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Michelle Sass
Michelle Sass29/05/2024 15:47
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Frankenstein e a IA: Explorando Paralelos Éticos

    O principal objetivo da IA é melhorar a vida humana por meio da automação de processos, muitas vezes repetitivos ou até mesmo perigosos, permitindo que possamos nos concentrar em outras atividades. Grande parte do nosso tempo é desperdiçada em tarefas rotineiras, exaustivas e perigosas, o que nos impede de apreciar o momento presente e dedicar nossa energia ao que realmente é importante para nós.

    Chegamos em casa após um dia de trabalho exaustivo, muitas vezes em um emprego que não gostamos, sem energia para fazer o que realmente nos traz felicidade. A culpa e a frustração por não estarmos vivendo plenamente, mas sim apenas sendo fantoches da sociedade, resultam em altos níveis de ansiedade, depressão e outros transtornos psicológicos, frutos do medo de um futuro vazio que sentimos não estar construindo plenamente. Uma vida sem propósito.


    Com a automatização de serviços repetitivos, considerados de alto risco ou que requerem uma alta precisão, o ser humano pode finalmente exercer seu verdadeiro propósito neste mundo: viver. Cuidar da sua saúde, ter hobbies, estudar, praticar mais exercícios, desfrutar de mais tempo com familiares e amigos. Ter, de fato, tempo de qualidade.


    Porém como tudo neste mundo existe também “o contra” de tudo isso. Com toda essa automação e tecnologias mais independentes, várias questões éticas são colocadas à prova. Uma forma simples de entender a importância de termos ética na forma como vamos orientar essas tecnologias é por meio do filme "Frankenstein", de Mary Shelley. No romance, Victor Frankenstein cria uma criatura artificial que, inicialmente, tem boas intenções, mas que eventualmente se volta contra seu criador.


    Essa narrativa aborda temas como responsabilidade moral, controle ético e as consequências imprevistas da criação de vida artificial. Hoje, essas questões ecoam nos debates sobre o desenvolvimento e o uso da inteligência artificial, especialmente no que diz respeito à segurança, privacidade, discriminação algorítmica e o potencial impacto socioeconômico da automação.


    Assim como na história de Frankenstein, a criação e o controle de inteligências artificiais levantam questões profundas sobre nosso papel como criadores e como lidamos com as consequências de nossas invenções. É um lembrete poderoso da importância de considerar não apenas o potencial benefício da IA, mas também seus possíveis impactos negativos e a necessidade de orientação ética em seu desenvolvimento e implementação.

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