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Fernando Araujo
Fernando Araujo06/05/2023 20:03
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É ensinando que se aprende

  • #Desperte o potencial
  • #Liderança de Equipe
  • #Intraempreendedorismo

Olá, dev!

    Hoje, eu li um ótimo artigo (As oportunidades na Docência em Tecnologia) de um colega daqui e fiquei motivado a escrever outro, complementando o que o colega falou.

   Como eu já tive a oportunidade de atuar como professor em vários momentos da minha carreira, achei muito pertinente acrescentar alguns pontos ao conteúdo tratado por ele. 

Este artigo vai tratar de como se preparar para as oportunidades que podem aparecer para atuar como professor e de como aproveitar o momento em que elas aparecerem. Eu falo também das minhas próprias experiências para atuar como professor.

O que você vai ler aqui:

1.   Introdução

2.   O ofício de ensinar

3.   Como começar a ensinar

4.   O que é preciso para ensinar

5.   Aprendendo o que se ensina

6.   Aproveitar as oportunidades

7.   Experiências pessoais

8.   Conclusão

9.   Fontes de consulta

10.   Outros artigos sobre o mesmo assunto

1 – Introdução

A leitura de um ótimo artigo publicado por um colega daqui da DIO me fez voltar ao passado e lembrar das oportunidades que eu tive para ensinar e de como elas foram desafiadoras, mas importantes para a minha formação e gratificantes para a minha carreira.

O artigo que eu li foi “As oportunidades na Docência em Tecnologia”, publicado por Luiz Café, ontem, e eu concordo com tudo o que ele disse, inclusive já senti na pele várias das coisas que ele relata.

A carreira de professor não é fácil, nem financeiramente compensa como uma única fonte de renda. Mesmo assim, é uma atividade gratificante! E muitos de nós seguimos essa missão, muitas vezes como uma segunda fonte de renda, porque alguma coisa dentro de nós diz: Vá lá e faça!

A profissão exige muito conhecimento técnico, leitura, atualização constante, domínio do conteúdo e de técnicas de convivência em sociedade, inteligência emocional, planejamento, entre outras capacidades.

   Eu já tive a oportunidade de atuar como professor em vários momentos da minha carreira, e precisei estar preparado para aproveitar cada um destes momentos, além de ter a coragem de enfrentar outras questões para as quais não estava preparado ainda.

Este artigo vai tratar de como se preparar para as oportunidades que podem aparecer para atuar como professor e de como aproveitar o momento em que elas aparecerem. Eu falo também das minhas próprias experiências para atuar como professor.

OBS: embora eu vá escrever professor nesse texto, no masculino, entenda que eu também estou me referindo às professoras!

2 – O ofício de ensinar

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Quando a gente é aluno, parece fácil uma pessoa ficar na frente de uma turma, falando sobre um assunto que já domina e passar exercícios para eles fazerem. Só isso!

No entanto, ensinar não é uma tarefa trivial. A gente só entende isso quando sente na pele o que é preciso fazer ali. Resumindo, o que o professor precisa fazer é:

•   conseguir a atenção da turma;

•   motivá-la com o tema da sua aula;

•   ter o domínio da sala;

•   explicar como uma determinada coisa funciona;

•   criar situações reais que a exemplifiquem;

•   achar situações semelhantes para melhor entendimento da situação real;

•   elaborar atividades para os alunos praticarem;

•   elaborar provas adequadas ao nível do que foi ensinado;

•   julgar respostas dos alunos;

•   aproveitar pedaços de acertos no meio de erros nas respostas deles;

•   dar notas;

•   considerar que algum aluno pode ter dificuldades extra-classe;

•   tratar com pais de alunos, outros professores e superiores da instituição;

•   ter os seus métodos e critérios questionados;

•   questionar seus próprios métodos e critérios.

Não é pouca coisa!

Além disso, ele precisa ter domínio do tema da sua aula, estar preparado para as famosas “perguntas difíceis” e se manter sempre atualizado nos temas relacionados à sua disciplina.

Veja que eu estou falando só da parte didática! Também têm alguns assuntos relacionados à profissão do professor, como oratória, domínio de sala, inteligência emocional, apresentação visual e muitas outras características exigidas de um bom palestrante.

3 – Como começar a ensinar

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A admiração por um professor específico ou a facilidade no aprendizado de uma determinada matéria pode fazer o aluno gostar da profissão e desejar fazer o mesmo para si no futuro.

O que ele precisa fazer para começar nesta carreira? Quais podem ser seus primeiros passos?

Ele pode começar ensinando aos seus colegas de turma sobre os assuntos que tem mais facilidade, formar grupos de estudo com os colegas, em que aquele que domina mais um determinado assunto, explica aos outros. Pode também escrever sobre o assunto em um blog na Internet, nas suas redes sociais, etc.

OBS: aproveito e recomendo estudar disciplinas de cálculo (como Matemática e Física) resolvendo problemas na prática, e outras, tidas como decoreba (História e Geografia), contando histórias que envolvam o tema da aula (por exemplo, cada aluno conta aos outros como Pedro Álvares Cabral chegou ao Brasil).

Outra coisa que vai ajudar é se aproximar de um professor da disciplina que gosta para pegar dicas com ele e aproveitar as oportunidades que aparecerem, como ser monitor de turma, etc.

4 – O que é preciso para ensinar?

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Bem, para ensinar em colégios, é preciso ter uma graduação em Licenciatura, na área em que vai ensinar.

Em cursos de graduação, é preciso ter concluído uma graduação na área, como nos cursos de tecnologia.

E em plataformas de ensino online? Muitas vezes, basta a experiência e “expertise” na área, mas é claro que uma graduação no tema, ou mesmo uma pós-graduação, ajuda muito na seleção e na credibilidade para a contratação.

5 – Aprendendo o que se ensina

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Para dar uma aula, o professor não pode apenas chegar lá e começar a falar do assunto. 

Antes da aula em si, o professor precisa realizar um planejamento do que será feito na aula, o assunto, seu detalhamento e as atividades que serão realizadas.

Para decidir o assunto e seu detalhamento, ele precisa estudar o conteúdo todo, definir o escopo do que dá para fazer em uma aula só e elaborar um plano de aula com isso tudo.

Na aula, o professor pode notar que deixou alguma coisa importante de fora, ou se enrolar para responder a uma pergunta difícil de um aluno mais interessado (ou mais bagunceiro!).

Pode acontecer, também, que alguma fala do professor resulte em uma reação polêmica de alguns alunos, por causa de paixões individuais e desejo de criar confusão.

Estas atividades anteriores à aula, juntamente com os imprevistos que ocorrem durante a aula, vão exigir que o professor se aprofunde mais em determinado tema, reveja falas e exemplos específicos, para se preparar para as próximas aulas sobre o assunto.

Todo esse processo leva ao detalhamento maior do tema da disciplina e a um melhor aprendizado pelo professor.

Ou seja, é a confirmação do ditado que “é ensinando que se aprende”!

Só para confirmar de vez esse ditado, é bom lembrar que a Técnica Feynman de aprendizado indica que você deve ensinar o que aprendeu de forma simples, como se fosse para uma criança. E se ainda ficou dúvida, volta lá na fonte e estuda novamente. É isso!

6 – Aproveitando as oportunidades

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De forma resumida, se você gosta da atividade de ensinar e tem interesse em fazer disso uma profissão no futuro, é preciso se preparar para criar as condições necessárias para estar apto para as oportunidades que podem aparecer.

E quais são elas?

Bem, na época de colégio, é virar monitor de uma disciplina em particular, que você tem facilidade.

Na época da graduação, é estar aberto e concorrer à seleção de ofertas de bolsas de monitoria e pesquisa acadêmica.

No ambiente de trabalho, é se oferecer para a realização de cursos de aperfeiçoamento, tanto na sua área específica de atuação, como em áreas correlatas. E se colocar à disposição para treinar os colegas no tema em que você foi capacitado, mesmo sem ser remunerado por isso.

A remuneração pode vir futuramente, como consequência da sua atuação como multiplicador na empresa ou órgão. Pode ser uma promoção funcional, ou um aditivo no salário. Ou apenas o reconhecimento dos superiores e visibilidade entre eles.

Após a graduação e/ou pós-graduação, é bom ficar de olho em concursos e processos seletivos na área em que se especializou e que deseja ensinar.

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7 – Experiências pessoais

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Nas seções anteriores, eu falei sobre ensinar, um tema muito vasto e que tem nas profissões de pedagogia e licenciatura os especialistas no assunto. Eu não tratei de forma acadêmica, pois nem tenho esse conhecimento nem a pretensão, deixando para os especialistas.

Eu falei mais como um profissional de outra área (tecnologia), fascinado pela atividade de ensinar e que já teve oportunidades de exercer a profissão de professor.

Nesta seção, eu vou resumir a minha experiência como professor e minhas expectativas para o futuro nesta área.

Desde criança, eu sempre fui fascinado pelo processo de aprendizagem. Eu ficava encantado quando entrava em uma aula sem saber nada sobre um determinado assunto e depois da aula, eu já sabia o que era aquilo e como funcionava. E depois da aula seguinte, eu já estava fazendo, eu mesmo, aquelas coisas, sozinho.

Foi assim que a minha curiosidade e meu interesse por saber mais me deixaram fascinado por Matemática e Física. Saber como as coisas funcionavam e poder calcular e prever seus comportamentos parecia mágico!

Essa facilidade me aproximou dos professores de Matemática, Física, Ciências e Química na época de colégio. Talvez pela mesma curiosidade de saber como as coisas funcionavam, suas regras, adquiri a mesma facilidade por Português e Inglês.

Essa proximidade e as boas notas me levaram a ser monitor de Física ainda no colégio, resolvendo, para a turma, problemas que os professores passavam.

Em 1979, no final do terceiro ano do 2º Grau, antes de fazer o Vestibular para Engenharia Elétrica, eu fui convidado por um professor de Física do colégio em que estudava para participar de um evento que iria ocorrer na UFPB, sobre Energia Nuclear.

E lá fui eu, no meio de professores e alunos da universidade, pesquisadores internacionais, sumidades da área, mas me sentindo o próprio baby Einstein no meio desse povo!

O evento foi fantástico! Entendi muito pouco dos detalhes técnicos, mas aprendi muitos conceitos novos sobre o tema. Veja figura com a revista distribuída e o meu certificado de participação.

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Essa foi uma grande oportunidade de aprendizado e aproximação com professores da área!

Meses depois, eu passei no Vestibular para Engenharia Elétrica (meu sonho!) e, em todos os semestres, fui selecionado como monitor de disciplinas do Física e do profissional (Microprocessadores e Sistemas Digitais), resolvendo problemas nas turmas e acompanhando aulas práticas com os alunos. Também participei de algumas bolsas de pesquisas acadêmicas na própria universidade.

Essas foram outras oportunidades, tanto de aprendizado como de ensino!

No terceiro ano do curso, aquele mesmo professor de Física (do evento sobre energia nuclear), me ofereceu uma vaga para ser professor de Física do colégio em que eu havia estudado, para começar no dia seguinte!

E lá fui eu, o aluno mais nerd e tímido da época de colégio, ensinar 5 turmas de 2º ano do 2º Grau, alguns deles eram amigos que jogavam basquete comigo nos finais de semana. Foi um desafio, mas eu venci! No ano seguinte, ensinei 5 turmas do 1º Ano e tudo pareceu mais fácil. Foram 2 anos de uma experiência incrível, de crescimento pessoal e profissional.

Após a graduação, em 1993, passei em um concurso para ser servidor público do Governo do Estado, na empresa de Computação. Em 1995, eu me graduei também em Computação,

Em 2005, me mudei de Campina Grande para João Pessoa, para assumir uma gerência na sede da empresa. Anos depois, apareceu uma vaga para professor de um curso de graduação em Sistemas para a Internet numa faculdade local e eu fui selecionado. Passei vários anos ensinando várias disciplinas.

Aí, eu já me sentia muito seguro com professor e bem experiente. Ensinava à noite.

O passo seguinte foi a minha lotação na Secretaria de Planejamento do Estado. Lá eu passei a trabalhar mais com temas ligados à gestão pública (licitações, convênios, orçamento público, obras), do que com desenvolvimento.

E, mais uma vez, a oportunidade apareceu e eu peguei!

Fui capacitado em convênios federais e nos sistemas que são usados. Hoje, sou multiplicador (professor certificado, repassador de conteúdos aprendidos) no tema, para capacitação de servidores dos órgãos do governo do estado.

Mais uma oportunidade de atuar como professor.

E agora? Bem, depois que eu descobri a DIO, retomei meu gosto por ensinar, seja assistindo aos cursos daqui ou mesmo escrevendo artigos, uma forma de ensinar. A DIO tem professores de nível acadêmico diferenciado e é muito motivador assistir às aulas deles!!!

Está me dando vontade de ensinar novamente, portanto, vou me preparar novamente para esse desafio. Quem sabe num futuro próximo?

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8 – Conclusão

   Mais cedo, eu li um artigo motivador aqui da DIO do colega Luiz Café, com o título “As oportunidades na Docência em Tecnologia”.

Este artigo ativou alguns gatilhos emocionais de fases da minha vida em que me arrisquei e gostei muito dos resultados. Os gatilhos que foram despertados são do tempo em que eu ainda era uma criança e admirava a atividade de ensinar de alguns professores, depois me levaram a querer ensinar e até conseguir sentir na pele o que é ser professor.

O objetivo deste meu artigo foi COMPLEMENTAR o que foi tratado no artigo do colega, apontando temas que foram relevantes para mim na minha preparação e experiência como professor, tanto de colégio como de graduação, passando também por atividades de monitoria e, atualmente, como multiplicador de conteúdos sobre gestão pública para servidores do governo do estado da Paraíba.

Foram tratados temas como a preparação para ser professor, os requisitos para ensinar, como planejar uma aula, e como aproveitar as oportunidades que possam aparecer nessa área.

Ao final, eu ilustrei os pontos levantados com a minha própria experiência como professor, em vários momentos.

E finalizei mostrando a minha motivação e interesse em voltar a ensinar, para isso, já estou me preparando, ficando à espera das novas oportunidades.

OBS: essa é a minha primeira tentativa de escrever um artigo não tão longo, com eu costumo fazer. Se você chegou até aqui, já deu pra notar que ela ainda não foi bem sucedida, embora tenha havido uma redução de quase metade do tamanho dos artigos que eu costumo escrever. Tudo é um aprendizado! No próximo, eu corto pela metade de novo e vou chegando ao tamanho ideal.

Obrigado por ler até aqui, até o próximo artigo!

9 – Fontes de consulta

Todo esse conteúdo saiu do meu conhecimento próprio sobre o assunto e das minhas memórias, menos a parte que falo da Técnica Feynman, que precisa ser referenciada.

[1] XP Educação, Aprenda o que é a Técnica Feynman + 5 passos de como aplicá-la. Disponível em: <https://blog.xpeducacao.com.br/tecnica-feynman/>. Acesso em: 06/05/2023.

10 – Outros artigos sobre o mesmo assunto

O artigo abaixo foi publicado ontem (05/05/2023) e me motivou a escrever este meu artigo, objetivando complementá-lo com as minhas experiências. Recomendo sua leitura!

As Oportunidades na Docência em Tecnologia

https://web.dio.me/articles/as-oportunidades-na-docencia-em-tecnologia?back=%2Farticles&page=1&order=oldest

Escrito por: Luiz Café

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Comentários (6)
Fernando Araujo
Fernando Araujo - 08/05/2023 10:32

Obrigado, pessoal!

A ideia é ajudar os iniciantes, mostrando o caminho que eu já percorri e como se preparar para a docência, para aqueles que possam sentir esse desejo interior.

Luiz: como eu disse, seu artigo me motivou a escrever este meu. E já decidi qual será o tema do meu próximo artigo, relacionado a este.

Joyce Novais
Joyce Novais - 07/05/2023 14:14

Muito bom! Adorei o artigo.

Luiz Café
Luiz Café - 07/05/2023 11:42

Parabéns pelo artigo Fernando! Você explicou com maestria sobre a carreira de professor e ainda acrescentou pontos fundamentais para quem deseja seguir na carreira. É desafiador seguir na área da Docência, porém acredito que o caminho vale muito a pena, pois ajudará a formar milhares de profissionais no próximos anos e ainda tratá benefícios para os futuros professores, uma vez que é uma profissão muito nobre que pode mudar a sociedade como um todo.

Obrigado por mencionar meu artigo, valeu demais!

JM

João Mendes - 07/05/2023 08:20

Simplesmente amando esse post

Wagner Paula
Wagner Paula - 06/05/2023 22:54

gostei do artigo like.

Thiago Teixeira
Thiago Teixeira - 06/05/2023 20:11

Show!!