Dicas valiosas para passar na prova e obter a CTFL
A CTFL (Certified Tester Foundation Level) é a primeira certificação a ser adquirida pelos profissionais a fim de comprovar o seu conhecimento nos conceitos fundamentais dos testes de software.
Como uma certificação reconhecida internacionalmente, ela adiciona um plus ao currículo de quem a possui, pois, é um documento valorizado pelas empresas do ramo.
Frente a tal importância e considerando que a taxa de inscrição para o exame não é barata, o objetivo de todos é passar na primeira tentativa, certo? Eu fiz a prova em agosto de 2022 e, felizmente, passei na primeira.
Foi um tempo de muito estudo e no final experimentei aquela sensação maravilhosa de alívio e felicidade ao receber o e-mail da BSTQB (Brazilian Software Testing Qualifications Board) informando a minha aprovação.
Então, sem a pretensão de soar como a dona da verdade, preparei este texto fornecendo às informações específicas sobre o exame e a minha percepção da prova, com algumas dicas que espero auxiliem àqueles que se dispõem a trilhar o caminho rumo à certificação CTFL.
Sem mais delongas, vamos a elas:
A prova possui 40 questões de múltipla escolha na língua portuguesa. O mínimo de acertos exigido é de 65%, ou seja, 26 questões. O tempo é de 60 minutos (75 minutos se você estiver fazendo em um idioma não nativo).
As questões são totalmente baseadas no conteúdo da apostila do syllabus e também no glossário que contem as terminologias. Ambos estão disponíveis, em português:
- O download da apostila pode ser feito no site do BSTQB: https://bstqb.org.br/b9/sobre-ctfl
- O Glossário está disponível para consulta em: https://glossary.istqb.org
- Também no site do BSTQB estão disponíveis 03 (três) simulados para baixar: provas A, B e C.
No meu caso, entre descobrir a existência da CTFL e fazer o exame transcorreram dois meses e meio. Como não tinha o conhecimento básico, tive que estudar bastante.
Estabeleci um cronograma de estudo constante e focado, lendo muito o syllabus, sempre consultando o glossário e depois de algum tempo, respondendo as questões dos simulados.
O YouTube veio em meu auxílio infinitas vezes. Tem muito gente boa lá fornecendo informação de qualidade. Mas, aí vai um conselho valioso: tome cuidado para não se perder nos infindáveis vídeos da rede e esquecer o caminho de volta para o syllabus.
Não ignore o glossário, pois, conhecer a definição dos diversos termos relacionados aos testes de software é fundamental para se sair bem na prova. Isto porque as definições são apresentadas nas opções de respostas das questões e somente sabendo diferenciar o certo do errado é que se consegue perceber as pegadinhas e escolher a resposta certa.
Na minha prova não caíram questões idênticas às dos simulados, porém, o modelo adotado foi semelhante. Foram muitas as perguntas que exigiam o conhecimento conceitual.
Aprenda muito bem as técnicas de teste (funcionais e não funcionais). É importante saber aplicar na prática as técnicas de particionamento de equivalência, análise de valor de limite, tabela de decisão e de estado de transição. Conheça também as coberturas de instrução, decisão e de condição.
Após tudo isto, você já deverá estar afiado no conteúdo. Tente resolve cada teste do simulado no tempo estipulado para a prova oficial, ou seja, 40 questões em 60 minutos. Não se esqueça de que este tempo inclui o preenchimento do gabarito.
Obviamente, não é permitido o uso do celular para consultar a hora. No meu caso, o fiscal se comprometeu a avisar faltando 15 (quinze) minutos para o término. Tempo suficiente para preencher o gabarito. Eu usei um relógio de pulso emprestado. O controle do tempo durante a prova foi importante, pois, me deu segurança para refletir e escolher com sabedoria as respostas.
Por fim, como já salientei, as questões são baseadas, exclusivamente, no syllabus. No entanto, é sabido que a prova tem “pegadinhas” que podem enganar a primeira vista. Então, mantenha a calma, leia tudo com muita atenção, lembre-se dos conceitos estudados e boa sorte.