<Direto ao Ponto 15> Computadores pessoais depois do IBM PC

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Olá, dev!

Este é mais um artigo da série DIRETO AO PONTO, que eu estou escrevendo para a DIO. Ele vai tratar dos computadores pessoais que vieram depois do lançamento do IBM PC, em 1981.

 Sumário

1.   Introdução

2.   O IBM PC

3.   Clones do PC

4.  Outros computadores pessoais marcantes

5.   Considerações finais

6.   Referências

1 – Introdução

A série DIRETO AO PONTO enfoca artigos sobre conhecimentos básicos da programação e é voltada, principalmente, para os iniciantes.

Neste novo artigo, eu vou apresentar os modelos de computadores pessoais que surgiram após o tremendo sucesso do IBM PC, da década de 80, este tratado em outro artigo anterior desta mesma série (<Direto ao Ponto 9> Os computadores pessoais e os atuais).

2 – O IBM PC

O IBM PC foi lançado em 1981 E logo virou um sucesso. Na época, ele ainda tinha a tela verde, monocromática, com caracteres textuais. 

Nessa época, a Apple já tinha lançado seu Apple II e várias empresas lançavam kits de computadores para montar, tarefa difícil para não aficionados em eletrônica. Ou seja, o IBM PC virou unanimidade entre os computadores existentes.

3 – Os clones do IBM PC

Todos os textos deste artigo foram pesquisados em Wikipedia [1], a não ser que seja indicado explicitamente.

O IBM PC era fácil de ser copiado, pois usava circuitos integrados encontrados no mercado e o projeto de slots para as placas não tinha sido patenteado. A linguagem BASIC que vinha em modo apenas de leitura com o computador era fácil de ser executado em um leitor de disquete, fornecido com o computador. O sistema operacional era o PC-DOS, mas a IBM tinha deixado a Microsoft oferecer aos seus clientes o mesmo SO, com o nome de MS-DOS.

A única coisa proprietária da IBM neste computador, que tinha patente da IBM, e não podia ser usada sem permissão, era a BIOS que inicializava o computador, armazenada em uma memória ROM (“Read Only Memory”).

Só que a própria IBM já tinha deixado uma descrição desta BIOS no manual impresso de referência técnica. O problema para a clonagem era apenas criar um código fonte para uma BIOS equivalente a esta original e o caminho para a clonagem, estava aberto, com muitos fabricantes construindo imitações clonadas do IBM PC original.

 Os primeiros computadores clonados foram os da Columbia Data Products MPC 1600 (figura acima), DEC Rainbow 100 (figura abaixo), ambos lançados em 1982.

Em 1983, a Compaq lançou o Compaq Portable, versão portátil do IBM PC, que lembrava muito o computador portátil Osborne 1 portable PC. E foi uma festa de clones do IBM PC em todo o mundo, inclusive no Brasil! Durante a conhecida e histórica reserva de Mercado da Informática do Brasil, que ocorreu entre 1984 e 1990. Mas isso será assunto para outro artigo da história dos computadores, em breve!

Em 1984, tentando recuperar o mercado perdido, por causa dos clones, a IBM lançou o IBM PC AT, ou simplesmente o AT. Ele usava o microprocessador Intel 80286, mais rápido que os anteriores (8086 e 8088), e conseguia endereçar até 16 MB de memória RAM, mas quebrando a compatibilidade com rstes dois microprocessadores. Além disso, o MS-DOS não conseguia acessar essa quantidade. O barramento deste novo computador mudou para o padrão ISA (“Industry Standard Architecture”).

No entanto, a Intel logo lançou o microprocessador 80386 e a Compaq lançou um computador antes da IBM, tomando a dianteira nas vendas. A IBM anda tentou uma última cartada lançando a série IBM PS/2, com o barramento Micro Channel, que não vingou.

Depois do barramento ISA, veio o VESA local Bus e, finalmente, o PCI (“Peripheral Component Interconnection”).

Finalmente, em 2004, a IBM vendeu toda a área de computadores pessoais para a empresa chinesa Lenovo.

4 – Outros computadores pessoais marcantes

Agora, serão listados apenas os computadores pessoais mais marcantes daquela época, logo após o lançamento do IBM PC.

Apple Lisa 

Em 1983, a Apple lançou o computador Lisa, o primeiro no mercado com interface gráfica, mouse. Além disso, o Lisa tinha o microprocessador Motorola 6800, 1 MB de memória RAM, um monitor gráfico monocromático de 12 polegadas, duas unidades de disquete de 5 ¼ polegadas e um disco rígido (HD) de 5 MB. No entanto, a sua velocidade baixa e preço alto resultou em falha no mercado.

O primeiro que tinha tudo isso foi o Xerox PALO E Xerox Alto, mas a empresa não se interessou em lançar um computador assim no mercado e só usava internamente, por seus funcionários. A Apple foi lá fazer uma visita e copiou tecnologia deles.

Apple Macintosh

Devido ao insucesso do Lisa, mas baseado na experiência dele, a Apple lançou, em 1984, o MacIntosh. O anúncio do lançamento foi no intervalo do Super Bowl daquele ano, um sucesso! Foi o primeiro computador pessoal de sucesso com uma interface gráfica e mouse - WIMP (“Windows, Icons, menus and Pointers”).

Ele ainda usava o microprocessador Motorola 6800, vinha com 128KB de RAM (depois, havia um modelo com 512 KB), 1 unidade de disquete de 3 ½ polegadas, não tinha HD e o projeto da placa-mãe era simplificado. O preço foi 4 vezes menor do que o do Lisa.

Ele vinha com 2 programas MacPaint (programam gráfico raster) e um processador de textos WYSIWYG (“What You See Is What You Get”)., chamado MacWrite.

O início da área de “Desktop Publishing”, em 1985, em parceria com a Adobe, tornou o MacIntosh um tremendo sucesso, principalmente entre os profissionais desta área. Com esta parceria, vieram a impressora Laser e o programa Aldous Pagemaker para usuários do MacIntosh.

Após a saída de Steve Jobs da Apple, foram lançados vários modelos deste computador, com sucesso, como o MacIntosh II e o MacIntosh Plus.

Commodore Amiga 1000 

Inicialmente planejado para ser um console de games, o Amiga acabou se tornando um computador pessoal. Ela foi lançada em 1985 e usava o microprocessador Motorola 68000, tinha 256 KB de RAM e era notável por seu desempenho gráfico e multimídia.

Como as CPUs da época eram relativamente lentas, a empresa adicionou sofisticados chips personalizados para acelerar a parte gráfica (como uma placa gráfica atual).

Uma das técnicas usadas foi a “blitter”, que permitia mover grandes blocos de memória em alta velocidade, além de alterar e combinar vários blocos de várias maneiras, sem controle da CPU, gerando movimentos muito fluidos para a época. Esta técnica era central para o alto desempenho gráfico do Amiga e acabou se tornando padrão na indústria. Os competidores só ofereciam o movimento de pequenos sprites a qualquer velocidade.

Na época, um clone do IBM PC oferecia apenas 16 cores disponíveis ou só 4 de um palete fixo. Já o Amiga usava um truque de hardware chamado “HAM mode”

Que permitia apresentar até 4096 cores simultaneamente, algo sem precedentes para a época!

Outra inovação incluía uma genlock, que permitia misturar os gráficos do Amiga com sinal de vídeo.

Finalmente, o Amiga ainda introduziu um sistema operacional multitarefa preemptivo chamado Workbench, na época, nenhum sistema operacional permitia executar mais de um programa simultaneamente.

O Amiga se tornou competitivo na área de produção de vídeo mesmo ante competidores mais caros.

Vários modelos foram lançados após este inicial, todos com sucesso, como o A500(1987) e A3000 (1990).

Power MacIntosh

Em 1994, a Apple lançou o Power MacIntosh, computador high-end voltado para o mercado profissional de “Desktop Publishing” e Design Gráfico. Ele usava o processador IBM Power PC, em parceria com a IBM e Motorola, para substituir os microprocessadores da linha 68K, da Motorola.

Windows 1.0 e as primeiras versões

Como a Microsoft não fabricava computadores, seguiu dominando o mercado de sistema operacional para os microcomputadores, com o seu MS-DOS.

No entanto, o sucesso do lançamento do MacIntosh fez a Microsoft pensar na sua própria interface gráfica. Ela fez uma parceria com a Apple para desenvolver programas para o MacIntosh e recebeu 3 cópias do sistema operacional com a interface gráfica da Apple.

Segundo [2], logo depois do lançamento do MacIntosh pela Apple, a Microsoft lançou sua própria versão de um sistema de janelas interativas, o Windows 1.0, que funcionava ligado ao MS-DOS.

Claramente, o Windows 1.0 era uma cópia descarada da interface gráfica do MacIntosh, e não fez muito sucesso. Esta cópia gerou uma briga entre o dono da Apple, steve Jobs, e o dono da Microsoft, Bill Gates.

A versão 2.0 do Windows, que ainda precisava do DOS para funcionar, também não fez sucesso.

Windows 3.0 em diante

Só a partir do Windows 3.0, depois o Windows 3.1 e a versão 3.11, do Windows para Workgroups é que o Windows começou a pegar mesmo, virando líder do mercado para os clones do PC. Nesta época a Apple quase foi à falência, o que só aumentou o mercado e a preferência pelos clones do PC e pelo Windows.

PowerMac G3

Com o crescimento rápido dos clones do PC e a popularização do Windows que vinha instalado nestes computadores, a Apple passava por dificuldades para apresentar um sucessor do MacIntosh e quase faliu. Em 1996, a Apple comprou a NeXT, empresa que era de Steve Jobs e, no ano, seguinte, ele voltou à Apple.

A Apple lançou o MacOS 8, versão maior do sistema operacional dos MacIntosh, e lançou o computador desktop PowerMac G3 e o iMac, aquele clássico de gabinete azul transparente. O iMac também abandonou a unidade de disquete e as portas seriais, dando lugar às portas USB e à rede Ethernet.

Em 2001, a Apple lançou o Mac OS X, baseado nas tecnologias da NeXT. Era a esperada “Next generation”, ou próxima geração.

Daí para a frente, a gente poderia falar das estações de trabalho e dos computadores portáteis, mas isso vai ficar para outros artigos.

Recomendação: O filme Os Piratas do Vale do Silício

O filme Os Piratas do Vale do Silício (“Pirates of Silicon Valley”), de 1999, também conhecido no Brasil por Os Piratas da Informática, conta a história dos computadores pessoais, desde o surgimento do Altair 8800, passando pela criação da Apple e da Microsoft, lançamento dos computadores Apple Lisa, IBM PC e Apple MacIntosh, bem como do começo da história do Windows 1.0.

O filme foi feito para o canal TNT e passou em 2001, mas ainda pode ser encontrado em streamings de filmes antigos ou em alguns sites da Internet.

Imperdível para quem é da área de tecnologia!!!!

5 – Considerações finais

Este é mais um artigo da série DIRETO AO PONTO, que eu estou escrevendo para a DIO. Ele tratou dos computadores pessoais que vieram depois do lançamento do IBM PC, em 1981.

O IBM PC fez um grande sucesso, mas foram seus clones que ajudaram a popularizar os computadores pessoais.

O primeiro deles com uma interface gráfica a ser comercializado foi o Lisa, da Apple, mas era muito caro e lento, logo não fez sucesso.

O Amiga, da Commodore fez um sucesso grandioso nas áreas de desktop publishing e produção de vídeo, principalmente por suas características diferenciadas de apresentação gráfica e multimídia.

Depois, veio o MacIntosh, também da Apple, que fez um tremendo sucesso, com sua interface gráfica colorida e preço muito menor do que o MacIntosh. Ele foi muito usado em...

Depois do MacIntosh, a Microsoft lançou o Windows e, com o sucesso dos clones do PC, se tornou sucesso mundial, mas só após as versões 3.0 e 3.1.

No entanto, após a volta de Steve Jobs para a Apple, ela lançou o PowerMac G3 e o iMac, de tremendo sucesso entre os profissionais de design gráfico. 

A próxima parada dessa história são as estações de trabalho e os computadores portáteis, mas ficam para outros artigos.

6 – Referências

[1] Wikipedia, History of personal computers. Disponível em: <https://en.wikipedia.org/wiki/History_of_personal_computers>. Acessado em: 12/02/2024.

[2] Wikipedia, Computador pessoal. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Computador_pessoal>. Acessado em: 12/02/2024.

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