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Fernando Araujo
Fernando Araujo28/06/2022 13:15
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Ajude um dev que outro dev lhe ajuda (#communityweekchallenge)

  • #Desperte o potencial
  • #Marketing Pessoal

Olá, dev!


Neste artigo, eu vou falar sobre como a gente pode explicar para outra pessoa da comunidade sobre o que aprendeu. O artigo foi escrito para participar do challenge lançado pela DIO para a Community Week, um evento de reunião dos devs da comunidade, com a oferta de palestras, prêmios e atividades para comemorar e valorizar o crescimento fantástico da qualidade da nossa comunidade.

 

Sumário 


Segue uma lista dos tópicos que serão tratados:

  1. Introdução
  2. O conhecimento de cada um
  3. A falta de conhecimento de cada um
  4. Onde habitam as dúvidas
  5. Como pedir ajuda
  6. Como oferecer ajuda
  7. Conclusão
  8. Fontes

 

1 – Introdução


A área de tecnologia é muito dinâmica, surgindo novos equipamentos e conhecimentos a cada dia, que substituem os mais antigos. A Digital Innovation One (DIO) oferece uma gama enorme de cursos na área de desenvolvimento, seja de programação ou soft skills, tudo isso em uma plataforma colaborativa e inclusiva, com muito conteúdo gratuito e ofertas reais de emprego, no Brasil ou no exterior.


A grande oferta de conteúdo permite que o aluno (desenvolvedor, ou dev) encontre cursos sobre praticamente qualquer tema que ele procure nessa área, de forma que muitos conteúdos serão novidades para ele. Da mesma forma, a diversidade de conhecimentos trazidos pelos participantes da comunidade permite que um aluno tenha algum conhecimento que os outros não têm.


Os cursos da plataforma apresentam conteúdos teóricos, práticos e exigem a certificação do conhecimento adquirido, por meio de questionários e resolução de problemas práticos por codificação, além do uso de ferramentas tecnológicas de escrita de código (VS Code) e de versionamento de código (Github).


O aluno que já tenha experiência em programação já usa estas ferramentas e não terá dificuldade em usá-las no seu aprendizado, mas o iniciante, sim!


Desta forma, é comum surgirem dúvidas sobre algum conteúdo desconhecido e é importante, e recomendável, buscar ajuda. Dentro da própria plataforma, existem diversas ferramentas de colaboração (Fórum, Rooms, Artigos) que permitem aos devs trocarem informações uns com os outros e compartilharem conhecimento.


É nessa hora que a colaboração e o trabalho em equipe se mostram importantes, pois vai ser muito mais fácil obter ajuda de um dev que faz o mesmo curso na plataforma que você, que já passou pelo mesmo problema, e já o resolveu, do que pesquisar na infinidade de conteúdo da Internet ou tentar ajuda em outra plataforma, na qual ninguém sabe sobre o conteúdo específico que você está estudando.


No entanto, o aprendizado envolve a exposição a um novo conhecimento, o entendimento, a retenção deste conhecimento e a prática deste conhecimento adquirido. Não basta receber ajuda e resolver um determinado problema para se considerar que o conhecimento foi aprendido. É preciso garantir a retenção deste conhecimento. E isso só se consegue por meio de técnicas efetivas de aprendizagem.


É sobre isso que o artigo trata.

 

2 – O conhecimento de cada um


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           Os diversos cursos oferecidos pela DIO são voltados para o ensino de desenvolvimento de sistemas, mas a sua comunidade é muito eclética.

 

A diversidade dos temas dos cursos (bootcamps) oferece uma gama enorme de conhecimentos na área, podendo ser classificados grosseiramente em frontend, backend, fulklstack, soft skills, abrangendo linguagens, frameworks, ferramentas, técnicas, métodos, etc.

 

Já a diversidade dos alunos, com relação ao conhecimento adquirido ao longo da vida acadêmica e/ou profissional, resulta em uma gama enorme de experiências vividas, formações e características pessoais. Neste conjunto de alunos, temos as categorias de seniores, plenos, juniores e que nunca programaram na vida.

 

Juntando estes dois conjuntos de cursos tão diferentes e alunos tão diferentes, fica claro que sempre será possível encontrar muitos alunos que tenha um bom conhecimento e/ou experiência nos temas tratados em quaisquer dos cursos oferecidos.

 

Isto posto, podemos concluir que os seniores têm muito a oferecer para ajudar àqueles que são menos experientes, o mesmo para os plenos, bem como para os juniores, que podem ajudar os iniciantes em programação.

 

Além disso, os alunos que não tem nenhuma experiência em programação, incluindo aqueles em transição de carreira, têm muito a oferecer a partir das suas experiências em profissões ou atividades anteriores.

 

Finalmente, mesmo quem não tem nenhuma experiência profissional para compartilhar com aqueles que têm dúvidas, deve ter alguma soft skill destacada para compartilhar com os colegas.

 


2 – A falta de conhecimento de cada um


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Com base no exposto na seção anterior, notamos que todos os alunos têm algum conhecimento a compartilhar para ajudar os outros.

 

De maneira semelhante, podemos dizer que a enorme gama de assuntos abrangidos pelos diversos cursos oferecidos indica que é muito difícil encontrar algum aluno que saiba tudo sobre todos os cursos.

 

Desta forma, podemos dizer que sempre existirá algum conteúdo que os alunos mais preparados (seniores) não tenham conhecimento total, então eles poderão precisar aprender alguma coisa nova em algum momento. E assim por diante, também os plenos, juniores e os iniciantes na área.

 

Ou seja, todos os alunos podem precisar de ajuda de outro para tirar suas dúvidas em algum momento.

 

Para dar meu exemplo, eu tenho 60 anos, sou graduado em Computação desde 1980, tenho experiência na área há anos, mas estou na DIO para me atualizar em conteúdo que eu não vi na minha vida acadêmica nem na minha vida profissional. E olha que é muita coisa nova que eu preciso aprender, só como exemplo, não tenho conhecimento ou experiência em Java, C#, Ruby on Rails, Angular, Vue.js, node.js e muitos outros.

 

 Como eu não preciso saber tudo sobre tudo (e nem quero! Nem conseguiria!), pegando tudo que é oferecido só porque é gratuito, é melhor priorizar o que realmente me importa, selecionando apenas aquelas áreas que desejo seguir no futuro, focando nelas.

 

Neste contexto, felizmente, eu tomei a decisão de escolher a área que eu queria seguir no futuro e só cursar aqueles bootcamps (e acelerações) que me levassem na direção escolhida. Assim, eu decidi filtrar as minhas próximas matrículas em bootcamps (e acelerações) da DIO nas seguintes áreas:

 

  • Dados (Ciência de Dados, Engenharia de Dados, Python, etc.);
  • Frontend (Javascript e React, deixando Angular, Vue.js para o futuro);
  • Mobile (Kotlin).

 

E só! Não pego mais nada sobre Java, C#, backend, etc. Quando tem um bootcamp sobre fullstack, eu só pego se ele tiver um foco maior no frontend, mesmo que tenha um backend com node.js, por exemplo, mas se tiver Java, por exemplo, eu descarto.

 

           Veja que, embora eu já saiba programar, mas para as 3 áreas que escolhi focar, que nunca estudei na vida, sou iniciante, e vou aprender tudo do zero como qualquer pessoa que também nunca viu estes mesmos conteúdos.


4 – Onde habitam as dúvidas 


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Na plataforma da DIO, dentro de um bootcamp existem cursos de diferentes tipos, como aulas, desafios de código, projetos e mentorias. Cada um destes tipos de conteúdo pode gerar dúvidas de maneira diferente.

 

No caso das aulas conceituais, as dúvidas podem ser no significado dos conceitos mesmo, na sintaxe dos códigos mostrados como exemplo, etc.

 

Nos desafios de código, as dúvidas surgem no entendimento dos enunciados, no algoritmo para resolver o problema, na implementação do algoritmo em código fonte da linguagem exigida na implementação, na execução do código, nas respostas aos testes abertos, bem como a dos testes fechados, na funcionalidade dos corações, etc.

 

Nas aulas de projetos, a dúvida maior é na execução do código dado pelo professor e na personalização do código para dar sua contribuição pessoal, bem como na execução desta versão.

 

Nas mentorias, as dúvidas podem surgir durante o evento, que é ao vivo, ou então após a transmissão ao vivo, caso o usuário esteja assistindo à sua gravação. Dependendo do conteúdo da live, as dúvidas podem ser conceituais, como no caso das aulas, ou então de código, ou então na execução do código dado pelo professor, bem como, na execução do código implementado pelo aluno.

 

 

5 – Como postar sua dúvida

 

Em todos estes casos listados acima, é melhor você tentar resolver seu problema e só quando não conseguir seguir em frente, postar sua dúvida.


Não é aconselhável desistir de um problema sem sequer ter tentado resolvê-lo e postar logo uma dúvida geral (“Como resolver esse problema?”). É melhor ser bem específico na descrição da sua dúvida, dando muitos detalhes, indicando o curso, ou desafio, e perguntando exatamente o ponto que está sem saber fazer. Desta forma, será mais fácil encontrar alguém disposto a lhe responder. Às vezes, basta uma dica e a solução vem à sua cabeça!


Para pedir ajuda, a plataforma é cheia de facilidades, seja por meio dos Fóruns, das salas (Rooms), além do Discord.


Os usuários também costumam publicar artigos com suas dúvidas, mas a seção de Artigos não é o lugar adequado para se pedir ajuda, apenas para publicar artigos de conteúdos próprios. Dúvida não é conteúdo próprio!


O local mais adequado para postar suas dúvidas é o Fórum, disponível dentro de cada bootcamp (ou aceleração) ou as salas (Rooms). Estas áreas são específicas de cada bootcamp e é lá que sua dúvida vai ser vista pelos devs que também estão cursando a mesma coisa que você. Por isso, é muito mais fácil encontrar quem já tenha passado pelo mesmo problema que resultou na sua dúvida e obter ajuda.


Caso sua dúvida seja conceitual, você até pode encontrar uma solução realizando uma busca na Internet ou postando a dúvida em outro site (Stack Overflow e outros). Já no caso de dúvida na codificação ou execução do programa, será preciso copiar todo o problema e sua solução para apresentá-lo aos usuários de outro site, mas na DIO basta informar o curso e o local do problema.

 

Caso a sua dúvida seja respondida por alguém na plataforma, lembre-se de agradecer ao usuário e marcar sua resposta como relevante, caso o problema seja resolvido.

 

Gentileza gera gentileza!

 

6 – Como responder uma dúvida


Vimos que é importante que você identifique completamente o seu problema para que outro colega da comunidade possa ajudá-lo. Se sua dúvida for conceitual, o colega pode postar sua resposta completamente, mas se for uma dúvida de código, eu considero mais adequado que o colega não forneça o código fonte da resposta de imediato, mas comece dando dicas para que você procure tentar solucionar o problema sozinho. Copiar o código na resposta resolve o problema, mas não ensina, não gera conhecimento. Caso essas dicas não resolvam, aí, sim, o colega pode decidir se lhe passa o código pronto ou não.


Lembre-se: “Mesmo quem sabe muito deve precisar aprender alguma coisa, e mesmo quem sabe pouco sempre tem o que ensinar”.


7 – Como melhorar o aprendizado 


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Mesmo que um colega responda a sua dúvida e você resolva o seu problema, não é garantido que você aprenderá o conteúdo estudado de forma efetiva, se você não praticar uma boa técnica de retenção de conteúdo.


Cada pessoa tem sua própria forma de estudar e aprender; algumas técnicas funcionam melhor para umas pessoas do que para outras. É importante que o aluno adote alguma técnica de aprendizado.


           Existem diversas técnicas de aprendizado consagradas na literatura, mas eu vou indicar algumas mais conhecidas, algumas das quais eu uso no meu aprendizado:


  • Técnica Feynman;
  • Divisão e conquista;
  • Pirâmide de Aprendizagem;
  • Livro Aprendendo a Aprender.


A Técnica Feynman foi criada pelo físico Richard Feynman, ganhador de um Prêmio Nobel, para garantir o aprendizado dele sobre um tema de estudo, e pode ser resumido nos passos básicos:

ser resumido nos passos básicos:


  1. Anote tudo que você sabe sobre este assunto (ou conceito), em linguagem clara, para que possa ser entendido até por uma criança;
  2. Ensine (ou finja ensinar) para uma criança;
  3. Identifique os pontos omissos na própria compreensão, revise as fontes, esclareça suas dúvidas e atualize os conceitos até conseguir explicar tudo totalmente;
  4. Revise, organize e simplifique a linguagem, ilustre com exemplos e conecte conceitos, objetivando organizar todo o conceito em uma história simples e fluida;
  5. Leia em voz alta e, se ainda parece confuso, estude novamente e volte a preencher os “buracos”.


 

O método de divisão e conquista (divide and conquer) consiste na divisão sucessiva de um problema complexo em vários problemas menores, até que os pequenos problemas resultantes sejam facilmente solucionáveis (ver referência 1).

Esta é uma ótima maneira de amenizar a ansiedade de achar que não sabe resolver o problema todo de uma vez, já que a solução dos problemas finais resultantes traz a sensação de que a solução deles será bem mais fácil.


A teoria da Pirâmide de Aprendizagem (ver referência 2) é uma abordagem pedagógica criada por William Glasser com o objetivo de evidenciar que as chances de uma pessoa assimilar um conteúdo são maiores quanto mais ativa for a forma do aprendiz receber o conhecimento. Em outras palavras, quanto mais canais de aprendizagem ele utilizar, maior será sua aprendizagem.

A figura 3 mostra a Pirâmide de Aprendizagem (ver referência 3) mostra quais são esses canais de aprendizagens e ilustra a teoria:


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Figura 3. Pirâmide de Aprendizagem.


O quarto tópico é um conjunto de técnicas apresentadas no livro Aprendendo a Aprender, de Barbara Oakley (ver referência 4), o qual eu já li e recomendo. Ela explica, por exemplo, os diferentes modos que o nosso cérebro trabalha (focado ou difuso), a técnica Pomodoro e indica técnicas de memorização.


Além do livro, existe um curso gratuito, com o mesmo nome, na plataforma de ensino Coursera. Eu já fiz e também recomendo.


A teoria da Pirâmide e o livro Aprendendo a Aprender foram apresentados em maiores detalhes no artigo “Como zerar um bootcamp e ser um HERO”, publicado na seção de artigos da DIO, (ver a referência 5).


Dessa forma, podemos ver que a técnica escolhida para o estudo pode afetar, e muito, a retenção de conteúdo estudado, portanto é recomendável escolher uma técnica entre as mais eficientes.


Lembre-se: A pior técnica é não usar técnica nenhuma!

 

7 - Conclusão


Este artigo foi escrito para participar de um desafio (challenge) lançado pela DIO para o evento Community Week, promovido pela DIO.

 

Foi tratada a necessidade de um aluno da plataforma da DIO de resolver problemas no aprendizado que geram dúvidas e de como ele pode pedir ajuda aos colegas dentro da plataforma, e de como os colegas mais experientes podem ajudar a sanar as dúvidas que são postadas.

 

Também foi enfatizada a importância de o aluno adotar técnicas de aprendizado, muitas delas consagradas na literatura e na prática, de forma a maximizar a retenção do conteúdo estudado.

 

Obrigado por ler este artigo até o final. Até o próximo!

 

#communityweekchallenge

 

8 - Fontes


Este artigo usou conteúdo das seguintes fontes de informação (texto ou figuras):

 

1 – Divisão e Conquista, disponível em https://www.ime.usp.br/~pf/analise_de_algoritmos/aulas/divide-and-conquer.html, acesso em 27/06/2022.

2 – Pirâmide de Aprendizagem: William Glasser estava certo?, disponível em https://www.ludospro.com.br/blog/piramide-de-aprendizagem, acesso em 26/06/2022.

 

3 - Pirâmide de Aprendizagem – Conceito e Questionamentos, figura obtida em https://younder.com.br/blog/piramide-da-aprendizagem/, acesso em 26/06/2022.

 

4 – OAKLEY, B., Aprendendo a Aprender, Ponta Grossa, Atena editora, 2015.

 

5 – Como zerar um bootcamp e ser um HERO, disponível em https://web.dio.me/articles/como-zerar-um-bootcamp-e-se-tornar-um-hero-na-comunidade-communityweekchallenge, acesso em 27

OBS: Se você gostou deste artigo, veja também o meu artigo anterior na DIO:

Como Zerar um Bootcamp e se Tornar um Hero na Comunidade (#communityweekchallenge)

E o meu artigo seguinte

Python, do Hello World à Inteligência Artificial (#communityweekchallenge)

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Comentários (2)
Fernando Araujo
Fernando Araujo - 31/07/2022 12:18

Obrigado, Belisnalva.

Seu elogio é um incentivo para queeu continue escrevendo artigos!

Belisnalva Jesus
Belisnalva Jesus - 14/07/2022 15:15

Olá Sr. Fernando!

Parabéns pelo artigo. Ótimo.