CALMS: Conheça o famoso framework usado em Devops
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Se você é da área de DevOps já deve ter ouvido falar nesse framewok amplamente usado pelo DevOps. Mas se você esta entrando na área agora se acalme que eu vou te explicar do que se trata! Vem comigo!
O que é DevOps?
Comunicação, colaboração e integração são os três princípios básicos da abordagem moderna e crescente conhecida como DevOps.
O DevOps é um conjunto de práticas que automatiza os processos entre o desenvolvimento de software e as equipes de TI, para poderem assim criar, testar e liberar software de maneira mais rápida e confiável.
O conceito e a missão do DevOps são baseados na construção de uma cultura de colaboração entre equipes que historicamente funcionavam em silos relativos.
O movimento DevOps ganhou força entre 2007 e 2008, quando as comunidades de operações de TI e desenvolvimento de software se manifestaram. Elas criticaram o modelo tradicional de desenvolvimento de software, que pedia que aqueles que escrevem o código, fossem organizacional e funcionalmente separados daqueles que implantam e dão suporte a esse código.
Benefícios de adotar o DevOps
Com a adoção do DevOps, as empresas podem obter vários benefícios, como maior produtividade, agilidade nas entregas, mais confiabilidade nos processos, segurança da informação e mais valor para o negócio e para os times de desenvolvimento. Aqui estão cinco exemplos de como o DevOps pode ajudar as empresas:
Entrega contínua: Com o DevOps, as equipes de desenvolvimento e operações trabalham juntas para automatizar o processo de implantação de software. Isso permite que as empresas possam entregar software com mais frequência e rapidez, sem sacrificar a qualidade1.
Maior colaboração: O DevOps promove uma cultura de colaboração entre equipes que historicamente funcionavam em silos relativos. Isso ajuda a melhorar a comunicação entre as equipes e a aumentar a produtividade1.
Maior confiabilidade: O DevOps ajuda a melhorar a confiabilidade dos processos de desenvolvimento e implantação de software. Com o uso de ferramentas de monitoramento e registro, as equipes podem identificar problemas rapidamente e corrigi-los antes que eles se tornem críticos1.
Segurança da informação: O DevOps inclui práticas de segurança da informação em todas as etapas do processo de desenvolvimento e implantação de software. Isso ajuda a garantir que os dados da empresa estejam protegidos contra ameaças externas1.
Maior eficiência: Com o DevOps, as empresas podem automatizar muitos dos processos manuais envolvidos no desenvolvimento e implantação de software. Isso ajuda a reduzir erros humanos e aumentar a eficiência das equipes1.
Esses são apenas alguns exemplos dos benefícios que o DevOps pode trazer para as empresas. Ao adotar essa abordagem, as empresas podem melhorar sua capacidade de inovar, aumentar sua eficiência operacional e fornecer um melhor valor para seus clientes.
CALMS – Um Framework que estabelece os Pilares do DevOps
Criado por Jez Humble, coautor de The DevOps Handbook and Accelerate, o framework CALMS é usado como um meio de avaliar se uma organização está pronta para adotar processos de DevOps ou como uma organização está progredindo em sua transformação de DevOps.
O CALMS é um acrônimo para Culture (Cultura), Automation (Automação), Lean (Metodologia Lean), Measurement (Mensuração) e Sharing (Compartilhamento).
Quando foi criado, sua ideia era quebrar gargalos existentes entre os setores de Desenvolvimento e Operações — um dos principais pilares do DevOps.
O CALMS traz as principais diretrizes para a adesão do DevOps, transformando as estruturas internas para esse fim. Permite a análise da conjuntura atual, o apontamento do que deve ser feito e as diretrizes para uma implementação segura, no objetivo de conseguir os melhores resultados.
É fundamental para compreender o estágio em que a sua Software House está no presente momento e se ela está realmente preparada para a adesão do DevOps. E, caso não esteja, aponta quais são os caminhos que devem ser seguidos para conseguir adotá-lo com eficiência.
Cultura (ou Colaboração): Quais são os aspectos importantes na organização?
A cultura é o fator de sucesso número 01 no DevOps, sendo a letra mais conhecida de todas.
As ferramentas utilizadas para DevOps, na verdade, fazem parte e integram a cultura organizacional.
Elas refletem, de forma direta, o que a sua empresa produz, como realiza suas atividades, direciona e entrega seus sistemas para as empresas que os utilizam.
Construir uma cultura de responsabilidade compartilhada, com transparência e feedback mais rápido é a base de toda equipe de DevOps que deseja ter um alto desempenho.
As equipes de uma Software House que trabalham em silos geralmente não aderem ao ‘pensamento sistêmico’ do DevOps. Para você saber, esse ‘pensamento sistêmico’ é estar ciente de como suas ações não afetam apenas a sua equipe, mas todas as outras equipes envolvidas no processo de lançamento.
Pouca visibilidade e objetivos compartilhados significam falta de planejamento de dependência e prioridades desalinhadas. É apontar o dedo e ter a mentalidade de “não é nosso problema”, resultando em velocidade mais lenta e qualidade abaixo do padrão.
O DevOps é a mudança de mentalidade de observar o processo de desenvolvimento de forma holística e quebrar a barreira entre Dev e Ops.
Essas questões estão intrinsecamente presentes na cultura organizacional focada em DevOps e é um dos pontos que mais precisa de atenção por parte dos gestores de TI.
Quando essa cultura é frágil ou não está devidamente alinhada com os interesses da organização, isso interfere diretamente na qualidade dos resultados da instituição como um todo.
Alguns dos pilares primordiais dessa etapa são:
- Foco nas pessoas e em como elas pensam
- Adesão de uma cultura da experimentação
- Promoção de uma cultura de integração entre desenvolvimento e operações
- Responsabilidade compartilhada entre equipes
- Blameless: adesão de uma cultura livre de culpa por erros nos processos.
Automatização: Colocando os computadores para trabalhar!
A automação é um ponto fundamental não só do DevOps. Mas também das Software Houses que desejam estar alinhadas com o momento da transformação digital.
Por isso, não seria diferente que o acrônimo CALMS englobasse esse termo.
O foco é automatizar tarefas internas, principalmente as etapas do fluxo de criação, minimizando erros humanos que podem causar problemas e prejuízos para seu negócio.
A automação também realiza a documentação de cada processo, auxiliando na padronização dos passos, sendo extremamente vantajosa para a empresa não só pela redução dos erros humanos, mas também porque o trabalho manual custa tempo e dinheiro. Logo, é melhor deixar que os sistemas automatizados realizem essas funções.
Essa etapa deve ser feita com cuidado e atenção por parte dos gestores, porque, caso seja feito com gaps e gargalos, em vez de auxiliar, poderá prejudicar o processo de desenvolvimento, entregando soluções com defeitos e problemas para o seu cliente.
Alguns dos pontos fundamentais dessa etapa são:
- Automatizar quase tudo o que for possível
- Oferecer ferramentas para manter tudo aquilo que for necessário para que o processo de desenvolvimento, testes e lançamentos sejam um sucesso.
Lean: Processo ágil e sem desperdícios!
Mais uma informação importante: uma cultura bem aplicada e sistemas de automação eficientes não são o suficiente para uma implementação DevOps.
Afinal, se ainda há gargalos nos processos de Desenvolvimento e Operações, a tendência é que eles se perpetuem ao longo do tempo sem receber o devido cuidado e reparo.
Para minimizar essa situação, é fundamental contar com o Lean, e é por esse motivo que ele compõe o CALMS. As metodologias Lean são capazes de desenhar com maior eficiência as etapas de entrega de cada área da organização.
A partir disso, torna-se possível analisar, identificar e redesenhar os pontos que podem estar causando maiores gargalos e índices de retrabalho.
Muitos recursos aplicados em empresas como a sua são apenas extras, que fazem pouca ou nenhuma diferença na experiência do cliente. Por isso, a aplicação de Metodologia Lean é fundamental para investir apenas naquilo que, de fato, pode ser o diferencial para a sua Software House.
A partir dessa identificação e das modificações propostas, é possível otimizar o fluxo de entrega, com maior velocidade e eficiência, dois pilares fundamentais para o sucesso dos negócios em TI atualmente.
Alguns de seus princípios são:
- Mantenha o foco no cliente e no valor gerado para ele
- Elimine todos os focos de desperdício
- Adote a entrega contínua
- Foque no aumento de aprendizagem.
Medir: Por que não podemos melhorar o que não conhecemos
Como saber se os passos anteriores estão, de fato, surtindo os efeitos necessários? Sem a etapa de mensuração, isso se torna praticamente impossível.
Uma cultura organizacional bem aplicada, com estratégias de automação e redução de gargalos podem não ser o suficiente. Da mesma forma, determinadas ferramentas e técnicas podem não ser aquilo que sua empresa necessita, sendo necessário reformular processos.
Mas como isso pode ser reconhecido? Por meio da mensuração.
Trata-se de uma etapa fundamental, inclusive, para a geração de feedbacks, sejam eles positivos ou negativos. Afinal, como as equipes vão identificar que estão no caminho certo se você não souber apontar se o trabalho é feito de forma bem-sucedida?
Além disso, a mensuração também gera mais conhecimento sobre a organização, bem como a previsibilidade sobre problemas, imprevistos e acidentes que possam ocorrer, ajudando a identificar as possíveis causas e os primeiros sinais antes que aconteçam.
Dessa maneira, os gestores podem se prevenir, evitando as falhas ou, até mesmo, criando planos de contingenciamento, a fim de reduzir os prejuízos.
Com logs e dashboards em mãos, os gestores têm informações o suficiente para analisar possíveis falhas e gerar melhorias constantes para seu negócio.
Essa mensuração deve ser feita em todos os níveis do negócio, incluindo até mesmo regras do negócio.
Alguns de seus pilares são:
- Mensure tudo que for possível
- Apresente melhorias constantes
- Adote a melhoria contínua em seu negócio
- Adote o monitoramento e controle
- Realize análises de desempenho constantemente.
Sharing, do Inglês Compartilhar
As informações organizacionais não podem mais ficar centradas nos gestores de cada departamento da sua empresa. O conhecimento, quando compartilhado, consegue auxiliar os times a trabalharem de forma mais organizada e integrada.
Além do mais, evita que os processos sejam dependentes dos demais departamentos e, principalmente, de determinados colaboradores.
Imagine que apenas um colaborador é responsável pelo projeto de um novo sistema, centralizando todas as informações sobre o seu trabalho, e em determinado momento, antes da conclusão do trabalho, ele decide sair da organização, levando consigo as informações sobre o projeto.
Até que se resolva a questão, muito tempo será desperdiçado. Em um modelo CALMS, os responsáveis por Desenvolvimento e Operações devem trabalhar juntos, de forma a descobrir melhores soluções, triar e corrigir erros antes que causem problemas reais para o negócio.
Com o compartilhamento de informações, caso uma pessoa saia do processo, isso não interfere no andamento do projeto, nem interfere no funcionamento do fluxo.
O compartilhamento de dados também é fundamental para que se consiga o nivelamento de conhecimento dos times, de forma que todos possam colaborar nas etapas de desenvolvimento e operações.
Alguns dos pilares dessa etapa são:
- Cultura do compartilhamento
- Adesão de maior colaboração entre membros
- Cultura da transparência
- Feedback contínuo para os times.
Importância de CALMS em DevOps
O CALMS é responsável por orientar a adesão do DevOps nas organizações de TI, de forma a identificar se é, de fato, o melhor momento para isso. Caso seja identificado que ainda é necessário realizar algumas mudanças, ele também auxilia a identificar o que precisa ser mudado, a fim de que o processo seja adotado com o máximo de eficiência possível.
Além disso, o CALMS também permite o monitoramento de erros. Isso significa que as equipes possuem as ferramentas e autonomia para verificarem as soluções criadas constantemente e descobrir falhas e problemas de desempenho antes mesmo do relato do cliente, promovendo uma conduta de melhora contínua que é capaz de encantar o seu público ao longo do tempo.
O CALMS, aplicado com plataformas de monitoramento de erros, é capaz de discernir quais são os pontos que necessitam de melhorias, fornecem um diagnóstico preciso dos erros existentes, de forma que os gestores consigam identificar quais são os pontos de melhoria e realizar as mudanças necessárias o quanto antes.
O modelo permite avaliar onde que o monitoramento de erros é mais útil para os líderes e desenvolvedores inseridos em um contexto de DevOps.
Ele também permite uma adoção mais responsável do DevOps, minimizando possíveis falhas na implementação. Afinal, se o framework é implementado já com erros a priori, toda a execução das ferramentas posteriormente também será falha.
Por isso o modelo CALMS é fundamental. Ele orienta os gestores a identificarem quais são as medidas que precisam ser adotadas, exatamente quais os pontos de melhoria e o quanto a empresa precisa amadurecer para realmente poder adotar o DevOps internamente.
E ai? O que você achou do assunto? Já sabia disso tudo?
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