Minha jornada como iniciante em QA: Superando desafios na primeira sprint do projeto
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“Nunca esquecerei a sensação de estar sentado em frente a uma tela em branco”.
Quando escolhi fazer parte da squad como QA, estava convicto que desempenharia a função com maestria, ego lá encima, venho a bastante tempo me preparando para as oportunidades que possam aparecer na área de desenvolvimento, por mais que estude, conheça os conceitos, tenha assistido horas de tutorias, feito vários cursos, ter conversado com profissionais da área, nunca vai ser o suficiente, uma coisa é você saber os conceitos, conhecer as ferramentas e os métodos, mas ter a prática que faz a diferença. É tanta informação sendo renderizada simultaneamente, que o seu sistema para, momento em que o “filho chora e a mãe não vê”.
Fiquei completamente cego, mesmo tendo a documentação do projeto, ter acesso a squad, não fazia ideia por onde começar. Demorei a tomar uma atitude, poderia ter contactado o Scrum, PO ou o Tech Lead, não fiz. Recorri ao Google, normal, todos fazem isso, mas o que não me entrava é ter que testar algo que não exite ainda, neurose né?, mas acontece.
O tempo só passava e nada tinha, respirei fundo, tomei um café, e pensei, vou falar com a IA (chatGPT), ela tá no mundo para ser usada. Foi aí que o drama só aumentava, que diacho vou perguntar?
Aí disse para mim mesmo, já comecei errado, para tudo, volta para a documentação do projeto e reveja. Foi aí que comecei a enxergar as coisas com mais clareza. Na documentação estava claro que na primeira sprint apenas testes manuais seriam exigidos.
Agora, sim, comecei a compreender o “X” da questão, só que não é bem assim, não tinha nada para testar ainda, nem do back e nem do front. Voltei a estaca zero, me cobrava o tempo todo, não posso ficar sem fazer nada. Se eu não tiver nada para testar como vou avançar? Foi aí que comecei a cobrar o time. Queria informação do andamento do projeto, aí percebi que os outros integrantes estavam com pequenas dificuldades, praticamente estavam pensando em coisas que poderiam ter no projeto, mas que não estava no escopo. Isso acaba atrasando o início da produção, pois se perdia tempo antecipando funcionalidades, sem ter pelo menos começado o projeto para que assim começássemos a pensar em outras funcionalidades, isso até é normal quando não temos a prática, pensamos logo no projeto pronto.
Foi então que comecei a compreender que sempre vamos ter enumeras ideias fluindo por tudo que é canto, todo projeto que se inicia provavelmente vira com informações inerentes ao que o cliente deseja que seu site/produto tenha, são essas primeiras exigências que devemos focar, e durante o desenvolvimento ir fazendo anotações de coisas que seriam interessantes por no projeto futuramente. Para não perder o foco com explosão de ideias, é preciso consultar o PO ou tech lead em primeiro lugar.
O que tiro como lição dessa primeira sprint?
Em primeiro lugar, é importante ter em mente que a prática é fundamental para aperfeiçoar suas habilidades como QA. Por mais que você estude e se prepare, é na prática que você irá enfrentar os desafios e aprender como superá-los.
Além disso, é importante lembrar que o papel do QA não é apenas testar o que já está pronto, mas também estar envolvido desde o início do projeto, acompanhando o andamento do desenvolvimento e fazendo sugestões para garantir que o produto final seja de qualidade.
Por fim, é importante aprender a lidar com a pressão e a incerteza, mantendo a calma e buscando soluções de forma proativa. Não tenha medo de pedir ajuda ou de fazer perguntas para entender melhor o projeto e suas responsabilidades.
Lembre-se que toda jornada começa com um primeiro passo, e que os desafios e dificuldades fazem parte do processo de aprendizado e evolução.
Acredite no processo!