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Claudio Junior
Claudio Junior19/07/2024 11:11
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Do dólar aos bytes - A revolução das criptomoedas e smart contracts.

  • #Solidity
  • #Blockchain

Há muito tempo atrás o escambo era uma forma muito comum de transação de valores, os coletores de frutos os trocavam por pele e carne com caçadores. Com o passar do tempo as moedas tornaram-se mais comuns e valiosas.

O valor de uma moeda já esteve nela em si, quando ela era feita de ouro ou prata, porém, com o tempo tornou-se inviável criar moedas destes materiais. Também com o tempo, normalizou-se a moeda fiduciária, a que temos hoje, emitidas por governos e aceita em seu respectivo território emissor onde o valor não está na moeda em si, mas sim na confiança que temos neste governo, não atoa o dólar e o euro são as moedas mais valorizadas.

A moeda fiduciária (fiat) por vez tem um valor material muito baixo, o papel moeda, por exemplo, às vezes não se paga se comparado ao valor monetário que determinados dinheiros representam em alguns países, visto casos como Venezuela que devido a inflação começaram a emitir notas de valores cada vez maior.

Naturalmente estes objetos seriam superados em algum momento, e a primeira superação ao dinheiro tradicional foi o cartão de pagamento. Tornou-se comum ter um cartão de pagamento, e cada vez ter menos notas e moedas no bolso. A transação do cartão de crédito (ou débito) normalmente é rápida e barata, além de confiável, são ferramentas excelentes. Porém, o cartão físico já não é tão relevante, podemos pagar praticamente qualquer coisa utilizando cartões virtuais armazenados em celulares... Isto é muito legal.

Apesar de o cartão de pagamento ser algo incrível, ele é controlado por empresas centralizadas, empresas que podem denunciar informações particulares como:

  1. O que você comprou;
  2. Quando comprou;
  3. Onde comprou.

E para a grande maioria das pessoas isto não é problema, mas para o novo mundo talvez seja. O mundo onde cada vez mais se presa pela privacidade do cidadão perante terceiros em geral.

Empresas gigantes como facebook, microsoft, google, não respeitam a privacidade do indivíduo, e parafraseando uma frase do filme "Dilema das redes" - "Quando você não paga pelo produto, você é o produto!" - Logo, a cada dia que passa nos tornamos mais visíveis para as grandes corporações e governos de modo que se perde a individualidade e nos tornamos livros abertos, sem direito à privacidade, onde todo tipo de invasão em busca de brechas de nos enfiarem produtos é abordado ao máximo.

O bitcoin resolve isto! (?)

O bitcoin foi criado por volta de 2008, e seu principal criador, "Satoshi Nakamoto", cujo ninguém sabe a identidade real é tido como o criador de algo que hoje se popularizou como "criptomoeda", ou seja, moeda criptografada, uma moeda que existe no mundo digital e pode ser transacionada entre pessoas que assim desejarem.

A criptomoeda é o resultado de uma mineração virtual, onde pessoas comuns podem disponibilizar seus computadores para resolver problemas matemáticos e serem recompensadas por isto.

Algumas das qualidades do bitcoin que podemos citar são:

  1. Segurança;
  2. Anonimato;
  3. Descentralização.

Como me disse meu pai quando completei 16 anos - "Agora você usa calças de adulto, cuide muito bem delas, pois é este o seu dever". Assim é com as criptomoedas. O anonimato e descentralização exigem muita responsabilidade, então a grande diferença de criptomoedas e o dinheiro fiduciário é que você não tem o seguro de governos ou bancos centrais sobre o seu patrimônio... Se alguém conseguir acesso à sua carteira de ativos digitais... The end, você poderá fazer um boletim de ocorrência, mas a chance de recuperar é mínima.

O bitcoin é o "rei" das criptomoedas. É a moeda virtual utilitária mais antiga (em uso) e de maior valorização. O mercado de criptomoedas gira em torno do bitcoin, e se ele cai todas as outras cairão, e se ele valorizar as demais tenderão a fazer o mesmo movimento.

Após o bitcoin temos a ethereum, é uma criptomoeda revolucionária. Desenvolvida por um grupo com seu maior representante sendo vitalik buterin, está criptomoeda inicialmente era um fork (uma ramificação) do bitcoin, e seu grande destaque foi a criação dos Smart Contracts.

Hoje em dia você pode comprar muita coisa usando criptomoedas, nos Estados unidos da américa você pode usar como moeda de pagamento em mais de 40.000 comércios usando a SHIBA INU COIN - um Token criado através de smart contract na rede Ethereum.

Além disto, você pode negociar, comprar, pagar usando criptomoedas através de sua carteira, e hoje temos diversos tipos carteiras de criptomoedas, algumas mais seguras e outras mais expostas.

Neste exato momento você deve estar se questionando sobre o seguinte:

"Okay, mas para comprar e vender criptoativos eu precisarei fazer a conversão para alguma moeda fiduciária, então qual sentido em uma das maiores vantagens que foi listada: Anonimato?"

De fato, para comprar e vender moeda por dinheiro fiduciário você precisará se submeter ao kyc (identificação) em alguma corretora de criptomoedas onde terá seu nome completo, endereço, CPF e RG cadastrados e cedidos ao governo quando solicitado. Porém, esta é uma das vertentes das criptomoedas, pois como já dissemos elas são mineráveis, estão você pode ganhá-las! Hoje em dia minerar bitcoin é uma tarefa pouco viável, mas existem outras moedas que você pode ganhar seja minerando, jogando, até mesmo correndo (isto mesmo que você leu) pelas ruas, assistindo vídeos, deixando seus criptoativos em stake em corretoras descentralizadas, etc.

Alguns países já estão muito ou totalmente abertos ao bitcoin, por exemplo, El Salvador que oficializou o BTC como moeda oficial do país, e temos alguns outros que estão caminhando pela mesma estrada.

Um fato interessante é que quando a energia elétrica foi demonstrada, muitos céticos disseram que isto não era viável e morreria em breve. Podemos dizer o mesmo do telefone, internet, automóvel, avião, e tantas outras invenções importantes e comuns no nosso cotidiano... Você acha que o bitcoin não vai "vingar"? Desde 2010 pessoas dizem o mesmo, e desde então em 2013 o valor de 1 bitcoin era de R$213,00 e no ano de 2021 ele chegou ao valor de R$350.000,00.

Não bastando isto, hoje em dia temos tokens dolarizados onde você pode mantê-los em stake (uma poupança) de até 10% ao ano. Ao invés de adquirir o dólar de turismo pagando taxas e imposto, você pode simplesmente comprar o token de dólar e sacar como e onde bem entender, isto se não aceitarem ele como pagamento.

Nem todos os tokens e criptomoedas estão focados em anonimato. Hoje temos um ecossistema imenso de criptos para diversos fins, exemplo:

  • Ariva: Agência de viagens;
  • Nelore coin: Investimento no setor agro brasileiro;
  • Gala: Plataforma de jogos;
  • Light Defi: Energia elétrica;
  • Cos.TV: Plataforma de vídeos similar ao youtube;
  • Dont KYC: Cartão de débito não rastreável;
  • Taboo Token: Entretenimento adulto.

Cada projeto pode ter seu próprio token, não é uma regra, mas muito comum. Os valores do token são negociáveis de acordo com seus projetos, a quantidade de tokens emitidas, o roadmap do projeto. O mercado define o valor do ativo, e assim como uma ação da bolsa de valores ele vai oscilar entre valorização e desvalorização.

Apesar disto, nem tudo são flores. A grande maioria das "criptomoedas" são na verdade tokens, ou seja, smart contracts criado em redes blockchains para se passarem por criptoativos. Hoje em dia temos centenas de milhares de tokens, e muitos são... inúteis. Investir neste setor exige muito estudo, pois existem muitos golpes e muitas "shitcoins" que são moedas ruins criadas apenas para especulação.

Não é incomum ver empresários e famosos que efetuam negociações milionárias usando bitcoin ou ethereum, até mesmo outros criptoativos são usados como shiba inu token ou doge coin.

Empresário Robertus Justus faz transação milionária ao vender sua mansão e receber em Ethereum.

O dinheiro está mudando, está expandindo de fato para os bytes dos computadores. Não reconhecer que estamos em uma das maiores transições monetárias é fugir da realidade. Hoje um artista que mora em Salvador na Bahia pode criar sua arte digital e vender em um leilão mundial e receber em ethereum, cardano, bitcoin ou solana. Isto sem sair de casa em momento algum. Já cartórios e outras entidades privadas e/ ou governamentais começam a usar blockchain por conta de sua característica de imutabilidade, tudo que é escrito nela não pode ser alterado.

Eu diria que se você não conhece sobre blockchain, criptoativos, Dapps e smartcontracts, hoje você foi apresentado a uma pílula vermelha e a uma azul: Se escolher a azul, você vai continuar crendo que todo esse papo de criptoativos é uma grande balela e que investimento mesmo são as ações da bolsa de valores e mais nada. Mas se você escolher a pílula vermelha... Você vai começar a acessar sites como coingecko e coinmarketcap, vai ler sobre a blockchain, entender o que é um smart contract, participar de airdrop's de NFT, e garanto que não será somente pela questão financeira, mas por se tratar de algo grande, algo que está nascendo e vai mudar muito a internet e o mundo tecnológico como o conhecemos... É como quando você jogou nintendo pela primeira vez após ter jogado por anos um atari.

... Eu sou Claudio Lacerda, entusiasta e investidor em criptoativos, futuro developer Web3/solidity, apaixonado por tecnologias que resolvem problemas do dia-a-dia.

Crédito imagem topo: https://img.olhardigital.com.br/wp-content/uploads/2022/03/shutterstock_2002007354-1000x450.jpg

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Comentários (2)
Claudio Junior
Claudio Junior - 21/07/2024 17:20

Obrigado Ellen!


Em breve trarei a parte II onde faço uma comparação entre o uso de um smart contract e o uso de um cartório para registrar informações, espero que goste ;)

Ellen Matte
Ellen Matte - 19/07/2024 16:59

Excelente conteúdo