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Bianca Sá28/07/2024 13:30
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A importância de aprender bem a base

    Quando comecei a estudar sobre o mercado de tecnologia no mês passado, interessada em transicionar para uma de suas profissões, como milhares de outras pessoas, me deparei com um fenômeno curioso: muitos avisos para se começar pela base (que logo descobri ser chamada de lógica de programação).

    Mas isso não deveria ser óbvio? Para mim sempre fez sentido começar pelo primeiro degrau, quando não se conhece nada sobre a escada. Afinal, por que ir direto para as coisas mais difíceis se elas farão você questionar a sua habilidade de aprender, consequentemente estragando a sua autoestima e uma jornada que poderia ser ótima?

    Não que eu seja paciente e sempre comece pelas coisas mais fáceis, vivo pulando etapas e atropelando as coisas, mas achava que TI era completamente fora da minha zona de conforto. Por anos, parecia que era algo gigantesco que eu nunca conseguiria aprender e seria apenas uma usuária comum. 

    Não queria ficar frustrada demais sem necessidade e perder uma oportunidade que parecia estar vindo num bom momento, então fiz a escolha sensata: comecei a estudar pela famosa lógica de programação. Com uma playlist do canal Attekita Dev e um curso gratuito da DNC, entendi que essas palavras grandes são só um jeito bonito de se referir a uma filosofia, um modo de pensar que segue uma lógica estruturada e bem organizada, uma lógica que demanda certas ferramentas que são usadas em centenas de tecnologias, variando apenas em seus detalhes.

    Não é nenhum monstro assustador e desafiador. É mais como um jogo de quebra-cabeça. As primeiras peças para o jogo competitivo da programação.

    Igual a provavelmente todo mundo, eu queria saber logo na prática o que todas aquelas coisas significavam. Estava interessada por desenvolvimento web e não queria esperar mais, então mergulhei no curso de HTML5 e CSS3 do FreeCodeCamp. 

    E me encantei mais ainda por esse mundo de códigos.

    De vez em quando, pesquisava bastante assuntos relacionados à base, como pensamento computacional, as diferenças entre front-end e back-end, os tipos de linguagens de programação e o motivo de existirem tantas. Enquanto aprendia a fazer sites, pesquisei muito sobre o mercado e descobri algumas coisas que me fizeram repensar a vontade de ser desenvolvedora web, mas isso é assunto para outro artigo.

    Quando o curso acabou, menos de duas semanas atrás, eu estava muito satisfeita com a parte da prática, mas me sentia um pouco confusa e perdida na parte teórica. Senti que tinha dado voado demais com uma asa só, quando devia ter aprimorado as duas ao mesmo tempo.

    Já conhecia a DIO pelo Youtube e estava pesquisando sobre o mercado de desenvolvimento mobile. Vi que aqui tinha uma boa quantidade de cursos de diversas áreas, incluindo Kotlin e Java, entre outras ferramentas interessantes e que poderiam fazer uma grande diferença numa futura carreira como dev, então vim para cá.

    Só que, ao invés de prosseguir direto para o bootcamp de Android com Kotlin da Santander, pensei que talvez devesse revisar o conteúdo de lógica de programação com os cursos daqui. E agora, alguns dias depois, já sei que foi uma ótima decisão, apesar da ansiedade em aprender logo o novo caminho.

    Entender sobre os tipos de operadores, como funcionam as estruturas de dados, o que são variáveis e algoritmos e todos os outros termos que sempre iremos esbarrar ao aprender uma nova tecnologia faz toda a diferença. Mesmo que seja um pouco entediante e repetitivo. Mas vale a pena, lógica de programação é como a gramática das linguagens e quando você a conhece bem, os voos são menos assustadores.

    Porque você sabe que não irá cair. Suas duas asas estão fortes e bem desenvolvidas, prontas para te levar numa ótima jornada.

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    Comentários (1)

    DG

    Daniele Garcia - 28/07/2024 19:43

    Amei sua explicação. Parabéns.