humana.


Enfrente seus medos! Evitar o que nos assusta só aumenta nosso medo. Em vez disso, tente enfrentar seus medos de frente. Isso pode ser assustador no início, mas com o tempo você verá que é capaz de lidar com situações desconhecidas.


Mantenha uma atitude positiva! Tente manter uma atitude positiva, mesmo quando enfrenta o desconhecido. Lembre-se de que você é capaz de superar desafios e que cada experiência é uma oportunidade de crescimento.


Busque apoio! Não tenha medo de buscar apoio de amigos, familiares ou profissionais. Eles podem oferecer conselhos e encorajamento para ajudá-lo a enfrentar seus medos.


Aja, apesar do medo! Não deixe que o medo o impeça de agir. Mesmo que você ainda sinta medo, dê o primeiro passo em direção ao desconhecido. Com o tempo você verá que é capaz de lidar com situações desconhecidas e seu medo diminuirá.


Lembre-se de que superar o medo do desconhecido é um processo e pode levar tempo. Seja gentil consigo mesmo e continue trabalhando para enfrentar seus medos.


Desejo sucesso e realizações a todos vocês!


Espero sinceramente ter ajudado de alguma forma.


Abraços.



Israel.

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Comentários (4)
Israel Costa
Israel Costa - 16/06/2023 16:53

Wagner Silva Desejo-lhe sucesso em sua jornada! Desistir não é uma opção.


Wagner Silva
Wagner Silva - 16/06/2023 16:45

Israel, tenho quase a sua idade e me vi na sua história! Hoje consegui um emprego como Dev (mesmo não sabendo muita coisa ainda) em uma universidade estadual e isso tem me impulsionado de uma maneira! Força e foco que a conquista chega meu querido, Esse texto vai ajudar com toda certeza os mais novos e encorajar uma gama da galera dos ENTA a não parar e nem desistir... boraaaaaaaaaaaaa!!!

Israel Costa
Israel Costa - 16/06/2023 16:20

Fico feliz em ter ajudado Aislan.

AS

Aislan Santos - 16/06/2023 16:14

ajudou demais cara. obrigado pelo texto bastante acolhedor Israel