Desvendando o Mistério dos 7 Itens: O Poder da Memória na UX

Em 1956, o psicólogo George Miller publicou um artigo em que dissertava sobre os limites da memória de curto prazo em humanos.

Miller observou que os adultos jovens conseguem lembrar-se de cerca de 7 itens na sua memória.

Isso significa que as pessoas têm dificuldade em manter muitas informações na mente ao mesmo tempo. Apenas conseguem reter aproximadamente 7 blocos de informações por cerca de 20 segundos. É o que chamamos de Lei de Miller.

Ao criar interfaces, é importante ter isso em mente. Devemos evitar sobrecarregar os usuários com informações desnecessárias. Se um elemento na interface não contribui para a tarefa do usuário, é melhor não incluí-lo.

Outra dica é eliminar tarefas que não são essenciais. Cada vez que pedimos ao usuário para ler algo, lembrar de informações ou tomar uma decisão, estamos adicionando carga cognitiva. Portanto, é importante manter o foco na tarefa principal.

Se o usuário precisa fazer uma escolha entre muitos itens, é melhor reduzir as opções. Isso é especialmente importante em áreas como navegação, formulários e menus suspensos.

Se não for possível reduzir as escolhas para cerca de 7, é recomendável apresentar as opções como um grupo único. Isso evita que os usuários se confundam ao ver várias opções separadas e facilita a escolha.

É importante lembrar que a Lei de Miller é uma orientação científica, não uma regra absoluta. Nem sempre é necessário limitar listas e menus a exatamente 7 itens. Em certos casos, é possível trabalhar com listas mais longas, desde que as informações sejam facilmente acessíveis para o usuário.

Por exemplo, elementos como cabeçalho e rodapé em um site estão sempre visíveis e não precisam ser armazenados na memória de curto prazo.

Em resumo, ao criar interfaces ou produtos, é fundamental considerar as limitações da capacidade cognitiva dos usuários, e a Lei de Miller é uma ferramenta valiosa nesse processo.