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Ester Araújo
Ester Araújo07/03/2025 21:32
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Bom uso das IAs – Quais os malefícios que elas podem trazer?

    As Inteligências Artificiais vêm trazendo facilidade e praticidade para o nosso dia a dia. No entanto, algo que muitas pessoas não discutem são os malefícios que elas podem causar quando não são usadas corretamente.

    Com todo esse avanço tecnológico, é essencial termos responsabilidade e sabermos como utilizar essas ferramentas de forma consciente em nossa rotina.

    Um problema que tem se tornado muito comum, principalmente entre os jovens, é a terceirização de tarefas que antes eram consideradas essenciais para o aprendizado. Muitas pessoas utilizam IAs para gerar textos e resumos que deveriam ser escritos por elas, para responder atividades escolares, entre outras coisas.

    Não estou, de forma alguma, criticando o uso da Inteligência Artificial como ferramenta auxiliar. O que critico é a sedentarização do aprendizado.

    Por exemplo, se quero fazer um resumo de um conteúdo para fixar o assunto, ótimo! A Inteligência Artificial pode me ajudar nesse processo. Mas, se utilizo a IA para fazer todo o resumo sem sequer tentar compreender o conteúdo, perco a oportunidade de exercitar meu próprio aprendizado.

    Outro ponto é o uso das IAs para gerar slides. Nesse caso, não vejo um grande problema, pois economiza tempo, mas não substitui o estudo. Para fazer uma boa apresentação e explicar um tema de forma coerente, ainda é necessário compreender o conteúdo.

    Agora, imagine que um professor peça um resumo para avaliar nosso aprendizado. Usar IA para fazer isso passa a ser desonesto, pois impede que o professor realmente avalie nosso conhecimento. O mesmo vale para redações e outros trabalhos acadêmicos.

    Além disso, há o risco da dependência excessiva das IAs. À medida que as pessoas se acostumam com essas ferramentas e confiam cegamente em sua eficácia, podem se tornar mais preguiçosas e dependentes, terceirizando tarefas que antes exigiam esforço mental e criatividade.

    Curiosamente, algumas IAs generativas utilizam o termo "copilot", que significa "copiloto". Ou seja, sua função não é realizar todas as tarefas sozinha, mas auxiliar, como um copiloto de verdade faria. Compreender isso é essencial para que não percamos nossa capacidade de pensar e criar por conta própria.

    Exercitar o cérebro é fundamental para a nossa saúde mental e até mesmo física. Estudos mostram que pessoas que não praticam atividades como ler e escrever têm maior propensão a desenvolver doenças como o Alzheimer na velhice. Portanto, mais do que uma questão educacional, o uso consciente das IAs é também uma questão de bem-estar a longo prazo.

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    Comentários (1)
    DIO Community
    DIO Community - 10/03/2025 14:43

    Ótima reflexão, Ester! Seu artigo traz um debate essencial sobre o uso consciente das Inteligências Artificiais, destacando a linha tênue entre ferramenta auxiliar e dependência prejudicial. É inegável que as IAs revolucionaram nossa forma de aprender e produzir conteúdo, mas seu ponto sobre a "sedentarização do aprendizado" é extremamente relevante, especialmente no contexto educacional.

    O exemplo da geração automática de resumos e apresentações ilustra bem como o uso excessivo pode enfraquecer a construção do conhecimento. Ferramentas como IA são valiosas quando ampliam nossas capacidades, mas quando substituem completamente o esforço cognitivo, podem comprometer a aprendizagem e até habilidades críticas, como pensamento analítico e criatividade. Seu alerta sobre a necessidade de manter a mente ativa para a saúde a longo prazo adiciona um aspecto ainda mais profundo à discussão.

    A analogia com o "copilot" é perfeita para lembrar que a IA deve ser um suporte, não a protagonista do processo. Seu artigo nos faz refletir sobre como equilibrar inovação e responsabilidade no uso dessas tecnologias. Excelente abordagem!