Internet das Coisas e seu espaço na Computação em Nuvem

O que é a Internet das Coisas?

A Internet das Coisas ou IoT é um paradigma que ilustra uma rede de dispositivos inteligentes conectados pela Internet, onde os dispositivos inteligentes, ou clientes da comunicação, podem ser objetos incorporados a sensores, softwares ou algum tipo de tecnologia, variando dentre simples componentes, até dispositivos domésticos e equipamentos industriais mais complexos, cujo trocam informações entre si pela Internet.

O que faz IoT ser tão importante?

A IoT é uma ramificação da indústria 4.0 e está se tornando uma das mais importantes áreas de tecnologia do futuro, principalmente porque a demanda por dados e informações é vista pelo mercado como algo inquestionável e essencial para estratégias de negócios, sendo que o valor da IoT para as empresas tem sentido quando dispositivos interconectados são capazes de prover dados para ajudar a gerenciar os negócios e aumentar a eficiência das operações, principalmente nas áreas de automação residencial, agrícola e industrial.

Como a IoT se relaciona com a computação em nuvem?

O conceito de computação em nuvem pode ser compreendido de diversas formas, pois é uma área onde existe muita curiosidade e pouca informação sobre o assunto. Segundo Taurion (2009), muitos definem a computação em nuvem como a descrição sintetizada de um ambiente de computação baseado em uma imensa rede de servidores virtuais ou físicos. Esses servidores são tratados como o ponto final dentro de uma nuvem, pois são eles que entregam recursos de computação como processamento, plataformas, armazenamento e serviços na Internet. As principais características que levaram a essa adoção foram:

1) A acessibilidade sob demanda, trazendo a ilusão de que os recursos são infinitos;

2) A eliminação da necessidade de adquirir recursos internos;

3) Elasticidade, no qual permite utilizar os recursos na quantidade que for precisa

4) A possibilidade de pagar os serviços pela quantidade de recursos utilizados, conhecida como pay-per-use.

Sabendo disso, para aplicações envolvendo Internet das Coisas, a nuvem tornou-se um fator indispensável. Os dispositivos IoT normalmente têm poder de processamento limitado, baixa confiabilidade e alta taxa de erros. Aplicações críticas não devem ficar hospedadas em dispositivos IoT. Esses dispositivos devem enviar suas informações para um elemento centralizador, com maior poder de processamento e disponibilidade.

Logo, caso esse elemento centralizador esteja na nuvem, ganha-se muito em questão de escalabilidade, segurança e flexibilidade. A figura abaixo exemplifica bem a ideia da IoT Cloud Computing, onde tem-se vários dispositivos conectados na mesma (sensores), consumindo serviços de algum fornecedor como os gerenciadores de base de dados e APIs.

Portanto, é desnecessário se preocupar com servidores locais, sendo possível aproveitar as ferramentas que a provedora de computação em nuvem oferece, como por exemplo a plataforma IoT da Google Cloud, Azure IoT da Microsoft e a AWS IoT, justamente para o armazenamento e processamento de dados críticos, além do gerenciamento das conexão entre os dispositivos inteligentes. Assim, há sempre vantagens em se utilizar serviços de computação em nuvem, principalmente nos processos envolvendo Internet das Coisas.

Referência:

O QUE é Computação em Nuvem. In: TAURION, Cezar. Computação em Nuvem: Transformando o mundo da Tecnologia da Informação. Rio de Janeiro: Brasport, 2009. cap. 1, p. 17-26. ISBN 978-85-7452-423-8.