image

Acesse bootcamps ilimitados e +650 cursos

50
%OFF

RL

Renan Lima12/12/2024 10:32
Compartilhe

A importância de questionar: Um caminho para a verdadeira aprendizagem

    Na educação formal, seja nas escolas ou nas faculdades, é comum perceber que os alunos são incentivados a replicar ideias e conceitos em vez de realmente aprender e entender. O sistema frequentemente prioriza a memorização de informações, mas raramente promove a compreensão profunda ou o questionamento crítico. Por exemplo, é ensinado que 1+1=2, mas raramente é estimulado o questionamento do porquê dessa afirmação ou a exploração de sua origem. Essa igualdade, embora pareça simples, é fundamentada por uma construção matemática rigorosa, como demonstrado nos sistemas axiomáticos dos números naturais, como os postulados de Peano. Em uma dessas demonstrações, utiliza-se cálculo e lógica formal para provar que 1+1=2, mostrando que até mesmo conceitos aparentemente óbvios têm raízes profundas na matemática formal. Assim, os alunos acabam condicionados a pensar dentro de limites impostos, deixando de desenvolver ideias próprias e a capacidade de inovar.

    Embora existam muitos professores excelentes, não se pode ignorar que o ensino, direta ou indiretamente, é influenciado pelas visões pessoais dos educadores. Mesmo quando não é intencional, os professores podem direcionar os pensamentos dos alunos para determinados caminhos, limitando sua capacidade de considerar perspectivas divergentes. Por exemplo, um trabalho que define os temas e os limites de discussão por um ano inteiro pode levar os alunos a conclusões específicas e, muitas vezes, alinhadas às ideias do professor.

    Temos que ter em mente que pensamentos unilaterais são extremamente perigosos. O verdadeiro desenvolvimento cognitivo ocorre quando uma pessoa é exposta a múltiplas perspectivas, analisando tanto os argumentos a favor quanto os contrários de um determinado tema. É essa abordagem que permite a validação da veracidade das informações e a formação de ideias próprias. Infelizmente, isso é raramente incentivado na educação formal ou na vida cotidiana. Como resultado, a maioria das pessoas simplesmente replicam o que lhes foi ensinado, sem questionar ou investigar.

    No Brasil, por exemplo, um estudo revelou que cerca de 90% das pessoas leem apenas o título de uma matéria, sem se aprofundar no texto completo. Isso cria um terreno fértil para manipulações. Imagine um artigo com o título “No Brasil todos são burros”. Embora o conteúdo do texto possa desconstruir essa afirmação e provar que ela está errada, muitas pessoas aceitariam o título como verdade apenas por falta de leitura crítica. Essa superficialidade agrava-se ainda mais pela queda do QI médio no país nas últimas décadas, tornando as pessoas mais suscetíveis a influências externas.

    Outro caso confirma isso é que 10% de todas as pessoas que afirmam ler notícias regularmente compartilham informações baseadas apenas no título e imagem, sem acessar o conteúdo completo? Isso parece coerente, especialmente em uma época em que o consumo de informações se tornou tão instantâneo. Por exemplo, imagine um estudo que afirme que "pessoas que leem títulos regularmente são mais críticas e informadas". Baseando-se nessa afirmação, seria fácil concluir que apenas ler títulos é suficiente para formar opiniões embasadas. Porém, eis a verdade: esta estatística e exemplo são totalmente inventados. A apresentação de dados, quando feita de forma confiante e contextual, pode facilmente parecer legítima, convencendo até mesmo os leitores mais atentos. Este exemplo evidencia o impacto da manipulação de dados e reforça a importância de questionar e investigar a procedência das informações que consumimos e compartilhamos.

    Então oque verdadeiramente valida um estudo ou artigo?

    Para que isso seja feito precisamos passar por uma série de critérios, como:

    Fontes Confiáveis: Verifique se as informações estão embasadas em estudos publicados em revistas respeitadas, como Nature e Science.

    Revisão por Pares: Estudos científicos devem ser avaliados por outros especialistas na área antes de serem publicados.

    Metodologia Transparente: A forma como os dados foram coletados, analisados e interpretados deve ser claramente descrita.

    Replicabilidade: Os resultados podem ser reproduzidos por outros pesquisadores?

    Citações: Artigos que referenciam outras pesquisas confiáveis são mais críveis.

    Se quisermos formar profissionais e cidadãos capazes de pensar criticamente, precisamos incentivar a pesquisa independente, o questionamento constante e a validação das informações. Não basta aprender a replicar conceitos; é preciso entender de onde eles vêm, como foram criados e quais são as suas implicações. A educação deve ser o alicerce de mentes livres, não de mentes presas a caixas.

    Agradeço a todos que leram até aqui. Espero que este artigo sirva como um convite à reflexão e à busca por um aprendizado mais profundo e significativo. Em breve estarei postando novos artigos focados em tecnologia mas baseado em minhas últimas experiências com outros alunos isso se tornaria necessário antes.

    Compartilhe
    Comentários (1)
    Ronaldo Schmidt
    Ronaldo Schmidt - 12/12/2024 11:20

    Ola.

    Finalmente um artigo escrito sem uma I.A por tras(assim espero) e descrevendo um assunto de suma importancia e que precisa ser discutido na nossa sociedade.

    Nossa sociedade como um todo esta se tornando cada vez mais preguiçosa no sentido de raciocinar e isso é fato e facil de se verificar.

    Só dar uma breve pesquisada em nossa area de artigos.Artigos na maioria gerados por inteligencias artificiais.Copiados e colados sem nenhum constrangimento ou formataçao.Provavelmente nem foram lidos ou revisados antes de postarem.E pasmem até as respostas para perguntas geradas por Ias.

    E isso se reflete em todas as areas.

    Nas escolas,trabalhos ,medicina e até na arte estamos deixando as Ias responderem por nós.

    Estamos deixando que decidam por nós em todos os ambitos e nos tornando cada vez mais dependentes .

    Isso precisa mudar! Precisamos debater e impor limites. E o que digo nāo é nenhum exagero: "Deixe as pessoas algumas horas sem luz ou internet e vera o caos".

    Vamos analisar a situaçao comunidade e peço que comentem sua perspectiva sobre o assunto.

    Obrigado.