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Ana Pinto
Ana Pinto10/05/2024 15:40
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Gestão de Acesso em Instituições Financeiras: Segurança Blindada para a Era Digital

  • #Segurança da informação

No cenário digital atual, as instituições financeiras (IFs) se veem diante de um panorama desafiador: as crescentes ameaças cibernéticas. Nesse contexto, proteger dados confidenciais de clientes e garantir operações seguras são prioridades absolutas. É nesse cenário que a gestão de acesso se destaca como um escudo fundamental para mitigar riscos e fortalecer a segurança da informação em todas as instituições.

  1. Navegando pelo Universo da Gestão de Acesso

A gestão de acesso, também conhecida como Gerenciamento de Identidade e Acesso (IAM), é um conjunto robusto de políticas e procedimentos para garantir que apenas usuários autorizados tenham acesso aos recursos de uma determinada organização, como sistemas, aplicativos e dados. Essa área importante e indispensável se baseia em três pilares:

  • Autenticação: A chave para confirmar a identidade do usuário, garantindo que ele é quem diz ser.
  • Autorização: Determina quais recursos o usuário pode acessar e quais ações ele pode realizar dentro desses recursos.
  • Monitoramento: Rastreia as atividades dos usuários, registrando acessos, alterações e outros eventos relevantes.

  1. O Gestor de Acesso

O Gestor de Acesso assume o papel importante na segurança da informação, sendo responsável por implementar e gerenciar as políticas e procedimentos de IAM da organização. Suas principais responsabilidades incluem:

  • Desenhar a Segurança: Definir políticas de acesso claras e abrangentes, estabelecendo regras sobre quem tem acesso a quais recursos e quais ações podem ser realizadas.
  • Implementação Tecnológica: Escolher e implementar ferramentas tecnológicas adequadas para gerenciar identidades, acessos e autorizações, garantindo a segurança dos dados.
  • Gerenciar Usuários: Criar, manter e excluir contas de usuários de forma segura, atribuindo-lhes as permissões adequadas.
  • Monitorar: Analisar logs de acesso regularmente, buscando identificar atividades suspeitas ou maliciosas.
  • Responder a Incidentes Inesperados: Investigar violações de acesso e tomar medidas corretivas para minimizar os danos.
  • Acompanhar a Evolução: Manter-se atualizado sobre as últimas tendências em segurança da informação e atualizar as políticas e procedimentos de IAM conforme necessário, garantindo que a segurança esteja sempre em dia.

  1. Segurança Blindada para o Setor Financeiro

Para as instituições financeiras, a segurança da informação é um mantra sagrado, crucial para proteger dados confidenciais de clientes, evitar fraudes e garantir a continuidade das operações. A gestão de acesso se torna, nesse contexto, uma ferramenta indispensável, pois:

  • Restringe o Acesso: Ao limitar o acesso apenas aos usuários autorizados, reduz drasticamente o risco de roubo ou uso indevido de dados, protegendo a confidencialidade dos dados.
  • Combate Fraudes: Ao controlar quem pode realizar transações financeiras e outras atividades críticas, dificulta consideravelmente a ação de fraudadores, garantindo a integridade dos dados.
  • Atende as regulamentações: As IFs estão sujeitas a diversas regulamentações que exigem a implementação de medidas robustas de segurança da informação. A gestão de acesso é essencial para atender a esses requisitos, garantindo que esteja sempre de acordo com as leis.
  • Fortalece a Cultura da Segurança: Uma gestão de acesso eficaz contribui para uma cultura de segurança da informação mais forte dentro da organização, conscientizando os colaboradores sobre a importância de proteger dados e recursos, promovendo medidas de segurança em toda a empresa.

  1. Adotando uma Gestão de Acesso de Alta Fidelidade

Para implementar uma gestão de acesso robusta em instituições financeiras, é fundamental seguir algumas boas práticas:

  • Avaliar os Riscos com Cautela: Identificar os ativos de informação mais valiosos e os riscos potenciais a que estão expostos, mapeando os pontos fracos.
  • Definir uma Política Clara e Abrangente: Estabelecer regras claras sobre quem tem acesso a quais recursos e quais ações podem ser realizadas, compondo um sistema detalhado da segurança.
  • Escolher as Ferramentas Certas: Implementar soluções tecnológicas adequadas que atendam às necessidades específicas da IF, selecionando as ferramentas perfeitas para garantir a segurança. Isso pode incluir sistemas de autenticação multifatorial, gerenciamento de privilégios mínimos, e soluções de SIEM (Security Information and Event Management) para monitoramento e análise de logs.
  • Gerenciar Identidades com Precisão: Criar, manter e excluir contas de usuários de forma segura, atribuindo-lhes as permissões adequadas. Revise regularmente os acessos concedidos, garantindo que apenas usuários ativos tenham permissões vigentes.
  • Monitorar atentamente: Analise logs de acesso regularmente, buscando identificar atividades suspeitas ou maliciosas. Utilize ferramentas de SIEM para correlacionar eventos de segurança e detectar anomalias que possam indicar tentativas de violação.
  • Educar: Realize treinamentos de conscientização em segurança da informação para todos os colaboradores. Eduque-os sobre os riscos cibernéticos e as melhores práticas de segurança, tornando-os participantes ativos na segurança.
  • Testar e Aprimorar Continuamente: Teste e valide os controles de acesso periodicamente. Realize simulações de ataques para identificar vulnerabilidades e aprimore as políticas e procedimentos de IAM constantemente, garantindo a evolução contínua da segurança.

  1. Alinhando-se com a Pauta Regulatória

Além das boas práticas citadas, é fundamental que as instituições financeiras estejam alinhadas com as principais ISOs (International Organization for Standardization) e legislações relacionadas à segurança da informação:

  • ISO 27001: Norma internacional que especifica os requisitos para um Sistema de Gestão de Segurança da Informação (SGSI). A adoção da ISO 27001 demonstra o compromisso da IF com a segurança da informação e pode incluir controles relacionados à gestão de acesso.
  • Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD): Regulação brasileira que estabelece diretrizes para o tratamento de dados pessoais. A LGPD exige que as IFs implementem medidas de segurança adequadas para proteger os dados de seus clientes, incluindo controles de acesso.
  • PCI DSS (Payment Card Industry Data Security Standard): Padrão de segurança da informação desenvolvido pela indústria de cartões de pagamento. O PCI DSS define requisitos específicos para proteger os dados dos cartões de crédito e débito dos clientes, incluindo controles de acesso a esses dados.
  1. Conclusão

A gestão de acesso se configura como um elemento crítico para a segurança da informação nas instituições financeiras. Ao implementar políticas e procedimentos robustos, utilizar ferramentas tecnológicas adequadas e promover a conscientização dos colaboradores, as IFs podem construir uma segurança blindada, protegendo seus dados confidenciais, evitando fraudes e garantindo a confiança de seus clientes. A adoção de uma gestão de acesso eficaz permite que as instituições financeiras conduzam suas operações com tranquilidade e sigam em sintonia com o ritmo cada vez mais exigente do mundo digital.

  1. Referências

Centric Software. Solução Centrada | ManageEngine. Site. 2024. Disponível em: https://www.centricsoftware.com/legal/security-and-data-privacy/. Acesso em: 10 de maio de 2024.

Organização Internacional de Normalização. ISO - International Organization for Standardization. 2024. Disponível em: https://www.iso.org/. Acesso em: 10 de maio de 2024.

Agência Nacional de Proteção de Dados. Portal da ANPD. 2024. Disponível em: https://www.gov.br/anpd/pt-br. Acesso em: 10 de maio de 2024.

Agência Nacional de Proteção de Dados. Conselho de padrões de segurança PCI. 2024.

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